O Diário de Campo
Por: paolladuarte • 2/2/2023 • Seminário • 2.134 Palavras (9 Páginas) • 79 Visualizações
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DIÁRIO DE CAMPO - FUNDAMENTADO[1]
Nome do aluno: Paolla La Flor Duarte RU: 2866153 Período: 15/09/2022 à 17/11/2022
Local de Estágio: CREAS-Centro de Referência Especializado em Assistência Social
Supervisor de Campo: Flávia Regina de Souza Barbosa CRESS: 11945
Supervisor Acadêmico: Isabel Cristina da Rosa CRESS: 11967
DATA | ATIVIDADE(S) REALIZADA(S) (Descrever detalhadamente a atividade realizada) | OBJETIVO(S) (Iniciar com verbo de ação) | AVALIAÇÃO - FUNDAMENTADA[2] (Impressões/aspectos positivos/dificuldades etc. Fundamentar teoricamente aquelas atividades mais significativas) |
22/09/22 | Acompanhamento a Visita Domiciliar a familiares extensos da usuária T. M. para possível acolhimento da idosa evitando assim o asilamento. | Evitar asilamento. | Me desloquei juntamente com a assistente social do CREAS, para visita domiciliar em possíveis parentes extensos da idosa, sem muitas dificuldades para encontrarmos, porém chegando lá nos relataram que não teriam condições de abrigá-la devido ao seu filho ser usuário de drogas. Sendo assim, esgotando as buscas por familiares extensos, envia-se documento comunicando ao Ministério Público do município. “Podemos definir a visita domiciliar como um instrumento de trabalho que visa ao conhecimento aprofundado do modo e da condição de vida da população usuária, realizado diretamente no espaço de residência e/ou vivência dos sujeitos, propiciando uma aproximação com o seu cotidiano e com a realidade sócio territorial vivenciada pelos mesmos. Este instrumento é balizado por uma dimensão investigativa que possibilita apreender os processos sociais singulares em conexão com a dinâmica societária, juntamente com uma postura ético-política comprometida com o atendimento das necessidades sociais e com o respeito da liberdade e da autonomia.” (CLOSS, 2015) |
06/10/22 | Acompanhamento a atendimento no CREAS após desligamento de adolescente socioeducando P.R da FASE de Santa Maria, pois por contar com apenas 13 anos de idade estava com muita saudade da mãe e dos irmãos, chorando diariamente e ameaçando tirar a própria vida, como caso em exceção a juíza do município concedeu L.A- Liberdade assistida. Logo após chegar ao município a diretora do colégio relatou que o menor havia importunado sexualmente uma menina e jogado terra em outro colega, minha supervisora realizou visita domiciliar para falar com o jovem e sua mãe sobre o caso. | Evitar que o adolescente volte a cumprir medida socioeducativa em meio fechado na FASE de Santa Maria. | O adolescente demonstrou em suas falas estar arrependido e em um primeiro momento disse que cumpriria tudo que lhe seria imposto pela juíza para poder ficar em seu lar com sua mãe e irmãos. Em um segundo momento já se envolveu novamente em confusão no colégio. Sendo realizada visita domiciliar para reforçar a importância do respeito com o outro em qualquer ambiente e a possibilidade de retorno ao cumprimento de medida em meio fechado. |
13/10/22 | Acompanhamento a atendimento do usuário B. S por solicitação do Ministério Público para escuta e acompanhamento do menor e seu núcleo familiar, ficando entendido por minha supervisora por momento, pela devida liberação do menor do sistema, por tratar-se de disputa de guarda pois em atendimentos com o mesmo e sua mãe, o menor encontra-se bem com relações saudáveis com os familiares e no colégio, com boas notas e com rotina ativa, logo foi realizado relatório documentando os relatos ao Ministério Público. | Acompanhar o adolescente e seu núcleo familiar que já são usuários do sistema. | Em uma primeira impressão, e após me adentrar do caso, foi chegado a conclusão após escuta e trocas de orientações, por liberar por momento o adolescente, pois por relato do mesmo, encontra-se bem, com relacionamentos saudáveis com a mãe e que visita o pai (pai e mãe separados) quando ele deseja (SIU), e que com relação a escola está frequentando com boas notas, e que participa da escola de futebol cruzeiro do município, com rotina bem ativa e produtiva. |
13/10/22 | Acompanhamento ao usuário W. S, que chegou ao equipamento com sua tia, através de denúncia formalizada pelo tio do menino (ambos tios maternos), pois o menor mencionou na escola que teria sido agredido por sua mãe com chutes no estômago devido a conflitos internos e que seria constante essas agressões por parte da mãe (SIU), os irmãos da genitora afirmam que ela sofre de transtornos psiquiátricos, e que a mesma já teria sido internada em ala psiquiátrica na cidade anterior a qual residia. O menor foi atendido, ouvido, em trocas ele se manteve calado, chorou em alguns momentos, foi inserido nas oficinas do equipamento, e a irmã se comprometeu em levar a genitora ao equipamento para atendimento e possível encaminhamento ao CAPS do município para consulta psiquiátrica, para avaliação e possível uso de medicações para controle emocional e melhora na convivência com o filho. | Acompanhar e inserir o menor nas oficinas do equipamento, trabalhar a superação de possíveis traumas. | Todavia, para um primeiro atendimento e impressão devido a causa do menor chegar ao equipamento, foi visível e esperado choros e mais silêncio quando falado sobre sua genitora que ocasionou tal transtorno, o menor demonstra entender os transtornos da mãe e até mesmo relata não saber se a mãe aceitaria um tratamento psiquiátrico, aceitou e apresentou um certo entusiasmo quando solicitado a ser inserido nas oficinas do equipamento. |
