Perfil do usuario

Perfil do Usuário

A composição do perfil do usuário executa o levantamento dos dados para analisar como está sendo assegurada á segurança pública de qualidade, e, como está sendo executado o projeto Acorde, que está situado em um bairro carente, onde á violência impera bairro Santa Maria localizado na zona de expansão, o projeto funciona no mesmo prédio da 9ª Delegacia Metropolitana, na Av. Alexandre Alcino, 3400, Aracaju-Se.

O projeto é resultado de um convênio entre a Secretaria de Segurança pública do estado de Sergipe (SSP/SE) e a Secretaria Nacional de Segurança pública (SENASP), desenvolvido por policiais civis, os atendimentos e mediações são conduzidos por profissionais que passaram por um treinamento específico e desenvolveram a habilidade de mediar conflitos de maneira eficiente.

Na ação, o cidadão registra o boletim de Ocorrência de um crime ou contravenção penal de menor potencial ofensivo na 9ª Delegacia Metropolitana, e é encaminhada ao projeto Acorde que funciona no mesmo prédio. O processo pode ocorrer por encaminhamento ou diretamente no Acorde, ao chegar ao local, é preenchido um questionário onde são coletadas algumas informações, pra conhecer e identificar um pouco da realidade da pessoa, em seguida o usuário ofendido, é ouvido por um mediador, em dia diferente á outra parte envolvida é ouvida, até que ambos sentem juntos para conversar, para que as duas partes possam falar sobre suas inquietações.

O mediador é imparcial, ele apenas facilita o processo de comunicação, mas sem interferir oferecendo propostas, ele permite que as partes cheguem sozinhas a um acordo. O processo é voluntário, em qualquer momento as partes podem desistir de dar continuidade, e quando não acontece o acordo, eles são encaminhados para que possam resolver na via judicial.

Em 2015, até o dia 2 de outobro, o projeto acorde registrou 450 atendimentos, em 2014 foram contabilizados 687 atendimentos, enquanto em 2013 a coodernação do projeto registrou 273 atendimentos.  A procura maior ocorre pela público feminino, em pelo menos 80% dos casos, as mulheres acabam procurando mais o projeto, outro dado importante á ser considerado, é que, esses usuários são pessoas que acaba brigando com o vizinho, parentes, irmãos, cunhados, mães que brigam com os professores dos seus filhos ou mães que brigam entre sí, o projeto entra em ação exatamente para intervir nesses casos de ameaça, injuria e difamação, para evitar grandes confusões ou até morte. Os mediadores explica como funciona a mediação, e propõe ao usúario conversar com a outra parte juntamente com a sua presença, o ambiente é totalmente neutro. Os mediadores não emite nenhuma opinião, mas eles fazem com que a pessoa pense, reflita sobre suas atitudes, ma as partes que criam a solução.

Esse projeto nasceu antes desse convênio com a Senasp. Na verdade existiam profissionais na Polícia Civil que gostavam e estudavam mediação de conflitos. Em dado momento, surgiu o convite e necessidade de que a gente desenvolvesse o projeto nas comunidades. Fomos então conhecer uma experiência exitosa, que foi o projeto Mediar, desenvolvido pela Polícia Civil de Minas Gerais. Passamos uma semana observando como eles atuavam e adaptamos para nossa realidade. Assim surgiu o projeto Acorde, de um estudo e dessa visita técnica realizada em 2011. Hoje á equipe trabalha em média com 14 pessoas, sendo seis estagiários, além de oito mediadores, que são também policiais civis. Com a possibilidade de ampliação das atividades, via convênio com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), o projeto Acorde realizará no próximo ano o segundo Curso de Policiais Mediadores de Conflitos e contará com apoio de R$ 1,4 milhão em recursos para o desenvolvimento das ações.

O projeto hoje, abrange apenas a população do bairro Santa Maria, mas pretende em breve abri uma central que atenda a Grande Aracaju e outras cidades. Cada vez mais vem intensificando-se o trabalho para resolução desses pequenos conflitos na região de atuação, evitando desta forma o aumento de mais casos judiciais, que se prolongam na justiça.

O projeto vai ter uma visibilidade maior quando for aberto a central, que vai abranger e receber á toda região. Desta forma, possibilitando resolver mais casos, e levando pra população o incentivo e a ação de conversar para se entender. Foi de relato de uma das mediadoras á conclusão que a grande maioria dos usuários que busca o projeto, tem na verdade á intenção de ser escutada, e o projeto dar essa oportunidade para as pessoas, serem escutadas e resolverem entre sí um mal entendido, sendo assim executado um acordo entre as duas partes, um tempo depois é feita a pós mediação, um período de 30 á 40 dias, para que esse usuário venha ao projeto dizer se realmente foi resolvido.