SUSTENTABILIDADE EM DEBATE
Casos: SUSTENTABILIDADE EM DEBATE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: stephaniedm • 4/9/2013 • 847 Palavras (4 Páginas) • 323 Visualizações
No momento em que o mundo está voltado para os temas que pautarão a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio+20, em junho, a revista "Estudos Avançados" dá sua contribuição às discussões com um dossiê sobre sustentabilidade. A edição nº 74 (já disponível em versão digital na Scielo) foi lançada no dia 11 de maio em evento na Sala do Conselho Universitário da USP. Na ocasião houve também o lançamento da versão em áudio (sistema Daisy) da revista, produzida pelo Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) da USP.
O evento teve mesa-redonda com três professores da USP: José Eli da Veiga, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), e Eliezer Diniz, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-Ribeirão Preto) foram os expositores; Célio Bermann, do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE), foi o debatedor. Diniz e Bermann são dois dos colaboradores do dossiê. Antes da mesa-redonda, Martin Grossmann, diretor do IEA, e Alfredo Bosi, editor da revista, apresentaram a edição.
Segundo Bosi, os 25 textos que integram o dossiê são divididos em quatro grupos: o primeiro apresenta reflexões sobre o conceito e as teorias de sustentabilidade; o segundo explora questões ligadas ao clima; o terceiro enfoca a temática da energia; e o quarto compõe uma espécie de minidossiê, que sistematiza a produção da pós-graduação da USP de 1992 a 2011 vinculada à agenda da Rio+20.
O editor ressalta, ainda, que os artigos trazem pontos de vista diversos sobre a sustentabilidade, mas tendo os aspectos socioambientais como eixo principal: "A ênfase nos efeitos perversos de um crescimento cego não só no ambiente como na estrutura social é um dos pontos altos do dossiê".
RIO+20
Em "De Volta à Mão Visível: os Desafios da Segunda Cúpula da Terra no Rio de Janeiro", artigo de abertura da revista, o economista polonês Ignacy Sachs, diretor de estudos honorário da École de Hautes Études en Sciences Sociales, da França, afirma que a Rio+20 enfrentará dois grandes desafios: conter as mudanças climáticas e reduzir as desigualdades.
Sachs chama atenção para a necessidade de conciliar justiça social e prudência ambiental, mas enfatiza que "as preocupações ecológicas não devem ser aceitas como justificativa para adiar a resolução de imperativos sociais urgentes. A economia verde só faz sentido se for uma economia voltada para o bem-estar da sociedade em geral".
Os rumos da Rio+20 também orientam o artigo de Ricardo Abramovay, da FEA-USP. Ele critica o documento inicial preparado para a conferência, conhecido como "Zero Draft", por não se aprofundar em duas questões que considera fundamentais: as desigualdades sociais e os limites dos recursos naturais.
"O século 21 exige governança da inovação tecnológica, sem dúvida: mas ele exige, sobretudo, governança dos limites no uso de materiais, de energia e nas emissões de gases de efeito estufa. E é impossível lidar com esses limites apenas por meio da inovação tecnológica, sem que se enfrentem as desigualdades que marcam a distribuição e o emprego desses recursos materiais, energéticos e bióticos na economia global e no interior dos diferentes países", destaca.
ENERGIA NUCLEAR
Além da Rio+20, outro tema de destaque do dossiê é a energia nuclear, abordada em quatro
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