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Paper água E Seus Afluentes

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Por:   •  2/7/2014  •  1.214 Palavras (5 Páginas)  •  467 Visualizações

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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo discorrer sobre a água mineral e seus efluentes sendo que com o surgimento da indústria e como conseqüência indireta do modelo de civilização, o tradicional enfoque que caracterizava a água mineral pelo aspecto medicinal, foi sendo substituído progressivamente, sob o impacto da sua comercialização em larga escala. Por sua vez, o afastamento humano da natureza produzido pelo progresso tecnológico gerou, talvez, uma resistência no inconsciente coletivo da população, que busca um caminho de volta às raízes.

Palavras-chave: Água Mineral. Efluentes. Código de Águas Minerais do Brasil.

1. INTRODUÇÃO

Os grandes centros e a poluição crescente dos mananciais trouxeram consigo a necessidade do tratamento da água para consumo humano e, em contrapartida, um mercado em constante expansão de água mineral usada como bebida ou complemento alimentar. Para ter uma idéia da expansão desse mercado, basta dizer que só na França a produção evoluiu de 300 milhões de litros em 1938 para 6 bilhões em 2000. No Brasil, este salto pode ser visualizado na passagem de 72 milhões de litros em 1960 para 3,2 bilhões em 2000.

Mas, apesar da disseminação do consumo de água engarrafada e incremento da respectiva indústria, as estâncias hidrominerais com finalidades de tratamento e repouso não foram abandonadas. No Brasil são famosas as estâncias como as de Caxambu, São Lourenço e Poços de Caldas, em Minas Gerais, e Águas de Lindóia e Serra Negra, em São Paulo, que recebem grande afluxo de turistas não só do país como de além-fronteiras. No Estado do Rio de Janeiro, Raposo, no município de Itaperuma, vem se consolidando como um recanto com essas características.

2. CONCEITOS

Denominam-se águas minerais aquelas que, provenientes de fontes naturais ou artificiais, possuem características químicas, físicas e físico-químicas que as distinguem das águas comuns e que, por esta razão, lhes conferem propriedades terapêuticas. Esta conceituação é a mais aceita, embora existam outras definições baseadas em tipos de águas minerais que não se enquadrem completamente no critério acima.

O Código de Águas Minerais do Brasil define as águas minerais como: Águas provenientes de fontes naturais ou artificiais captadas, que possuam composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas distintas das águas comuns, com características que lhes confiram uma ação medicamentosa.

São ainda definidos no Código os padrões físicos e físicos-químicos e as concentrações químicas mínimas para o enquadramento dessas águas como minerais. Para o caso das águas oligominerais, a ação medicamentosa deverá ser constatada e aprovada pela Comissão Permanente de Crenologia, vinvulada ao DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral. Crenologia é a ciência que estuda a utilização da água mineral natural para fins medicinais.

O Código de Águas Minerais Brasileiro adota a classificação mais aceita mundialmente. São levadas em consideração, fundamentalmente, dois critérios: o das características permanentes da água (constituição química) e o das que lhes são inerentes apenas na fonte (gases e temperatura). Deste modo, são feitas duas classificações: uma da água e outra da fonte. (Decreto-Lei Nº 7841, de 08/08/1945, DOU de 08/08/1945).

2.1 ÁGUA MINERAL E SEUS EFLUENTES

Anos atrás os poucos efluentes produzidos eram simplesmente jogados nos cursos d'água onde se processava a depuração por vias naturais: um grande volume de água limpa e oxigenada diluía a pouca carga de esgotos e resíduos industriais e os microorganismos existentes no curso de água, se encarregavam da degradação oxidativa deste alimento inesperado, retirando pouco oxigênio da água (O2), sem interferir com a vida aquática. Com o aumento da população e da atividade industrial, um maior volume de efluentes e esgotos foram gerados, obrigando a coletividade e as industrias a construir plantas de tratamento desta água poluída para evitar mortandade de peixes, mau cheiro, epidemias e outros problemas.

Tratamento: a água servida, efluente ou esgoto doméstico têm, basicamente, 2 estágios de tratamento: Tratamento Primário e Tratamento Secundário. O Tratamento Primário retira os sólidos grosseiros como pedaços de madeira, pedras areia grossa e fina que poderiam danificar os equipamentos da unidade e usa métodos simples como gradagem e decantação. No Tratamento Secundário , o efluente, já livre dos resíduos maiores, passa por um tratamento biológico onde a carga orgânica entra em contato com microorganismos que a decompõem. (GIORDANO, 2004)

Para tanto desenvolveram-se várias técnicas, desde a simples disposição em lagoas, uso de filtros biológicos, leitos de contato, Tanque de Lodo Ativado e tanques sépticos. Entre as mais utilizadas, a técnica do lodo ativado, permite o contacto íntimo da matéria orgânica com os microorganismos por várias horas, em farta presença de oxigênio e agitação. Cada efluente gera um diferente grupo de microrganismos que se adapta ao meio e

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