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Cruzamento Rubia Gallega X Nellore

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Por:   •  17/3/2014  •  1.150 Palavras (5 Páginas)  •  2.079 Visualizações

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Produção de vitelão F1 Rubia Gallega x Nelore

A Rubia Gallega é uma raça de origem espanhola, a raça Rubia Gallega originou-se do cruzamento de animais de raça de Gael procedentes da zona céltica francesa com animais existentes na Galícia (GMG, 2009). A Rubia Gallega é a raça bovina autóctone espanhola mais importante daquele país, com mais de 275.000 matrizes puras. São animais de maturidade tardia com elevada taxa de crescimento e um baixo conteúdo de tecido adiposo, destacando-se também por sua longevidade e rusticidade, podendo se adaptar em ambientes diversos e a carcaça das novilhas da raça Rubia Gallega possui elevado rendimento de peças comerciais, dispondo de maiores quantidades de peças com qualidade superior e uma composição favorável de carne (OLIETE et al., 2006).

Varela et al. (2004) mencionaram que esses animais caracterizam-se por serem abatidos entre 8 a 10 meses de idade, com carcaça leve e suficientemente acabada, de boa qualidade e com alta valorização no mercado nacional da Espanha.

A rede de supermercados Pão de Açúcar deu o primeiro passo em 2005 a procura de uma raça que se adaptasse as condições climáticas do Brasil e que possuísse uma carne de excelente qualidade (CAIRES, 2011).

Atualmente, o Rubia Gallega está sendo utilizando na produção de um novo produto denominado vitelão, que se diferencia do vitelo pela sua alimentação e idade de no máximo 12 meses para o abate (FEIJO, 2001).

As experiências no Brasil do cruzamento entre animais Rubia Gallega e Nelore começaram em 2000. O primeiro abate ocorreu no município de Buri, São Paulo, em 2002, onde foi observado rendimento de carcaça de 58,73%, com animais de 12 meses de idade, e media de peso vivo de 458,72kg. Esses mesmos animais tiveram carcaças com peso médio de 269,40kg. Após analise comparativa de amostras de carne entre animais brasileiros (referência) e animais cruzados Rubia Gallega x Nelore, foi verificado acréscimo de 38% na produção de carne extra (filé mignon e picanha) e cerca de 37% na carne de primeira. Em 2003 ocorreu o segundo abate, aos 13 meses de idade, quando foi encontrada média geral de rendimento de 60,6% (GMG, 2009)

Sanches et al. (2005) publicaram as primeiras informações sobre parâmetros zootécnicos desses estudos no Brasil. Este estudo indicou que a raça espanhola cruzada com animais Nelore aumenta o ganho de peso médio diário do nascimento até 300 dias de idade, em média 180 gramas, com uma diferença em peso vivo favorável dos cruzados, em relação ao Nelore de 694kg.

3.2 Produção de vitelo e “vitelão”

No Brasil, os bezerros de vaca de leite são considerados um problema, uma vez que sua utilização na forma de produção de vitelos constitui atividade antieconômica para a realidade brasileira (EMBRAPA, 2013).

Já na pecuária de corte, os bezerros considerados com desempenho inadequado (vistos do padrão normal da bovinocultura “fundo de boiada”) acabam sendo um entrave para todo o sistema, principalmente quando se tem uma produção mais intensiva, como o de abate aos dois anos. Pelo fato de apresentarem ganho de peso inferior esses animais só poderão ser abatidos com mais de três anos de idade.

O alto custo do leite ou de sucedâneos lácteos para criação de bezerros tem levado á necessidade do desenvolvimento de sistemas de produção de vitelos utilizando rações à base de fornecimentos de grãos (FEIJÓ, 2011).

Como alternativa para agregar valor a esses animais tem-se a possibilidade de abater perto dos 12 meses de idade, com a finalidade de produção de uma carne diferenciada no sabor e na textura. Por causa das características desses animais não se pode defini-los como vitelos e nem como novilhos, nesse caso propõe-se denominá-los de vitelão.

O que diferencia o vitelão do vitelo é a idade de abate e a alimentação recebida. O chamado vitelo é aquele bezerro-(a) abatido-(a) com idade entre duas e seis semanas e que teve como alimento exclusivo o leite ou sucedâneos lácteos. Já o vitelão é aquele animal recém-desmamado que recebeu alimentação sólida e foi abatido com até doze meses de idade.

A diferença entre o vitelão e o novilho precoce é apenas a idade, sendo que o vitelão não pode ultrapassar os 12 meses de idade, já o novilho precoce, precisa ter idade entre 13 e 30 meses e peso mínimo

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