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Erro De Tipo

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Por:   •  28/5/2014  •  1.624 Palavras (7 Páginas)  •  675 Visualizações

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CADA POVO UMA CULTURA, CADA CULTURA UMA SENTENÇA: A DIVERSIDADE CULTURAL.

Existe uma tendência no senso comum a classificar as diferentes culturas em graus evolutivos. Frases como: “que povo atrasado!”, “isso sim é um povo evoluído!” são corriqueiras em nosso cotidiano. Mas dificilmente nos questionamos sobre o que estamos considerando para julgar alguém dessa forma.

A antropologia entrou nesse debate na segunda geração de pesquisadores, que ao conhecer mais profundamente a diversidade cultural por meio da pesquisa de campo, apontou a impossibilidade de tais julgamentos.

Principais conceitos

Etnocentrismo, relativismo , diversidade cultural, alteridade, cultura evoluída e versus cultura primitiva, aculturação .

Ao formar uma coletividade, o ser humano desenvolve hábitos de convívio e soluções para a sua vida social que pode ser extremamente variados. A isso denominamos diversidade cultural. Nossa reação perante as diferenças de comportamento de um lugar para o outro podem ser orientadas de duas formas: ou pelo o etnocentrismo ou pelo relativismo cultural. Neste item serão abordadas a rejeição do diferente (representada pelo o etnocentrismo) e a aceitação do diferente (representada pelo relativismo).

Estamos o tempo todo em contato com universos culturais diferentes do nosso, seja com outros povos, seja com costumes regionais. Por isso, é importante exercitamos a nossa capacidade de relativizar as diferenças, considerando a perspectiva a partir da qual o “outro ” vê o mundo.

A diversidade cultural

Vimos, nos itens anteriores, que a cultura é um fenômeno produzido pelo o ser humano, mas que depende da condução da coletividade, ou seja, ela e construída socialmente, e não herdada biologicamente. Isso faz com que em cada lugar e em cada época histórica, exista uma imensa diversidade de regras, símbolos e forma de conduzir a vida coletiva. É o que chamamos de diversidade cultural.

Podemos considerar algumas consequências deste fato. O primeiro deles é que em cada cultura o ser humano desenvolve respostas e soluções, as vezes completamente originais e diferentes para a sua vida em sociedade. Isso acontece tanto em relação às técnicas de sobrevivência e transformação da natureza em sua volta, com as regras de convívio social.

A outra consequência da diversidade cultural é que, quando colocadas em contato, as diferenças culturais suscitam reações que podem ir da simples admiração ou humor até o ódio mais violento. Quando essa reação ao diferente faz com que as pessoas julguem a sua própria cultura como sendo superior a outra , chamamos isso de etnocentrismo.

Etnocentrismo é uma visão do mundo em que o nosso próprio grupo é tomado com o centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos a partir dos nossos valores, nossos modelos e nossas definições do que é a existência .

No plano intelectual, esse pensamento pode ser visto como a dificuldade em aceitar que a diferença de lógicas e sentidos possa exigir; no plano afetivo, o etnocentrismo pode ser percebido em sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc.

Para compreender o conceito de etnocentrismo, vemos que “etno” vem da palavra etnia, que significa um povo que compartilha a mesma base cultural- língua, tradições, religião- e “centrismo” significa colocar no centro. Portanto, praticar o etnocentrismo é mesmo que colocar a minha própria cultura como centro do mundo, a partir da qual todas as outras são comparadas inferiormente, nunca se igualando à superioridade da minha.

Todos nós somos, em alguma medida, etnocêntricos, pois é natural preferimos nosso próprio modo de encarar o mundo ao de qualquer outro povo. Portanto, guardas as devidas proporções, o etnocentrismo nada mais é que um forma de valorizar a própria identidade cultural.

Mas o etnocentrismo pode ser um problema quando se torna uma forma sistemática e repetitiva para enfrentamos a diferença, pois assim nos tornamos incapazes de ser flexíveis e admitir novas formas de solucionar coisas.

Ou pior ainda, quando o etnocentrismo se torna tão radical que a etnia deseja exterminar a outra simplesmente por não tolerar seus costumes e sua forma de encarar o mundo, ou quer dominar o outro, sufocando suas regras, leis costumes até que nada da sua originalidade tenha sobrevindo.

ETNOCENTRISMO E RELATIVISMO CULTURAL

Etnocentrismo é um preconceito que cada sociedade ou cada cultura

produz, ao mesmo tempo que procura incutir, em seus membros, normas e valores

peculiares. Se sua maneira de ser e proceder é a certa, então as outras estão

erradas, e as sociedades que as adotam constituem “aberrações”. Assim o

etnocentrismo julga os outros povos e culturas pelos padrões da própria sociedade,

que servem para aferir até que ponto são corretos e humanos os costumes alheios.

Desse modo, a identificação de um indivíduo com sua sociedade induz à rejeição

das outras. O idioma estrangeiro parece “enrolado” e ridículo; seus alimentos,

asquerosos; sua maneira de trajar, extravagante ou indecente; seus Deuses,

demônios; seus cultos, abominações; sua moral, uma perversão etc.

É verdade que os povos mais primitivos têm uma forte rejeição etnocentrista

dos povos circunvizinhos. Porém nada se compara com o etnocentrismo combinado

com o sentimento de superioridade que o grupo ou a nação dominante dedica aos

dominados e oprimidos. Considerá-los sub-humanos, ou seres humanos de segunda

classe, é pretexto e efeito de uma relação de dominação.

Decerto, o preconceito etnocentrista nunca é inocente, como certos

antropólogos deixam entender. É pernicioso, por trazer no seu bojo um elemento da

mais alta periculosidade: a negação do “Outro” enquanto tal. E nega-o por senti-lo

como uma ameaça à sua própria maneira de ser, e mesmo ao seu ser. E como a

melhor defesa é o ataque, pode partir para a

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