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KPMG identifica "falha relevante" nos controles internos da CSN

Valor Online

Nelson Niero, de São Paulo

A firma de auditoria KPMG identificou uma "falha relevante" no processo de elaboração das

demonstrações financeiras da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em 2008.

A falha está relacionada à "falta de controles de monitoramento sobre o processo de

identificação, contabilização e informação de certas subsidiárias estrangeiras", diz o relatório

enviado pela siderúrgica à Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC). "No entanto,

estamos atualmente tomando as medidas necessárias para garantir acuidade e eficiência dos

nossos controles de monitoração desse processo."

A CSN tem que prestar contas ao órgão fiscalizador americano porque tem ações negociadas

nos Estados Unidos, o que inclui elaborar as demonstrações financeiras pelas regras locais,

documento conhecido como 20-F.

A partir de 2006, as empresas estrangeiras com ações listadas no mercado americano

tiveram que incluir um relatório comprovando a eficiência do controle dos processos

internos, acompanhado de parecer do auditor independentes sobre os procedimentos.

A exigência vem da lei Sarbanes-Oxley, aprovada em 2002, na sequência nos escândalos

contábeis de Enron e WorldCom. Um estudo feito pela consultoria Hirashima &

Associados em 2007 mostrou que as companhias brasileiras com papéis listados nos Estados

Unidos aumentaram em quase 70% os gastos com auditoria para se adaptar à regra.

Os presidentes e os diretores financeiros das empresas também devem atestar o controle, o

que aumenta a responsabilidade dos executivos sobre as demonstrações financeiras.