18/10/22 | Acompanhamento a atendimento de oficina no equipamento de três usuários menores, um por alienação parental por parte da avó paterna, outro por agressões por parte da mãe que sofre de problemas psiquiátricos, e a menina que foi vítima de abuso. Foi trabalhado por minha supervisora um vídeo sobre emoções, e logo após trabalhado para que eles entendam o quão importante é falar sempre para quem os mesmos encontrarem segurança, após foram encaminhados a oficineira do equipamento que realizou com os pequenos um pote da calma. | Realização de oficina para trabalhar as emoções. | Com relação aos aspectos positivos e dificuldades na realização proposta da oficina, posso relatar que nos deparamos mais positivamente, pois as crianças apesar das violações sofridas, ainda assim interagiram muito bem, conversaram, gostaram do vídeo, e relataram que entendem da importância de todas a emoções trabalhadas, com intuito de superação e importância das emoções para cada um individualmente. |
25/10/22 | Acompanhamento de atendimento a ocorrência de Maria da Penha, que chegou ao equipamento através da Delegacia do município, foi oferecido a vítima hospedagem em hotel da cidade que abriga esses casos até a mesma conseguir lugar para ficar, pois onde habitava com o agressor e seus filhos seria no pátio da casa da sogra, em contato com a vítima estava procurando casa de aluguel para se mudar com os cinco filhos, pernoitando mais uma noite no hotel até o momento do contato. | Acolher em local seguro e evitar contato da vítima de Lei Maria da Penha com o agressor. | Em relação aos aspectos positivos e negativos de tal atendimento, pode-se notar que a vítima está empenhada em mudar de local do agressor e não ter mais contato com ele, protegendo a ela e seus filhos. |
25/10/22 | Acompanhamento de atendimento de demanda espontânea de morador de rua solicitando alimentação, foi lhe dado encaminhamento ao restaurante popular do município. | Encaminhamento a restaurante popular. | Com relação aos pontos positivos e negativos de tal atendimento, é visível a vulnerabilidade dos moradores de rua de nosso município, porém quando se oferece algo que os tire da rua, eles mesmos relatam que querem voltar para as ruas, que é a vida deles, sendo realizada a parte dos serviços do equipamento e sempre que possível sanadas as necessidades dos mesmos. |
03/11/22 | Acompanhamento a visita domiciliar para usuária N.D, para orientação que a mesma e sua filha deveriam comparecer ao exame de lesão corporal devido a denúncia que a usuária realizou na Delegacia do município contra seu filho mais velho por Maria da Penha, alegando que o mesmo encontrava-se drogado e as agrediu fisicamente, sendo que sua filha é deficiência mental. As encontramos em sua residência e fomos informadas de que o filho havia sido internado em unidade terapêutica pela comunidade local. Quanto ao filho menor o Ministério Público do município solicitou acompanhamento sobre a vida escolar do menor, a mesma informou que o menino não estava frequentando ultimamente as aulas devido a dores abdominais, a usuária ainda nos solicitou uma opinião alegando que o menino estava querendo morar um tempo com o pai que reside em outra cidade, foi lhe informada que esta decisão cabe a ela que é mãe, mas que o menino deve comparecer a escola, que o estudo fundamental e médio tem base obrigatória. | Orientar a usuária com relação ao exame de lesão corporal dela e da filha, e orientação quanto ao filho menor das atividades escolares obrigatórias. | Com relação aos pontos positivos e negativos dessa abordagem, não foi encontrado dificuldade alguma, encontramos a usuária de volta a sua residência, nos atendeu com solicitude, ficou de ir realizar o exame de lesão corporal dela e de sua filha, e com relação ao filho menor em sua fala disse que entende da importância da escola e que iria providenciar sua volta. |
03/11/22 | Acompanhamento in loco em procura por familiar extenso de uma usuária idosa que está hospitalizada no município, sem êxito até o momento. | Busca ativa por familiar extenso. | Com relação aos pontos positivos e negativos dessa abordagem, nessa abordagem não obtivemos êxito, pois não conseguimos adquirir contato físico com essa possível familiar para conversa amigável a respeito da usuária idosa que encontra-se hospitalizada sem condições aptas de sair de lá e ficar sozinha pelo menos no momento. |
14/11/22 | Acompanhamento de reunião de rede juntamente com minha supervisora a respeito da usuária C.A, usuária a bastante tempo do sistema. Atualmente atingiu a maioridade e não se trata mais de acolhimento institucional e conselho tutelar, porém como encontra-se grávida de sete meses e em vulnerabilidade procurou o sistema novamente para possíveis auxílios e encaminhamentos. Inclusive novamente será requisitado seu acompanhamento no CAPS do município, pois na reunião de rede fico explícito aos profissionais a necessidade urgente da usuária primeiramente realizar tratamento psicológico para após poder se organizar com o bebê em possível casa dos programas realizados pelo município, onde será realizado cadastro da mesma nos programas de habitação da nossa assistência. | Evitar risco maior para usuária e bebê e até mesmo possível perda da guarda da criança. | Com relação aos pontos positivos e negativos de tal demanda, podemos salientar o nível extremo em que se encontra a usuária, com vulnerabilidades gritantes, gestante sem moradia fixa, problemas de personalidade, não comparecendo aos exames pré-natais de rotina, colocando se em risco e seu bebê junto. |
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