Introdução A Macroeconomia
Dissertações: Introdução A Macroeconomia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: geon • 8/9/2013 • 1.811 Palavras (8 Páginas) • 623 Visualizações
INTRODUÇÃO À ECONOMIA
Introdução
A Macroeconomia é a outra área de estudo da Teoria Econômica, que trata da análise do sistema econômico, através dos grandes agregados, por um reduzido número de fatores, como produção ou produto total de uma economia. A Macroeconomia abrange: nível de emprego, poupança agregada, consumo, investimento, nível geral de preços, renda nacional, taxa de câmbio, estoque de moeda, taxa de juros, balanço de pagamentos, podendo omitir fatores específicos importantes. Por exemplo, ao consideramos apenas o nível geral de preços, consequentemente, deixaremos de atentar para o comportamento diferenciado das variações de preços dos produtos relevantes, tais como: preços agrícolas, construção civil, etc.
A diferença entre a Microeconomia e Macroeconomia se destaca nesse enfoque, todavia, numa visão imediatista, dá a impressão que existe um conflito entre as duas áreas, porém, o que se verifica é que o conjunto da economia é a soma de seus mercados individuais.
A teoria macroeconômica relaciona como problemas de curto prazo, o desemprego e a inflação, enquadrados nas questões conjunturais; e os problemas de longo prazo, o desenvolvimento e o crescimento econômico, são vistos como questões estruturais.
Objetivos de política macroeconômica
Seus principais objetivos são:
. Alto nível de emprego
. Estabilidade de preços
. Distribuição de renda socialmente justa
. Crescimento econômico
O alto nível de emprego e a estabilidade de preço conceituam-se como “políticas de estabilização”, considerados conjunturais de curto prazo, enquanto as questões relativas ao crescimento econômico e à distribuição de renda envolvem aspectos estruturais, predominantemente de longo prazo.
A questão do alto nível de emprego tem como ponto, a crise desencadeada a partir de 1930, gerando um aprofundamento da análise da macroeconomia pelos estudos da “Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda”, elaborado por Keynes, destituindo o pensamento liberal, em que acreditava nas forças de mercados, sem interferência do Estado. O novo paradigma se firmava na transformação de uma economia moderna, com a teoria macroeconômica apoiada na intervenção do Estado, agindo na economia de mercado.
A questão da estabilidade de preços está intimamente ligada ao efeito inflacionário, acarretando distorções, principalmente sobre a distribuição da renda, sobre as expectativas dos agentes econômicos e sobre o balanço de pagamentos.
A questão da distribuição equitativa de renda mantém sua análise no período compreendido entre os anos 1960 e a maior parte da década de 1970, quando os críticos do “milagre econômico” argumentaram que a concentração no país piorou devido à política deliberada do governo de primeiro crescer para depois distribuir (a chamada teoria do bolo). Pode-se dizer que, a falta de qualificação da mão de obra teria sido o principal determinante da piora distributiva da renda. O padrão de vida da população melhorou, cuja renda média por habitante (renda per capita) de todas as classes aumentou, mas a renda das classes mais ricas aumentou proporcionalmente mais que a renda das classes mais pobres.
A questão do crescimento econômico está relacionada à renda nacional per capita, ou seja, colocar à disposição da coletividade uma quantidade de bens e serviços acima do crescimento populacional.
Instrumentos de política macroeconômica
Envolve a atuação do governo sobre a capacidade produtiva (oferta agregada) e as despesas planejadas (demanda agregada), levando a economia a operar em pleno emprego, com baixas taxas de inflação, com distribuição de renda justa, e que cresça de forma contínua e sustentável.
Principais instrumentos:
Política fiscal – instrumentos que o governo dispõe para arrecadar tributos (política tributária) e controlar suas despesas (política de gastos).
Se o objetivo da política econômica for reduzir a taxa de inflação, as medidas fiscais normalmente adotadas são a diminuição de gastos públicos e/ou aumento da carga tributária (que inibe o consumo). Logo, essas medidas visam diminuir os gastos da coletividade.
Política monetária – atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos existentes na economia.
Se o objetivo da política econômica for controlar a inflação, a medida apropriada de política monetária é diminuir o estoque monetário da economia (por exemplo, aumento da taxa de juros, aumento das reservas compulsórias, ou venda de títulos no open market).
As políticas monetárias e fiscais são meios alternativos, diferentes para as mesmas finalidades.
Política fiscal apresenta mais eficácia, quando o objetivo é uma melhoria na distribuição de renda, com taxações das rendas mais elevadas dado o aumento dos gastos do governo, para serem distribuídos a setores mais carentes.
A política monetária sobre a fiscal é mais fácil de ser aplicada porque depende, somente, de decisões diretas das autoridades monetárias, enquanto, o processo de implementação de política fiscal é muito lento, pois depende de votação no Congresso.
Política cambial – atuação do governo sobre a taxa de câmbio. O câmbio pode ser fixo ( o Governo, por meio do Bacen, pode fixar a taxa de câmbio) ou flutuante (determinado pelo mercado de divisas).
Política comercial – instrumentos de incentivos às exportações e/ou estímulo e desestímulo às importações.
Política de renda – intervenção direta do governo na formação de renda (salários, aluguéis), com o controle e congelamento de preços.
Estrutura de análise macroeconômica:
Parte “real” da economia
Mercado de bens e serviços
Mercado de trabalho
Parte “monetária” da economia
Mercado monetário
Mercado de divisas
Mercado de títulos
O mercado de bens e serviços determina o nível de produção e o nível geral
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