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Energia Solar Fotovoltaica

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Por:   •  5/11/2014  •  4.353 Palavras (18 Páginas)  •  742 Visualizações

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Abstract – This paper has the objective of studying the transformation of solar energy in thermal or electrical energy and its processes, as well as the aplication of this tecnology in autonomous systems, web conected systems and solar yards. After this study, there is a discussion of how was the difusion of this tecnology and the polices adopted to make it easier.

Keywords — solar energy, solar radiation, photovoltaic cells, photovoltaic modules, isolated systems, web conected systems, photovoltaic market.

Q

I. INTRODUÇÃO

UASE todas as fontes de energia – hidráulica, biomassa, eólica, combustíveis fósseis e energia dos oceanos – são formas de energia solar. Além disso, a radiação solar pode ser utilizada diretamente como fonte de energia térmica, para aquecimento de fluidos e ambientes, e para geração de potência mecânica ou elétrica. Pode ainda ser convertida diretamente em energia elétrica, por meio de efeitos sobre determinados materiais, entre os quais se destacam o termoelétrico e o fotovoltaico.

A energia solar fotovoltaica é a energia obtida através da conversão direta da luz em eletricidade (Efeito Fotovoltaico). O efeito fotovoltaico, relatado por Edmond Becquerel, em 1839, é o aparecimento de uma diferença de potencial nos extremos de uma estrutura de material semicondutor, produzida pela absorção da luz. A célula fotovoltaica é a unidade fundamental do processo de conversão.

Inicialmente o desenvolvimento da tecnologia apoiou-se na busca, por empresas do setor de telecomunicações, de fontes de energia para sistemas instalados em localidades remotas. O segundo agente impulsionador foi a “corrida espacial”. A célula solar era, e continua sendo, o meio mais adequado (menor custo e peso) para fornecer a quantidade de energia necessária para longos períodos de permanência no espaço. Outro uso espacial que impulsionou o desenvolvimento das células solares foi a necessidade de energia para satélites. A crise energética de 1973 renovou e ampliou o interesse em aplicações terrestres. Porém, para tornar economicamente viável essa forma de conversão de energia, seria necessário, naquele momento, reduzir em até 100 vezes o custo de produção das células solares em relação ao daquelas células usadas em explorações espaciais. Modificou-se, também, o perfil das empresas envolvidas no setor. Nos Estados Unidos, as empresas de petróleo resolveram diversificar seus investimentos, englobando a produção de energia a partir da radiação solar.

Em 1993 a produção de células fotovoltaicas atingiu a marca de 60 MWp, sendo o Silício quase absoluto no “ranking” dos materiais utilizados. O Silício, segundo elemento mais abundante no globo terrestre, tem sido explorado sob diversas formas: monocristalino, policristalino e amorfo. No entanto, a busca de materiais alternativos é intensa e concentra-se na área de filmes finos, onde o silício amorfo se enquadra. Células de filmes finos, além de utilizarem menor quantidade de material do que as que apresentam estruturas cristalinas requerem uma menor quantidade de energia no seu processo de fabricação.

II. ENERGIA SOLAR

O aproveitamento da energia gerada pelo Sol, inesgotável na escala terrestre de tempo, tanto como fonte de calor quanto de luz, é hoje, sem sombra de duvidas, uma das alternativas energéticas mais promissoras para enfrentarmos os desafios do novo milênio. O Sol fornece anualmente, para a atmosfera terrestre, 1,5 x 1018 kWh de energia.

E quando se fala em energia, deve-se lembrar que o Sol é responsável pela origem de praticamente todas as outras fontes de energia. Em outras palavras, as fontes de energia são, em última instância, derivadas da energia do Sol. É a partir da energia do Sol que se dá a evaporação, origem do ciclo das águas, que possibilita o represamento e a consequente geração de eletricidade (hidroeletricidade). A radiação solar também induz a circulação atmosférica em larga escala, causando os ventos. Petróleo, carvão e gás natural foram gerados a partir de resíduos de plantas e animais que, originalmente, obtiveram a energia necessária ao seu desenvolvimento da radiação solar.

