Dimensionamento Ar Condicionado

ISOLAMENTO TÉRMICO E CLIMATIZAÇÃO DE ESTÚDIOS

INSTITUTO POLITÉCNICO – UNA

ENGENHARIA CIVIL

2º MÓDULO

Professores

Denise Maciel de Almeida e José Pedro Dias Filho

Alunos

Ana Paula Vilas Boas Passos, Breno Augusto Ribeiro de Oliveira, Carlos de Cristo

Raposo, Daniel Vieira Gabriel Loureiro, Ellen Broemmé von der Launitz, Gabriel Lucas

Cruz, Guilherme Almeida, Jarbas Ribeiro de Oliveira, Túlio Ribeiro Luis.

Resumo

Várias construções, como por exemplo, auditórios, teatros, salas de aula, salas de concerto, salas de pratica musical,

salas de show, estúdios necessitam atender certos padrões acústicos para que funcionem de acordo com o previsto.

Para isso, deve-se levar em conta os fenômenos e parâmetros acústicos presentes que possam interferir (positiva ou

negativamente) nos objetivos da construção.

Neste intuito, este estudo, descreve-se um modelo de construção de um estúdio improvisado onde se analisa a

transferência de calor por condução através da parede dupla formada pela parede de alvenaria existente e drywall

com lã de vidro, executado posteriormente com finalidade acústica. Para a simulação considera-se: um dia quente de

verão. Considera-se também, a utilização do local por quatro pessoas e verifica-se o calor transmitido dos corpos

para o ambiente por radiação e convecção. Por fim, verifica-se o equipamento de climatização compatível com a

necessidade do local.

Palavras Chave: Estúdios improvisados, padrões acústicos, climatização, transferência de calor, condução.

1. INTRODUÇÃO

Com o crescimento do interesse por criar espaços improvisados para pequenos grupos de música

que não tem acesso a um estúdio profissional, materiais isolantes acústicos de fácil acesso e

manuseio tem ganhado espaço na montagem de estúdios improvisados. O drywall e a lã de vidro

são materiais que se encaixam nesses quesitos e, além de isolar acusticamente, também isola

termicamente. Contudo, como um estúdio deve ter todos os vãos fechados e vedados para

viabilizar a acústica, faz-se necessária a utilização de um equipamento para climatização do

ambiente.

O objetivo geral deste trabalho é comparar a taxa de transferência de calor através de parede

existente e através da parede dupla composta por materiais isolantes calcular o calor transmitido

dos corpos para o ambiente, com indicação de equipamento de climatização a ser utilizado para

que o ambiente seja agradável.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Conforme Kreth e Bohn (2003), “a transferência de calor do meio externo para o interno

acontece por condução através da parede e, por conseguinte, acontece por convecção e radiação.

Além disso, também ocorre a transferência de calor por convecção e radiação dos corpos, que

habitam o local, para o ambiente”.

A condução se dá pela transferência de energia entre as partículas ou moléculas (Figura 1), onde

as partículas com maior energia transferem parte dessa energia às outras partículas de menor

energia. Para a comparação dos valores de transferência de calor por condução, calculou-se as

resistências dos materiais e a resistência total equivalente. Fez-se a comparação baseando na

fórmula. QK=∆TotalRTotal.

FIGURA 1: Transferência de Calor por Condução

FONTE: UFRJ, Departamento de Física, 2008.

2.1 – TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONVECÇÃO

Conforme Çengel (2009), “a transferência de calor por convecção é a forma de transmissão do

calor (Figura 2) que acontece de um local para o outro pelo movimento de fluídos (líquidos e

gases) envolvendo transporte de matéria. Este processo convectivo pode ser classificado como

forçado ou natural. Na convecção forçada, o fluido é forçado a escoar-se pela ação de meios

externos como ventiladores, sopradores ou bombas, objetivando uma maior troca de calor, ou

seja, maior coeficiente de convecção. Na convecção natural (ou livre) o movimento observado é

provocado pela diferença de densidade que, por sua vez acontece devido as próprias diferenças

de temperatura. A convecção pode ser classificada também, como externa ou interna,

dependendo se o escoamento ocorrer sobre uma superfície ou no interior de um canal”.

FIGURA 2: Transmissão de Calor

FONTE: UFRJ, Departamento de