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Trabalho Universitário: Mms115766@gmail.com. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: iasb • 3/3/2015 • 1.079 Palavras (5 Páginas) • 239 Visualizações
O Efeito Tesoura – em uma Alavancagem Financeira por uma Empresa.
Nas últimas décadas houve grande desenvolvimento da teoria financeira e, especialmente no Brasil, é destaque o modelo de Michel Fleuriet que, a partir das contas contábeis de curto prazo – denominadas circulantes, desenvolve e promove a análise dinâmica do capital de giro das empresas. Este modelo de análise, e outros similares no exterior, parte da separação das contas circulantes do ativo e do passivo em operacionais e erráticas, e permite identificar se a empresa está ou não na situação denominada por Fleuriet de Efeito Tesoura. Contudo, ainda é pequena a pesquisa empírica desenvolvida com o propósito de testar estatisticamente a relevância e a validade do Efeito Tesoura para análise financeira de empresas. A partir de metodologia indutiva e postura positiva, com uma amostra de 480 empresas, dentre as quais 257 indústrias, e peças contábeis referentes ao período de 1994 a 2007, utilizando a correlação, Lambda de Wilks e ANOVA uni variada, e ainda análise de regressão logística, esta pesquisa conclui que o Efeito Tesoura é modelo de análise relevante e são estatisticamente válidos seus fundamentos quanto à erraticidade dos grupos circulantes financeiros em relação à atividade da empresa e quanto à correlação desta com os grupos circulantes operacionais. Também se constata, empiricamente, que o Efeito Tesoura calculado a partir da relativização das variáveis do Modelo Fleuriet com Vendas apresenta maior robustez que o Efeito Tesoura calculado simplificadamente, sem a relativização. Conclui-se, ainda, que se deve utilizar no mínimo quatro peças contábeis referentes a um período de quatro anos de observação do Efeito Tesoura, com três anos completos de intervalo entre a primeira peça e a última, para estatisticamente afirmar que há diferenças significativas, em relação aos indicadores tradicionais de análise de balanços, entre empresas que se apresentam sob o Efeito Tesoura e empresas que não se apresentam nesta situação. O modelo dinâmico de análise econômico-financeira ou modelo Fleuriet, surge como uma mudança no enfoque da análise contábil tradicional tornando-a mais coerente com a realidade operacional, que anteriormente era centrada numa visão estática da empresa de que não haveria continuidade dos negócios caso todo ativo circulante fosse transformado em dinheiro para honrar compromissos. Essa abordagem propôs uma análise financeira dinâmica, e que permite identificar a necessidade de investimento no giro dos negócios e o volume de recursos de longo prazo que financiam o giro, contribuindo para a tomada rápida de decisões da empresa, exigida pelo ambiente atual e sujeito a rápidas mudanças. Além da reclassificação das contas de acordo com seu ciclo é também essencial a segregação em financeiro e operacional. Contas do grupo circulante, ativo e passivo, se subdividem em ativo circulante financeiro (ACF), ativo circulante operacional (ACO), passivo circulante financeiro (PCF) e passivo circulante operacional (PCO). O ativo circulante financeiro, de natureza errática, é constituído por elementos essencialmente financeiros e o passivo circulante financeiro é formado por passivo de curto prazo que provocam despesas financeiras. Já o ativo circulante operacional é composto pelas contas relacionadas às atividades operacionais da empresa, que giram rapidamente. Enquanto o passivo circulante operacional é constituído pelas obrigações de curto prazo. Assim, segundo Fleuriet, Kehdy e Blanc (2003), para uma melhor compreensão em relação à realidade dinâmica das empresas, as contas acima devem ser consideradas de acordo com o seu ciclo, ou seja, o tempo que leva para se realizar uma rotação. Desta forma, levando em consideração a velocidade com que as contas se movimentam, têm-se três grupos principais da reclassificação das contas contábeis, que são definidos em consonância com a termologia de Fleuriet, Kehdy e Blanc (2003):
- Permanentes ou não cíclicas: apresentam uma movimentação lenta. (realizável a longo prazo; investimentos; reserva de lucros, e etc.);
- Contínuo e cíclico: relacionadas com o ciclo operacional do negócio. (estoques; clientes;fornecedores e etc.);
- Descontínuo e errático1: contas que não estão diretamente relacionadas com a operação. (disponível; títulos negociáveis; duplicatas descontadas e etc.). A partir da reclassificação do balanço
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