Produção textual
Por: Rafael Chilanti • 14/10/2015 • Trabalho acadêmico • 985 Palavras (4 Páginas) • 257 Visualizações
INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje, falar sobre tratamento da dependência química nos remete a pensar sobre os vários formatos diferenciados de técnicas e abordagens existentes. Dentre esses diversos formatos de tratamento para a dependência química, a técnica de Prevenção à Recaída vem se mostrando bastante eficaz no que se refere ao conhecimento do próprio paciente com relação à sua própria doença e manutenção da sua recuperação, como cada paciente lida com as situações de risco para a recaída.
Este estudo realizado em quatro sessões de Prevenção à Recaída, com 10 internos da Comunidade Terapêutica Casa da Graça Unidade Feminina, com o objetivo de levantar situações de risco que os dependentes químicos reconhecem como sinais e sintomas que os levam à recaída.
Os resultados aqui obtidos foram de grande valia para os pacientes que não tinham conhecimento da prevenção.
- OBJETIVOS
- Objetivo Geral
Provocar uma reflexão acerca do que mais valoriza na vida e como a paciente lida com situações de risco.
- Objetivos Específicos
- Discutir sobre o que pensava e sentia antes e depois daquele momento de recaída.
- Encorajar a si próprio.
- Relembrar aspectos positivos de sua vida.
- REVISÃO DE LITERATURA
O principal objetivo da Prevenção à Recaída é tratar o problema da recaída e gerar técnicas para prevenir ou manejar sua ocorrência. Baseado em uma estrutura cognitivo-comportamental, a Prevenção à Recaída busca identificar situações de alto risco em que o indivíduo é vulnerável à recaída, e usar estratégias de enfrentamento cognitivos e comportamentais para prevenir futuras recaídas em situações similares. (MARLATT, DONOVAN & COLS 1999)
A Prevenção à Recaída pode ser definida como um programa de autogestão, que busca estimular o estágio da manutenção no processo de mudança (MARLATT, 1999).
No modelo de Prevenção à Recaída os comportamentos aditivos são maus hábitos adquiridos, que podem ser modificados. Considera-se que esses pacientes aprenderam esses comportamentos e pensamentos, que são disfuncionais e que, apesar de gerarem problemas para os mesmos, são utilizados quando o paciente tem que lidar com situações difíceis. A Prevenção à Recaída busca mudar um hábito autodestrutivo e manter a mudança, por meio da aprendizagem de comportamentos mais adaptativos e da identificação de cognições disfuncionais (CIÊNCIAS DA SAÚDE, 2010).
Considera-se que o paciente tem um papel ativo na identificação das situações de alto risco, que podem envolver fatores intrapessoais (como conflitos e pressões sociais). Uma vez identificadas tais situações o paciente precisa aprender mecanismos de manejo mais efetivos. (CIÊNCIAS DA SAÚDE, 2010)
A dependência química é um transtorno crônico e pela sua própria natureza apresenta tendências a episódios de recaída. A dificuldade em administrar as barreiras que surgem na jornada de um dependente químico em recuperação, podem levá-lo à recidiva.
A recaída é considerada um estado de crise, um conjunto de sintomas da doença que se manifesta pelo abuso de substâncias após um período de abstinência (BÚCHELE, MARCANTTIL & REBELO, 2004)
Após a obtenção da abstinência o indivíduo enfrenta as dificuldades de não recair. O processo de prevenção à recaída deve ser entendido como parte do tratamento, a ser trabalhado assim como o indivíduo obtém a abstinência. As estratégias utilizadas em momentos de tentação ao uso e na síndrome da abstinência são importantes fatores a serem trabalhados para manter a cessação do uso de drogas (FERNANDES,.......).
- METODOLOGIA
Trata-se de um estudo qualitativo de análise de conteúdo. Os participantes da amostra são 10 (dez) pacientes, usuários de múltiplas drogas, internados em centro de tratamento para dependência química há mais de dois meses, recebendo até o momento quatro sessões de prevenção à recaída.
Foram realizados quatro encontros com duração de 60 (sessenta) minutos, onde foram tratados, em grupo, os seguintes temas sobre a prevenção à recaída:
- Contemplando e refletindo sobre a recaída
- Situações de alto risco e desenvolvendo estratégias de enfrentamento
- Evidenciar e lidar com decisões aparentemente irrelevantes
- Como entender e lidar com situações de risco para a recaída
- RESULTADOS
A análise dos dados qualitativos mostrou que a maioria dos participantes já havia tido contato com atividades de prevenção à recaída e o quanto é importante para os participantes a prevenção à recaída no tratamento, para que a pessoa possa ter o autoconhecimento, identificando assim as situações que a leva à recaída, aprendendo como utilizar estratégias de enfrentamento nas situações de risco.
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