Saponificação
Dissertações: Saponificação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: GabrielaCSH • 9/2/2015 • 931 Palavras (4 Páginas) • 584 Visualizações
Objetivo
O objetivo deste experimento é estudar a cinética de uma reação de segunda ordem e determinar o coeficiente de velocidade da reação direta da mesma.
Resumo
Quando se reage um éster com uma base forte como o hidróxido de sódio, ocorre a hidrolise do éster sendo essa reação chamada de saponificação, palavra que vem do latim, sapo, que significa “sabão”.
A saponificação do éster ocorre por substituição, no qual o íon hidroxila é adicionado ao grupo acetil, enquanto o íon sódio forma um sal orgânico com o íon acetato (este, porém, permanece ionizado, em solução) sendo uma reação não reversível. Assim, quando o acetato de etila é saponificado com hidróxido de sódio, ocorre a formação de acetato de sódio e álcool etílico, como na reação descrita abaixo:
CH3COOC2H5 + NaOH CH3COONa + C2H5OH
Uma aplicação do mecanismo de saponificação observada na prática ocorre no processo chamado “adipocere”, um processo natural de conservação do corpo, onde a gordura do corpo (composta por ésteres de ácidos graxos) se transforma em sabão. Essa reação ocorre quando um corpo é enterrando em locais com pouco oxigênio, muita umidade e em meios básicos, como nas criptas e mausoléus. O ambiente úmido e com temperatura constante, além de certa alcalinidade na umidade devido as pedras ou cimento, e um caixão que permita passar essa umidade, mas não os seres decompositores, inicia um processo em que a gordura humana começa a se tornar lentamente um tipo de sabão, e assim protege os músculos, ossos e órgãos internos do corpo.
A velocidade de uma reação química é o aumento ou decréscimo na concentração molar do produto por unidade de tempo.
Uma reação está sujeita a uma série de fatores - como concentração, temperatura, pressão, entre outros - que influenciam nesta variação. As reações de segunda ordem são as reações mais encontradas em reações orgânicas.
Procedimento experimental
Colocou-se a solução 0,02 M de acetato de etila em um balão volumétrico de 250 mL e foram transferidos para um segundo balão de mesma capacidade o hidróxido de sódio (NaOH) 0,02 M, ambos preparados antecipadamente.
Foram misturadas simultaneamente as duas soluções e a partir deste momento o cronômetro foi acionado.
Em oito erlenmeyers adicionou-se 30 mL de ácido clorídrico (HCl) 0,02 M em cada, além de três gotas de fenolftaleína 0,1%.
Amostras de 25 mL da solução de base forte com éster foram retiradas e transferidas para os erlenmeyers contendo o ácido nos seguintes tempos: 2, 5, 10, 15, 20, 30, 40 e 60 minutos. O excesso de ácido foi titulado com NaOH 0,02 M. O volume de base gasto em cada titulação foi anotado.
Cálculos
Dados coletados no experimento:
Tabela 1: Dados experimentais e cálculo da concentração de éster (CA).
Tempo (minutos) Volume de NaOH gasto a b CA (mol/L)
(x 10-3) 1/ CA
2 19,0 2,2 x 10-4 8,8 113,636
5 21,0 1,8 x 10-4 7,2 138,889
10 52,0 ------ ------ ------
15 23,0 1,4 x 10-4 5,6 178,571
20 23,4 1,32 x 10-4 5,28 189,394
30 24,7 1,06 x 10-4 4,24 235,849
40 25,2 9,6 x 10-5 3,84 260,417
60 26,1 7,8 x 10-5 3,12 320,513
O cálculo de b que representa o nº moles de NaOH da amostra presente no meio reacional (que ainda não reagiu com o éster), foi feito com a seguinte equação:
(30 x 0,02)/1000= (a x 0,02)/1000+b
O 1º termo da equação representa o nº de moles de HCl no erlenmeyer.
Após o cálculo de b, é possível calcular a concentração de éster, através da equação:
Ca=b/0,025 [mol/L]
Com os dados da tabela 1, pode-se realizar a construção do gráfico de 1/ CA em função do tempo em minutos.
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