FHTM II E PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL I
Por: Milla Azevedo • 18/5/2017 • Trabalho acadêmico • 2.727 Palavras (11 Páginas) • 362 Visualizações
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Faculdade Anhanguera Polo 7224-UNIDERP
Centro De Educação a Distância
Curso: Serviço Social 3º serie
Disciplina: FHTM II E PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL I
Aluna: Adryellem Rodrigues Azevedo RA:2796588451
Dilcerlei Maciel Batista RA:1299330267
Leticia katryne Farias Pantoja RA:8976182501
Tutora: Maritelma Freites Lins
Belém/PA
2015
Passo 1
As Transformações que a Ditadura Militar trouxe para a Psicologia
A psicologia no brasil foi regulamentada no ano de 1962, pouco antes do golpe militar, em um período no qual as forças armadas se articulavam para promover o inesquecível golpe. Com isso a psicologia associada as classes burguesas da sociedade brasileira que buscavam contribuir com os estudos sobre as intervenções de caráter higienista, moralizante e normalizam-te focadas principalmente na população pobre, com o golpe militar “a nova profissão não buscava apenas legitimidade social mas buscava mostrar par as classes dominantes atuantes no brasil que a psicologia não era uma ameaça a ordem social”. Pois na época estudos na área eram produzidos sobre individuo considerado inadequados, anormal, sem qualquer reflexão em crítica sobre as condições sociais, políticas e econômicas extremamente injustas vividas pelas classes populares do país.
Para a psicologia aquele foi o período caracterizado também pela ênfase de teorias individualista que contribuíam par as tendências culturais da hegemonia burguesa e criavam uma psicologia privada individual e elitista.
O golpe militar de 64 definia as novas formas de desenvolvimento econômico, em que havia uma valorização tanto profissões de níveis superiores quanto de profissões liberais, no entanto na década de 70, enquanto parcelas de psicólogos se acomodavam nesses espaços de conflitos de atendimento as elites em seus consultórios particulares outra parcela desses profissionais juntamente com outros intelectuais começava a se incomodar e discutir sobre a situação de opressão e violência que vivia o pais naquele período ditatorial.
No meio de tudo isso durante a ditadura militar, houve um complexo processo de reorganização de setores da sociedade civil em sua luta contra o capital e o regime militar. Esse processo também chegou a psicologia, criando crises e transformações nas quais surgiram novas abordagens, teorias e práticas na psicologia brasileira. Portanto seria um período em que alguns psicólogos não apenas no Brasil mas também na América Latina, começariam a apontar para a necessidade de se construir uma psicologia de acordo com os problemas sociais.
Podemos observar que a mudança do foco de atuação dos profissionais com o fim da ditadura saiu de visão privada para construção de um posicionamento ao coletivo/social, o qual as transformações das práticas profissionais do psicólogo que foram de suma importância para a secessão e reconhecimento da profissão no pais, como a introdução da psicologia na comunidade e no âmbito das políticas públicas inicia-se um processo de conquista pela diminuição da desigualdade social e pelas mudanças do “ olhar “ em relação ao sujeito podendo-o compreende-lo como sujeito inserido em um contexto social político e cultural e econômico, com essa nova visão a psicologia iria atuar diretamente em questão relacionadas aos direitos humanos, com objetivo de assegurar também a integridade psíquica e emocional daquele sujeito.
Na atualidade a psicologia tem ocupado diversos espaços de discursões em torno dos direitos de crianças e adolescentes, de idosos, na luta pela igualdade de gêneros, contra a homofobia na defesa pela ampliação da reforma psiquiátrica e etc. há qual a uma preocupação de diversos segmentos sociais e relação a defesa de direitos humanos e a psicologia em muitos momentos se insere nesses espaços, nos quais o profissional pode desenvolver o papel das situações que ocorrem como a violação de direitos humanos. Tal violação que vem a ser caracterizada pela utilização de vários métodos de tortura contra opositores políticos e a população que se manifesta contra o regime.