III. RADIAÇÃO SOLAR

Dados recentes da WMO (World Meteorological Organization) indicam um valor médio de 1.367 W/m2 para a radiação extraterrestre, porém vários fatores contribuem para diminuir essa intensidade, tais como as interações com a atmosfera devido aos efeitos de absorção e espalhamento. Estas modificações são dependentes da espessura da camada atmosférica, também identificada por um coeficiente denominado "Massa de Ar" (AM), e, portanto, do ângulo Zenital do Sol, da distância Terra-Sol e das condições atmosféricas e meteorológicas. Devido à alternância de dias e

noites, das estações do ano e períodos de passagem de nuvens e chuvosos, o recurso energético solar apresenta grande variabilidade e, por isso, é considerado que chega à superfície terrestre uma radiação cerca de 1.000 W/m2.

Esta fração que atinge o solo é constituída por um componente direta, procedente do sol e dependente de sua posição, e por uma componente difusa, procedente da atmosfera e é consequência dos processos de reflexão, difração e absorção. Se a superfície receptora estiver inclinada com relação à horizontal, haverá uma terceira componente procedente da reflexão da radiação incidente pelo ambiente

do entorno (solo, vegetação, obstáculos, terrenos rochosos, etc.).

A medição da radiação solar, tanto a componente direta como a componente difusa na superfície terrestre é de maior importância para o estudos das influências das condições climáticas e atmosféricas.

IV. FORMAS DE APROVEITAMENTO

A energia solar pode ser aproveitada em coletores solares ou painéis fotovoltaicos. No primeiro caso, a energia solar é usada para aquecer um fluido que pode ser usado diretamente para uso doméstico, na água de chuveiros, por exemplo, ou o vapor do fluido pode acionar turbinas que vão gerar eletricidade. Já os painéis fotovoltaicos convertem diretamente a luz solar em energia elétrica que pode ser armazenada em baterias ou disponibilizada na rede de eletricidade.

V. ENERGIA SOLAR FOTOTERMICA

Os equipamentos mais difundidos com o objetivo específico de utilizar a energia solar fototérmica são conhecidos como coletores solares. Os coletores solares são aquecedores de fluidos (líquidos ou gasosos) e são classificados em coletores concentradores e coletores planos em função da existência ou não de dispositivos de concentração da radiação solar. O fluido aquecido é mantido em reservatórios termicamente isolados até o seu uso final. Os coletores solares planos são, hoje, largamente utilizados para aquecimento de água em residências, hospitais, hotéis, devido ao conforto proporcionado e a redução do consumo de energia elétrica e também como forma de aquecer ar para secagem de grãos, gases para acionamento de turbinas etc.

As usinas térmicas utilizam o calor dos raios solares, refletidos por espelhos e captados por uma torre receptora. Esse calor é usado para aquecer um fluido, geralmente sal liquefeito. O fluido é conduzido até um gerador e o vapor que ele desprende move uma turbina, produzindo eletricidade. Ao longo do dia, o conjunto de espelhos se movimenta para manter o melhor ângulo de captação da luz e do calor do sol. Esse sistema, com tecnologia bem mais simples que a empregada nas usinas fotovoltaicas, é semelhante ao usado nas termelétricas, com a enorme vantagem de não produzir poluição atmosférica. Há atualmente no mundo cerca de cinquenta usinas solares térmicas em diferentes estágios de planejamento ou construção.

Outra técnica é o uso de concentradores solares. Os raios solares são concentrados, por meio de espelhos ou calhas parabólicas, em um duto que contem um fluido transportador de calor. Esse fluido é aquecido a altas temperaturas e conduzido a um trocador de calor para gerar vapor d’água que, por sua vez, aciona um motor ou turbina a vapor, acoplado a um gerador elétrico. Os concentradores de calha parabólica predominam nas usinas de geração solar comerciais.

