Hidrocefalia

Tema do artigo

“ Efeito do uso de órtese na mobilidade funcional de crianças com Paralisia Cerebral “

Estrutura geral do artigo

Na nossa opinião o artigo analisado permanece bastante coerente em todo o seu desenvolvimento, apresentando uma linguagem clara e concisa.

Encontra-se bem dividido em introdução, desenvolvimento e conclusão, tendo um fio condutor de raciocínio ao longo de todo o seu desenvolvimento, está subdividido em amostra, material utilizado e procedimento. As conclusões do estudo referem resultados e discussão permitindo assim compreender melhor o artigo.

Objetivos do estudo

Este artigo visa comparar o desempenho motor de crianças com Paralisia Cerebral em dois parâmetros distintos: com e sem o uso de ortótese, em duas funcionalidades diferentes: na marcha e no desempenho global (correr, saltar e transferências posturais).

Amostra

A amostra é constituída por 20 crianças portadoras de Paralisia Cerebral com idade compreendida entre os 5 e 8 anos e os seus respetivos pais ou cuidadores das mesmas.

Intervenção

20 crianças com Paralisia Cerebral (PC) foram avaliadas utilizando dois testes: o Gross Motor Function Measure (GMFM) e Physicians Rating Scale versão modificada (PRS) para a avaliação do desempenho global e da marcha respetivamente, e ainda uma entrevista com os cuidadores das crianças com PC para avaliação do uso das ortóteses no quotidiano.

A partir da prescrição das ortóteses, foram confecionadas ortóteses tibiotársicas para todas as crianças participantes do estudo. As crianças com quadriplegia ou diplegia espáticas usaram ortóteses bilaterais, as restantes crianças com hemiplegia utilizaram a ortótese apenas no membro inferior afetado.

Todas as crianças foram avaliadas por uma terapeuta ocupacional e por uma fisioterapeuta com experiência na utilização dos testes usados.

Inicialmente foi realizada uma gravação da marcha das crianças com PC num local apropriado para posterior análise através da PRS modificada. Os registos em filme foram feitos em 2 etapas distintas: com a criança descalça e depois com o seu calçado habitual já com a utilização da ortótese, os membros inferiores de cada criança foram avaliados separadamente pelos parâmetros da PRS modificada.

Em seguida aplicou-se o teste de GMFM, as crianças foram testadas inicialmente descalças sem as ortóteses e posteriormente, a avaliação foi repetida com a criança utilizando as ortóteses e o calçado habitual, a fim de se obter informações para se proceder à comparação das 2 situações.

A análise das entrevistas aos pais/cuidadores das crianças foram feitas através da análise de conteúdo, destacando-se os factos mais frequentemente relatados pelos pais entrevistados, utilizando a técnica de metodologia qualitativa.

Resultados

O teste ANOVA, que foi utilizado para avaliar o efeito do uso de ortótese na mobilidade das crianças com PC revelou médias significativamente superiores na condição com a utilização da ortótese durante o desempenho motor global e na marcha.

A observação mais detalhada dos componentes qualitativos da marcha através da PRS modificada, revelou que o uso de ortóteses tibiotársicas influenciou principalmente o posicionamento do pé no contacto inicial assim como na progressão da distribuição do peso durante a fase de apoio, com redução do equinismo dinâmico.

As entrevistas aos pais/cuidadores também revelaram que o uso de ortóteses estava inserido no quotidiano e que realmente mostraram uma melhoria significativa na realização das suas atividades, principalmente na mobilidade em atividades externas ao ambiente domiciliar.

Conclusão

Os