Impacto na educação
Projeto de pesquisa: Impacto na educação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: vision2014 • 4/11/2014 • Projeto de pesquisa • 1.172 Palavras (5 Páginas) • 247 Visualizações
Ainda sobre essa questão da segurança alimentar e nutricional dos beneficiários do PBF, foi relatada por Silva et al. (2007) e realizada pelo MDS, pesquisa de opinião nas 27 unidades da federação durante o período de 1 a 18 de março de 2006 destacando os seguintes resultados: 94,2% das crianças brasileiras realizava três ou mais refeições por dia, destacando-se entre elas o almoço. Das crianças beneficiárias pelo PBF, 84% delas realizavam uma dessas refeições na escola. Sobre a suficiência/insuficiência da quantidade de alimentos consumidos pela criança, 54,8% dos beneficiários consideraram suficiente a quantidade de exposição dos mesmos e após a integração dessas famílias no Programa esse número baixou para 82,6%, ou seja, houve uma redução de 5,7% nessa realidade. Observou-se também nessa pesquisa uma diferença significante na questão sobre se alguma pessoa na casa deixou de comer ou comeu menos porque não havia comida suficiente, pois antes da inserção dessas famílias no PBF essa realidade era presente na vida de 58,3% deles e após o recebimento do benefício esse número baixou para 48,6%, havendo uma queda brusca de 17,4% nessa realidade. Sobre a satisfação das famílias quanto a melhoria da qualidade e variedade dos alimentos após o recebimento do benefício, 18,7% disseram que melhorou muito, enquanto 66,9% disseram que apenas melhorou, totalizando um índice de satisfação de 85,6%. Este número ainda melhorou quando perguntado às famílias sobre a variedade de alimentos, 73,3% disseram que a dieta melhorou muito e 26,7% disseram que apenas melhorou, totalizando um grau de satisfação de 100%. Outro número expressivo foi registrado na redução de 53,3% na situação de insegurança alimentar grave, configurada na duração de alimentos na unidade familiar por menos de uma semana, pois antes do recebimento do benefício 34,9% encontravam-se nesta situação e após a inserção no Programa esse número baixou para 16,1%. Os mesmos dados também ressaltaram uma taxa de 97,2% para o aumento da condição de segurança alimentar plena, que diz respeito à duração de permanência de quatro semanas do alimento na unidade familiar, pois antes do programa essa prevalência era de 10,9% e após o recebimento do benefício passou para 21,5%.
Analisando essas informações levantadas Silva (2010) conclui que alimentos que consumiam e 45,2% consideraram insuficientes. Segundo a pesquisa entre aqueles que consideraram suficientes a quantidade de alimentos consumidos pelas crianças 63,8% residiam na região sul, 58,9% na região sudeste, 56,5% na região centro-oeste, 50,4% na região norte e o mais baixo percentual de compreensão de que a quantidade de alimento consumida pelas crianças era suficiente foi de 44,6% entre os beneficiários da região nordeste. Em relação à disponibilidade de alimentos antes da inserção no PBF, 87,5% dos beneficiários disseram que os alimentos do domicílio terminavam antes de terem dinheiro para
o BF está transferindo parcela expressiva da população brasileira para a área da segurança alimentar, o que, porém, ocorre na proporção em que se eleva a faixa do valor monetário recebido, de modo que um expressivo contingente de famílias pobres ainda convive com a condição de insegurança alimentar. (Silva, 2010, p. 96).
3.1.3. Os impactos sobre a educação
A educação é uma questão central nos programas de transferência de renda na América Latina e especificamente no caso do PBF, sob a justificativa de que alguns estudos mostram que o retorno econômico para crianças que continuam frequentando escola são relativamente grandes e contribuem para o rompimento do ciclo vicioso da pobreza em que estão inseridas. Em relação ao PBF a frequência escolar é obrigatória para crianças de 6 a 15 anos de idade, sendo uma condicionalidade para a permanência da família no Programa.
Em pesquisa realizada em 2007 (Cedeplar/UFMG, 2007) buscou analisar-se indicadores individuais de educação de crianças de 7 a 14 anos de idade, observando-se que em relação à frequência escolar, os beneficiários do PBF comparados a
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