VI. ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

O efeito fotovoltaico, descoberto em 1839 por Edmund Becquerel, é o aparecimento de uma diferença de potencial nos extremos de uma estrutura de material semicondutor, produzida pela absorção da luz, o que pode ser usado para gerar eletricidade. A célula fotovoltaica é a unidade fundamental do processo de conversão, porém esta aplicação só foi utilizada a partir da segunda metade do século XX.

A primeira célula eficiente foi desenvolvida no Laboratório Bell em 1954, com uma área de 6 cm2 e com 4,5% de eficiência de conversão. Neste início, as células apresentavam um alto custo e pouca eficiência, e por isso foi mais utilizada no setor de telecomunicações em sistemas instalados em localidades remotas. A partir da década de 60 a tecnologia foi melhorada conseguindo obter alta de eficiência de conversão, porém ainda com custo muito elevado, restringindo seu uso em aplicações espaciais fornecendo energia para satélites. Com a crise mundial de energia de 1973/74, a preocupação em estudar novas formas de produção de energia fez com que a utilização de células fotovoltaicas fosse intensamente estudadas e utilizadas no meio terrestre para suprir o fornecimento de energia e a partir de então começaram as pesquisas para obter alta eficiência de conversão a baixos custos de produção.

VII. CÉLULA FOTOVOLTAICA

A célula solar clássica de silício cristalino é composta por duas camadas de silício contaminadas com diferentes impurezas. A camada orientada para o Sol está contaminada negativamente com fósforo, e a camada inferior está contaminada positivamente com boro. É produzido um campo eléctrico na junção das duas camadas, que conduz à separação das cargas (elétrons e lacunas) libertadas pela luz solar. No intuito de gerar eletricidade a partir da célula solar, são impressos contatos metálicos nas suas partes frontal e posterior. Em geral, e neste contexto, é utilizada a impressão em tela. É possível conseguir uma camada de contato em toda a extensão da célula, com a aplicação de uma folha de alumínio ou de prata na parte posterior. No entanto, a parte frontal deverá ser tão translúcida quanto possível. A reflexão da luz pode ser reduzida, com o depósito por vapor de uma camada mais fina (camada antireflexão) na parte frontal da célula solar, feita de nitreto de silício ou de dióxido de titânio. A radiação provoca a separação dos portadores de carga, como é acima descrito, e o surgimento de uma corrente caso exista um aparelho de consumo ligado (a imagem mostra uma lâmpada). As perdas ocasionadas pela recombinação, pela reflexão e pelo sombreamento entre os contatos frontais, ocorrem na célula solar. Além disso, uma grande proporção da energia de radiações de onda longa e curta não pode ser aproveitada. Como exemplo, as perdas de transmissão estão ilustradas na figura. Outra parte da energia não aproveitada é absorvida e transformada em calor.

Figura 1: Componentes de uma célula fotovoltaica.

Figura 2: O módulo é constituído de várias unidades de células fotovoltaicas. Um conjunto de módulos forma um painel.

A célula é o elemento menor do sistema fotovoltaico, produzindo tipicamente potências elétricas da ordem de 1,5 W (correspondentes a uma tensão de 0,5V e uma corrente de 3 A). Para obter potências maiores, as células são ligadas em série e/ou paralelo, formando módulos (tipicamente com potências da ordem de 50 a 100W) e painéis fotovoltaicos (com potências superiores).

Para induzir o campo elétrico dentro de uma célula fotovoltaica, são intercalados dois semicondutores separados. O "tipo N" e o "tipo P". Embora ambos os materiais sejam eletricamente neutros, o silício tipo-n tem elétrons em excesso e o tipo-p tem lacunas em excesso. Intercalando estes, cria-se uma junção P-N e cria-se um campo elétrico deste modo. Quando estes dois semicondutores são intercalados, os elétrons em excesso do tipo-n fluem para o semicondutor do tipo-p, e os elétrons que deixaram o tipo-n criam então lacunas no mesmo (o conceito de uma lacuna mover-se é como o de uma bolha em um líquido. Embora seja o líquido quem esteja se movendo de fato, é mais fácil descrever o movimento da bolha). Pelo fluxo de elétrons e lacunas, os dois semicondutores agem como uma bateria e criam um campo elétrico na junção P-N. É este campo que fazem os elétrons saltar para a superfície e os faz disponíveis para o circuito elétrico. No mesmo instante, as lacunas se movem para a direção oposta, para a superfície positiva onde elas esperam elétrons livres.

