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História do manicômio

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Por:   •  20/9/2014  •  Artigo  •  421 Palavras (2 Páginas)  •  345 Visualizações

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O manicômio surge a partir do século XIX, para dar atendimento psiquiátrico aos “loucos”. A história da loucura tem origem árabe, e data do século VII. Os primeiros manicômios europeus são criados no século XV. Já no século XVII esses manicômios alastram-se pelo mundo, abrigando doentes mentais e todo tipo de marginais, ambos no mesmo lugar, não havendo distinção entre um e outro. Essas pessoas eram tratadas pior do que prisioneiros numa prisão.

Eram correntes as práticas de sangria, de isolamento em quartos escuros, de banhos de água fria, além dos aparelhos que faziam com que o paciente rodopiasse em macas ou cadeiras durante horas para que perdesse a consciência.

Eles são mais mal tratados que os criminosos; eu os vi nus, ou vestidos de trapos, estirados no chão, defendidos da umidade do pavimento apenas por um pouco de palha. Eu os vi privados de ar para respirar, de água para matar a sede, e das coisas indispensáveis à vida. Eu os vi entregues às mãos de verdadeiros carcereiros, abandonados à vigilância brutal destes. Eu os vi em ambientes estreitos, sujos, com falta de ar, de luz, acorrentados em lugares nos quais se hesitaria até em guardar bestas ferozes, que os governos, por luxo e com grandes despesas, mantêm nas capitais. (ESQUIROL, 1818, apud UGOLOTTI, 1949).

No Brasil, a história não foi diferente. O livro Holocausto Brasileiro, de Daniela Arbex, conta a história do manicômio em Barbacena, o qual era chamado de Colônia, a ordem para internação das pessoas na Colônia vinha dos mais influentes da sociedade na época. Ao chegarem ao manicômio, os internados tinham uma rotina “desumana”. Eles dormiam juntos em salas grandes sem cama. Todos tinham que se deitar sobre o chão do cômodo, que era coberto apenas por capim. Acordavam por volta das 5h da manhã e eram enviados para os pátios, onde ficavam até 19h, todos os dias.

O manicômio chegou a ter 5.000 pessoas ao mesmo tempo, enquanto a capacidade original era para 200 pacientes. Nesses períodos de maior lotação, 16 pessoas morriam todos os dias. E essas mortes eram lucrativas, os corpos eram vendidos para as faculdades de medicina, depois de algum tempo, as faculdades deixaram de comprar tantos cadáveres. Os funcionários passaram, então, a decompor os corpos dos mortos com ácido no pátio da Colônia, diante dos próprios pacientes, para comercializar também as ossadas.

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