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Resenha Filme Migrantes

Por:   •  3/5/2015  •  Resenha  •  949 Palavras (4 Páginas)  •  3.078 Visualizações

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Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP

Instituto de Ciências Sociais Aplicadas – ICSA

Disciplina: Acumulação Capitalista e Questão Social

Docente: Douglas

Discente: Isadora Souza Costa

                Vivian de Freitas Martinho

           

                                                                Migrantes

              O documentário, fala sobre os trabalhadores rurais migrantes, vindos de vários lugares do Brasil, os migrantes saem de suas regiões para dirigirem ao corte de cana no interior de São Paulo. No vídeo é retratada a vida dos trabalhadores e as condições de trabalho no corte de cana. Outros elementos são bem visíveis como as péssimas condições da viagem, a precariedade da moradia, alimentação; a forma de pagamento, as mortes e doenças, o trabalho escravo, o não acesso a saúde e o endividamento antes mesmo de chegar ao destino.  Diariamente, migrantes arriscam a própria vida para buscar algo temporário, já que na sua terra natal estas pessoas já se encontram excluídas ou em precárias condições humanas e sociais. Esses trabalhadores migram para outras regiões por um único fato: eles são aptos a atender as qualidades requeridas pelo processo de acumulação capitalista do capital. A acumulação capitalista tem como finalidade direta e determinante a mais-valia. Ou seja, a acumulação vai se dar através da exploração do trabalhador, através da mais-valia.

           Essa inclusão precária se realiza a partir desses ideais do capitalismo, a sociedade capitalista desenraiza e exclui para tardiamente incluir o proletariado sobre suas próprias regras. O período de transição que a classe trabalhadora enfrenta da exclusão para o momento da inclusão condiz uma degradação, e de acordo com o autor Martins, na sociedade contemporânea capitalista cria-se um grande contingente de população sobrante com poucas oportunidades de ser incluído novamente nos padrões do desenvolvimento atual, ou seja, o período que deveria ser de curto prazo entre a exclusão para a inclusão vem se transformando em uma situação permanente, e criando uma sociedade que se torna includente do ponto econômico, mas excludente socialmente.

        A sociedade neste sentido da inclusão precária se torna uma sociedade dual, através de uma sociedade constituída de ricos e pobres ligados às atividades econômicas e muitas vezes sobre o sistema das relações sociais e até mesmo político; e também outra sociedade ligada por meio de um trabalho precário, seja no pequeno comércio, no chamado terceiro setor, ou também recorrendo aos trabalhos informais.

        De acordo com Martins, a inclusão pode até acontecer no plano econômico, pois o trabalhador pode receber algo para o seu sustento, o que na maioria das vezes não ocorre no plano social e também sem causar deformações morais. Diante disso, e com o domínio capitalista a própria sociedade está construindo outras alternativas como forma de “trabalho”. Este processo de trabalhos informais sobre a inclusão precária favorece negativamente também o grande problema das migrações no Brasil,que veem desde o anos cinquenta colocando os trabalhadores muitas vezes em um processo de clandestinação e no trabalho precário permanente.

        

A vista do trabalhador, a migração, o liberta da coerção permanente, das relações de dependência pessoal, cria alternativas ainda que de pobreza, de emancipação da pessoa do trabalhador. Martins ressalta, que o retorno periódico ao ponto de partida não reconstitui a identidade original do trabalhador e nem as relações sociais originais de quando ele partiu. O migrante ao retornar para seu local de partida não encontra a mesma situação que deixara desta forma há toda uma modificação do arranjo das relações sociais, pois a sua família (mulheres e crianças) são mobilizadas como mão-de-obra para substituí-lo. Assim o migrante entra em contradição, pois ele deixa sua família para assegurar a permanência do seu mundo camponês; para assegura-lo com ganhos extraordinários as carências econômicas que ali deixou, deixando carências que não podem mais ser supridas pela própria unidade familiar de produção, e quando volta  tudo permanece como estava,aparentemente, o ausente e a ausência operam mudanças importantes nas relações sociais do grupo familiar e do grupo da vizinhança

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