VII. SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

Os sistemas obedecem a uma configuração básica onde deve haver uma unidade de controle de potência e uma unidade de armazenamento. Eles podem ser autônomos isolados ou interligados a rede.

Figure 3: Configuração básica dos sistemas fotovoltaicos.

VII. A. SISTEMAS AUTÔNOMOS ISOLADOS

Os sistemas isolados, em geral, necessitam de alguma forma de armazenamento de energia. Este armazenamento pode ser feito através de baterias, quando se deseja utilizar aparelhos elétricos ou armazena-se na forma de energia gravitacional quando se bombeia água para tanques em sistemas de abastecimento. Alguns sistemas isolados não necessitam de armazenamento, o que é o caso da irrigação onde toda a água bombeada é diretamente consumida ou estocadas em reservatórios.

Em sistemas que necessitam de armazenamento de energia em baterias, usa-se um dispositivo para controlar a carga e a descarga na bateria. O “controlador de carga” tem como principal função não deixar que haja danos na bateria por sobrecarga ou descarga profunda. O controlador de carga é usado em sistemas pequenos onde os aparelhos utilizados são de baixa tensão e corrente contínua (CC). Para alimentação de equipamentos de corrente alternada (CA) é necessário um inversor. Este dispositivo geralmente incorpora um seguidor de ponto de máxima potência necessário para otimização da potência final produzida.

Este sistema é usado quando se deseja mais conforto na utilização de eletrodomésticos convencionais.

Figure 4: Sistema autônomo.

VII. B. SISTEMAS LIGADOS EM REDE

Estes sistemas utilizam grandes números de painéis fotovoltaicos, e não utilizam armazenamento de energia pois toda a geração e entregue diretamente na rede. Este sistema representa uma fonte complementar ao sistema elétrico de grande porte ao qual esta conectada. Todo o arranjo é conectado em inversores e logo em seguida guiados diretamente na rede. Estes inversores devem satisfazer as exigências de qualidade e segurança para que a rede não seja afetada.

Figure 5: Sistemas ligados em rede

VIII. GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

O conceito de Geração Distribuída não é novo e nos remete ao ano de 1880, quando Thomas Edison projetou e construiu a estação Pearl Street Power em Nova Iorque. O sistema elétrico era pequeno e abastecia uma região próxima do local onde a energia era gerada, sendo este modelo aceito e implantado em outras grandes cidades do continente. A principal característica da Geração Distribuída era (e ainda é) a geração descentralizada de energia elétrica.[7]

A geração distribuída pode ser definida como “a geração elétrica, de qualquer potência, conectada diretamente no sistema elétrico de distribuição ou através de instalações de consumidores”, e é vista como uma alternativa que, além de possibilitar o uso de um potencial energético num local mais próximo de sua geração (o que diminui a perda energética na distribuição), também possui uma série de pontos dispersos não centralizados de geração de energia, o que dificulta a ocorrência de blackouts e diminui a vulnerabilidade do sistema de distribuição.[8]

Este conceito já foi aplicado em alguns países como nos Estados Unidos, com o programa “A million roofs”, na Alemanha com o programa “Hundert Tausend Dächer”, e no Japão, com o programa “New sunshine”, onde a geração de energia fotovoltaica nestes países reforça a geração convencional, mesmo que de forma pequena, demonstrando que já existe uma difusão considerável desta forma de obtenção de energia. A geração distribuída também é uma forma mais simples de incorporar o uso de várias fontes de energia renováveis ao mesmo tempo, uma vez que pode ser aplicada a outras fontes de energia renovável paralelamente à fonte fotovoltaica. [9]

A difusão desta forma de distribuição desta fonte energética está ainda sob a influencia de fatores externos que ainda dificultam a sua inserção. Um deles é do ponto de vista técnico, uma vez que parte das tecnologias necessárias para a geração deste tipo de energia estão ainda em fase de testes ou ainda não é confiável para uso, principalmente para uso domiciliar. Além disso, a interconexão com a rede elétrica varia de concessionária para concessionária de energia e também pode apresentar problemas técnicos que causariam transtornos ao usuário. [7].

