Criacisnismo
Dissertações: Criacisnismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: actor • 21/3/2015 • 609 Palavras (3 Páginas) • 100 Visualizações
Evolucionismo versus criacionismo no
ensino de ciências: para além das
controvérsias entre ciência e religião
Júlio César Castilho Razera
Departamento de Ciências Biológicas.
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
juliorazera@uesb.br
“Se se respeita a natureza do ser humano, o
ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio
à formação moral do educando. Divinizar ou
diabolizar a tecnologia ou a ciência é uma
forma altamente negativa e perigosa de
pensar errado. De testemunhar aos alunos, às
vezes com ares de quem possui a verdade,
um rotundo desacerto” (Paulo Freire).
Resumo
Evolucionismo e criacionismo são temas que geram muitas
discussões, mas com prevalência no embate entre ciência e
religião. No entanto, essa não é a única linha de discussão
possível, pois há outros aspectos subjacentes à controvérsia de
ambas - não menos importantes - que também extrapolam
para o âmbito das escolas e são merecedores de atenção,
especialmente no ensino de Ciências. Tomando-se como
inspiração a citação de Paulo Freire, além de indicar no próprio
título deste ensaio os objetivos básicos de nossos propósitos,
apresentamos inicialmente um breve recorte sobre as
divergências entre evolucionistas e criacionistas e,
posteriormente, algumas possíveis conseqüências pedagógicas
que se colocam para além das controvérsias científicoreligiosas.
Nesse intuito, deslocamos intencionalmente o pano
de fundo dos nossos argumentos para a formação moral laica
dos alunos, tendo-se como referencial os estudos e princípios
sociomorais de Piaget, Kohlberg e Habermas.
Palavras-chave: Assuntos Controvertidos; Formação Moral
Laica; Ética; Racionalidade.
Introdução
Evolucionismo e criacionismo são temas que ainda geram
muitos debates nos dias atuais, mas cujas divergências mais
contundentes entre os dois temas são geradas por conflitos que
envolvem ciência e religião. Sobre esses conflitos, a literatura é
vasta e apresenta diferentes e interessantes construções
argumentativas (entre outros, vide FREIRE-MAIA, 1997a,
1997b; EL-HANI; SEPULVEDA, 2001; SEPULVEDA; EL-HANI,
2004; SAMPAIO, 2006; FONSECA, 2008).
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Desviando-se intencionalmente dessas discussões mais
difundidas entre evolucionismo e criacionismo e, também, sem
entrar no mérito (ou demérito) de cada perspectiva, mas
ressaltando-se apenas as contundências e imposições que elas
carregam (ou se fazem presentes nas argumentações
coercitivas de uma contra a outra), há uma preocupação nossa
de como o embate chega e é trabalhado nas salas de aula. Esse
problema noz conduz a um aspecto que ainda é pouco discutido
na área do ensino de Ciências, mas de grande relevância: as
possíveis implicações dos conflitos entre criacionismo e
evolucionismo para a formação moral (laica) dos alunos. Não há
minimização
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