Conclui-se que ao mesmo tempo que abrimos espaço de enfrentamento ainda pode permanecer presente os espaços tradicionais para exercício de uma psicologia individualista.
Passo 2
Os principais acontecimentos que marcaram o Serviço Social durante o período da Ditadura
No período da ditadura militar se dá o início, a perspectiva de crítica ao serviço social tradicional, a qual passamos a ter duas vertentes sobre o serviço social que podemos chamar de conservadora e mudancista.
A primeira vai dando lugar para a segunda no campo da doutrina social da igreja e passa-se ao surgimento das correntes psicológicas e sociológicas. Pois destaca-se o Positivismo e Funcionalismo, os métodos também são sistematizados e o foco passa a ser não mais o indivíduo mas a comunidade.
A conscientização da exploração, opressão e dominação e a insatisfação dos profissionais leva então a perspectiva de uma mudança social. O regime político concentra suas forças na doutrina de segurança nacional e desenvolvimento, no anti-marxismo e no pensamento católico conservador, vetando assim os interesses dos assistentes sociais que buscavam o interesse dos setores populares.
Com tudo isso não resta outra saída a não ser a de assumir uma prática por parte dos assistentes sociais, modernizadora, e isto marca o momento inicial do movimento de reconceituação do serviço social no Brasil, passa a buscar meios de desvincular-se do conservadorismo e alcançar um novo perfil profissional.
É ai que surgem documentos de grande valia que definem a função, os princípios e outras importantes e significativas definições para a reconceituação do serviço social e são estes os documentos: Araxá,Teresópolis,Sumaré e Alto de Boa vista que são de suma importância.
O documento de ARAXÁ, tinha como objetivo teorizar o serviço social com a realidade da demanda brasileira, através de um seminário que ocorreu em 19 a 26 de março de 1967. Foi produzido um documento que foi um marco na renovação do Serviço Social. Organizaram-se quatro grupos de nove ou onze membros cada um, cabendo a uma comissão, constituída por representantes de todos os grupos, a redação final do documento que o CBCISS ora apresenta. Analisar os objetivos remotos e operacionais do Serviço Social, sua natureza e funções, com base em sua evolução histórica, projetando-se, no entanto, para o futuro, em perspectivas de mudança social. Estuda a metodologia do Serviço Social, confrontando-se as concepções atuais acerca dos processos básicos, ao mesmo tempo em que procura identificar os elementos constitutivos de cada um. Levando, ainda, a problemática da maior rentabilidade na utilização da sua instrumentalidade metodológica. Examina a adequação à realidade brasileira do Serviço Social, tal como foi conceituado e visualizado em sua dinâmica operacional. Este encontro propôs uma abordagem daquilo que era a necessidade do momento presente, de forma alguma foi de interesse definitivo.
O Seminário de Teresópolis, acontece no ano de 1970 no Rio de Janeiro, dando continuidade ao Seminário do Araxá – realizado no ano de 1967 em Minas Gerais, para estudar a “Metodologia do Serviço Social”, com a perspectiva modernizadora da profissão.
O objetivo do Seminário de Teresópolis, objetiva instrumentalizar o profissional de assistência social, para responder às demandas do regime ditatorial, por isso não busca uma nova organização da sociedade. Este aponta para a requalificação profissional, redefinindo nitidamente o perfil sócio técnico da profissão, e à escrevem conclusivamente no circuito da “modernização conservadora”. Diferente do seminário de Araxá, o de Teresópolis não produz um documento final, e centro brasileiro de cooperação e intercambio de serviço social que e a instituição responsável pelo evento, publica o relatório de cada grupo participante de forma separada; legitima e justiça a sociedade capitalista, obtém característica em uma perspectiva modernizadora, aprimora os profissionais da área para que esses possam contribuir no projeto de desenvolvimento. No qual esse seminário possui uma influência no movimento de reconceituação do serviço social, e a repercussão nos conteúdos utilizados pelos cursos de serviço social.
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