A maioria dos Parques Solares estão concentrados na Europa, principalmente na Alemanha e Espanha, onde há muito incentivo governamental para isso.

Figure 6: Parque Solar, localizado no sul da Espanha.

IX. INCENTIVOS GOVERNAMENTAIS

Em vários países do mundo, mecanismos de incentivo foram incorporados. Os principais foram o Dual Metering, o Net Metering, Feed-in Tariffs e o Buydown .[7]

IX.A. DUAL METERING

Implantado pela primeira vez nos EUA, estabeleceu que as companhias de eletricidade deviam comprar energia de fonte renovável ou de cogeradores quando seus preços fossem menores que o custo evitado em investimento, para produzir energia equivalente à comprada pela companhia. Assim, havia a possibilidade de existir um contrato entre um cogerador e a companhia onde o cogerador poderia conectar suas unidades de geração à rede, empregar sua produção energética para suprir sua demanda e vender os possíveis excedentes, sendo a concessionária obrigada a comprá-la de acordo com o seu custo evitado. Assim, eram instalados dois medidores, um medindo a energia utilizada da rede e o outro o excedente vendido à concessionária, o que teve por conseqüência a necessidade de a concessionária investir mais para leitura e processamento dos dados do medidor adicional. [7]

IX.B. NET METERING

É um programa ainda existente nos EUA e assemelha-se ao Dual Metering, mas no Net Metering se emprega um medidor bidirecional, que registra o fornecimento e a compra de energia em um único medidor. O consumidor tem a possibilidade de compensar a energia utilizada da rede com a sua produção própria (assim como no Dual Metering), mas num período determinado, como por um ano, por exemplo, e, ao término de seu contrato, ele paga à concessionária a diferença entre o consumo e a sua produção de energia, ou recebe da concessionária a diferença entre a sua energia produzida para a rede e a energia comprada durante o período estabelecido, em forma de dinheiro.[7].

IX.C. FEED-IN TARRIFS

Aplicado na Europa e principal instrumento para a promoção do uso de energias alternativas interligadas à rede, essas feed-in tarrifs são o preço que a concessionária deve pagar por cada kWh produzido por energias alternativas (que incluem a energia fotovoltaica) entregues à rede. Elas podem variar de acordo com as estações do ano e de acordo com a fonte de energia fornecedora, mas normalmente são mais caras para as concessionárias que a energia comprada no mercado atacadista de energia, o que possibilita o “auto-produtor” a investir no seu sistema de produção energético. [7].

IX.D. BUYDOWN

Os programas Buydown são focados na concessão de subsídios para que o usuário adquira as novas tecnologias necessárias para a produção energética, ao invés dos mecanismos anteriores, que têm sua atuação na disseminação da Geração Distribuída por possibilitar interação entre concessionárias de energia e consumidor-produtor. Nos programas Buydown, o consumidor recebe ajuda financeira, limitada pelo tempo em que o benefício é oferecido ou por outros fatores, como poder produtivo do sistema adquirido pelo consumidor-produto maior (quanto maior o poder produtivo, maior o incentivo). Além de serem aplicados aos consumidores, podem ser aplicados aos fabricantes da tecnologia necessária, como numa limitação do preço máximo dos sistemas de geração ou por proporcionar leilões para a venda desta tecnologia.[7].

X. IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS

Uma das restrições técnicas à difusão de projetos de aproveitamento de energia solar é a baixa eficiência dos sistemas de conversão de energia, o que torna necessário o uso de grandes áreas para a captação de energia em quantidade suficiente para que o empreendimento se torne economicamente viável. Comparada, contudo, a outras fontes como a energia hidráulica, por exemplo, que muitas vezes requer grandes áreas inundadas, observa-se que a limitação de espaço não é tão restritiva ao aproveitamento da energia solar.

