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Vibração para o veículo

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Por:   •  27/2/2015  •  Relatório de pesquisa  •  933 Palavras (4 Páginas)  •  179 Visualizações

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articulistas » responsabilidade

Vibração na direção veicular

Segundo o Dr. Dirceu Rodrigues Alves Júnior, este risco físico da vibração está presente em múltiplas empresas de transporte e pouca atenção tem sido dada para suas conseqüências

04/5/2011

16h43

Dirceu Rodrigues Alves Júnior

Artigo

Já em 1862, Maurice Reynaud, médico francês, preocupava-se com a repercussão das vibrações sobre o organismo humano, produzindo distúrbios vasculares. Estudou principalmente as reações sobre mãos e braços com o título de Fenômeno de Reynaud, vibração segmentar.

Após ele, Loriga e Alice Hamilton exploraram o tema e constituíram a base das pesquisas que evoluem até hoje caracterizando danos importantes ao organismo causados pela vibração segmentar e de corpo inteiro. As pesquisas mais recentes constatam que os motoristas estão expostos a níveis perigosos de vibrações principalmente na faixa de freqüência de ressonância da coluna vertebral.

Revisando pesquisas sobre o assunto elaboradas por Engenheiros de Segurança e Médicos do Trabalho, em centros como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo concluíram que a vibração no transporte público chega a ser 70% maior do que deveria. Tanto usuários e principalmente operadores do transporte são submetidos ao risco durante todo o trajeto e jornada de trabalho, sujeitos a sinais e sintomas do viajante e doenças ocupacionais.

Foram pesquisadas múltiplas empresas de ônibus, vários modelos de coletivos e vários trajetos, com predomínio nas áreas urbanas e sem exceção todos excederam o valor limite da aceleração permitido para atividade de condução de ônibus quando submetido à jornada de 8 horas como prevê a Norma ISO 2.631. Constata-se dessa forma a irregularidade e insalubridade atuando sobre os profissionais do volante.

Hoje o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) através do INSS e usando as Instruções Normativas 99 e 100 de 2004 exige das empresas laudos ambientais das condições de trabalho nos locais onde ocorre exposição a vibrações elevadas.

Conclusão: o empresário tem que preocupar-se com o que ocorre no local de trabalho do seu funcionário, no desenvolvimento da atividade, nas condições adversas capazes de produzirem acidentes ou doença ocupacional e tomar providências para prevenção.

A causa da vibração é devida a efeitos dinâmicos de tolerâncias de fabricação, folgas, contatos, atrito entre peças e devido a forças desequilibradoras de componentes rotativos e de movimentos alternados. As vibrações a que são submetidos os operadores do transporte são ditas vibrações de corpo inteiro, são de baixa freqüência e de alta amplitude situando-se entre 1 e 80 Hz, mais especificamente entre 1 e 20 Hz.

Os movimentos vibratórios produzidos por motores em geral, por desajustes de funilaria, suspensão, rodas sobre superfícies irregulares, paralelepípedos, asfalto, buracos e outros são responsáveis por uma gama de queixas relacionadas no fim do dia trabalhado por todos os motoristas. Queixam dores musculares, articulares, fadiga, insônia, indisposições digestivas e uma série de outros sinais e sintomas que quase sempre o profissional de saúde, por serem queixas comuns de outras patologias, não correlaciona à atividade desenvolvida.

Situações do piso submetem esses trabalhadores à sobrecarga de múltiplas partes do seu organismo. Podem provocar sinais e sintomas, doenças, desgaste neuromuscular, osteoarticular, circulatório e até alterações hormonais e do metabolismo.

Cada corpo como um todo, tem uma freqüência natural de vibração. Toda vez que outro corpo atinge essa freqüência faz com que o primeiro entre em ressonância com o segundo, isto é, passe a absorver energia do segundo com grande intensidade. Este é o mecanismo que vai gerar alterações estruturais e conseqüentemente doenças degenerativas.

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