Em suma,

Vantagens em utilizar energia solar:

• A energia solar não polui durante seu uso.

• A poluição decorrente da fabricação dos equipamentos necessários para a construção dos painéis solares é totalmente controlável utilizando formas de controle existentes atualmente.

• As centrais necessitam de pouca manutenção.

• Os painéis solares são a cada dia mais potentes ao mesmo tempo que seu custo está diminuindo. Desta forma, cada vez mais, a energia solar torna-se uma solução economicamente viável.

• A energia solar é excelente em lugares remotos ou de difícil acesso, pois sua instalação em pequena escala não obriga a enormes investimentos em linhas de transmissão.

• Em países tropicais, como o Brasil, a utilização da energia solar é viável em praticamente todo o território, e, em locais longe dos centros de produção energética sua utilização ajuda a diminuir a procura energética nestes e consequentemente a perca de energia que ocorreria na transmissão.

Desvantagens em utilizar energia solar:

• Existe variação nas quantidades produzidas de acordo com a situação climatérica (chuvas, neve), além de que durante a noite não existe produção alguma, o que obriga a que existam meios de armazenamento da energia produzida durante o dia em locais onde os painéis solares não estejam ligados à rede de transmissão de energia.

• Locais em latitudes médias e altas (Ex: Finlândia, Islândia, Nova Zelândia e Sul da Argentina e Chile) sofrem quedas bruscas de produção durante os meses de Inverno devido à menor disponibilidade diária de energia solar. Locais com frequente cobertura de nuvens (Londres), tendem a ter variações diárias de produção de acordo com o grau de nebulosidade.

• As formas de armazenamento da energia solar são pouco eficientes quando comparadas, por exemplo, aos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), e a energia hidroelétrica (água).

• Devido ao baixo rendimento são necessárias grandes áreas para instalação das placas.

XI. MERCADO FOTOVOLTAICO

No período de 1975-1990 o custo do módulo fotovoltaico caiu mais de 80%, porém na década de 90 os preços mantiveram uma relativa estabilidade e em fins do ano 2000, o custo do módulo era tipicamente US$ 3,75/Wp. Consequentemente a produção mundial cresceu exponencialmente a partir da estabilização do custo e 2008: a produção de células solares cresceu 85%, atingindo 7910 MW.

Em 2009 as usinas solares fotovoltaicas no mundo todo atingiram um recorde de 6,43 gigawatt (GW). A indústria fotovoltaica gerou US$ 38 bilhões em receitas globais e levantou mais de US $ 13,5 bilhões em aportes de capital, por investimento ou por empréstimos.

Também houve uma grande expansão dos países que dominam essa tecnologia. Em 2003 praticamente todo o mercado estava dominado pelo Japão, porém em 2008 já observamos que vários outros países também entraram para o mercado fotovoltaico.

Em 2009 os países europeus contam com 4,75 GW de capacidade instalada de geração elétrica fotovoltaica, ou 74% da produção mundial. Os três principais países produtores da Europa são: Alemanha, Itália e República Checa, que em conjunto contam com 4,07 GW. Todos os três países apresentaram crescimento na demanda por energia solar, com a Itália tornando-se o segundo maior mercado do mundo. Por outro lado, a demanda por energia solar na Espanha caiu para apenas 4% do seu nível no ano anterior. O terceiro maior mercado no mundo é representado pelos Estados Unidos, que cresceram 36%, atingindo 485 MW. Logo atrás está o renascente Japão, que ficou em quarto lugar depois de crescer nada menos do que 109% em relação ao ano anterior.

Para a instalação do sistema de energia solar fotovoltaico são necessários equipamentos de custos relativamente elevados, de modo que sua vantagem depende de diversos fatores, como incidência solar média e disponibilidade de outras fontes de energia. Segundo reportagem da Folha de São Paulo de 02/06/2012, no Brasil há 13 Estados nos quais é vantajoso instalar o sistema de geração de energia solar de forma economicamente vantajosa. Os equipamentos necessários para um miniparque de geração de energia em uma residência são painéis fotovoltaicos, inversor e um novo relógio de medição. A quantidade de painéis depende da área disponível para instalação, em geral telhados. O relógio serve para adaptar o tráfego de energia nos momentos em que a produção for maior que o consumo, havendo assim compensação posterior na taxação. O custo total pode variar de R$14.000,00 à R$21.000,00 considerando uma produção de 2kW à 3 kW.

Um estudo feito pela Unicamp para avaliar a possibilidade de instalação desse sistema no Campus da Universidade considerou o custo de R$3.100,00 por painel fotovoltaico, R$350,00 por bateria e R$256,00 por cada inversor.10

Fica evidente, portanto, que o custo para a implantação de tal sistema de geração de energia elétrica ainda é demasiado alto para a maioria da população, principalmente no caso doméstico. Atualmente os maiores produtores a partir de fonte solar são empresas. Entretanto, o tempo tem mostrado que com o desenvolvimento tecnológico a tendência é que cada vez mais o custo desse investimento seja reduzido, de acordo com as necessidades do milênio.

XII. LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO

A Europa é a que está na frente na questão de legislação e incentivo para a implantação de energias complementares, inclusive a solar. Em alguns países, como a Alemanha, o processo foi bem analisado e houve um crescimento gradual e

estável, já a Espanha deu muito incentivo e o crescimento foi muito rápido e desordenado, pois, além do subsídio dado para a aquisição dos módulos, a energia fornecida ligada em rede ainda é paga para a pessoa física, o que está causando até uma crise econômica no país.

No Brasil não há nenhuma Lei legalizando a instalação de painéis diretamente na rede e também não há incentivo para a implantação de sistemas autônomos, que acaba ocorrendo em pequena escala devido ao alto custo. A maioria dos Programas de Incentivo contemplam somente os aquecedores solares de água.

XIII.CONCLUSÃO

A energia solar fotovoltaica é uma boa fonte de energia alternativa e complementar para a descentralização da matriz energética, pois somente há gasto de recursos naturais na fabricação da célula, mas os impactos são desconsideráveis em relação à quantidade de energia produzida ao longo de sua vida útil. Porém, a tecnologia do processamento de fabricação de células e construção de módulos para repassar para escala industrial ainda é um investimento muito alto para as empresas nacionais aplicarem em um mercado pouco desenvolvido no país. O ideal seria que houvesse incentivos governamentais em parcerias com as empresas, assim como subsídios para a aquisição e implantação de painéis fotovoltaicos para aproveitar a energia solar que é tão abundante no Brasil.

REFERÊNCIAS

[1] http://www.cresesb.cepel.br/tutorial/tutorial_solar.pdf - ACESSADO EM 20/05/2013

[2] http://www.solar.ufrgs.br/ - ACESSADO EM 20/05/2013

[3] http://www.cidadessolares.org.br/ - ACESSADO EM 21/05/2013

[4] http://www.portal-energia.com/vantagens-e-desvantagens-da-energia-solar/ - ACESSADO EM 18/06/2013

[5] http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/pdf/03-Energia_Solar(3).pdf- ACESSADO EM 18/06/2013

[6] http://g1.globo.com/ceara/noticia/2011/08/ceara-ganha-primeira-usina-comercial-de-energia-solar- do-brasil.html – ACESSADO EM 19/06/2013

[7] http://www.professores.uff.br/dulcemar/Doc_PDF/Tarifas_Energia.pdf - ACESSADO EM 20/06/2013

[8] http://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/92167/260094.pdf?sequence=1 – ACESSADO EM 20/06/2013

[9] http://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/90237/244870.pdf?sequence=1 – ACESSADO EM 20/06/2013

[10]http://www.les.ufpb.br/portal/index2.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=191&Itemid=30 – ACESSADO EM 13/06/2013

[11] http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1099389-instalar-gerador-solar-em-casa-ja-vale-a-pena-em-13-estados.shtml - ACESSADO EM 14/06/2013

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