A Hidrologia e Drenagem Urbana

Resenha Crítica

DAVIS, Jennifer, suprimento de Água e Esgoto de Hyderabad. Kennedy School of Government. Harvard, 2006.    

          A cidade de Hyderabad, que em 2001 tinha 3.449.978 habitantes, hoje estima-se que tenha mais de quatro milhões de habitantes, a sétima maior cidade da Índia, e que mais vem crescendo (em média 5,6% ao ano), seu Ministro Chefe Chandrababu Naídu desde que chegou ao poder em 1995 vem adotando estratégicas agressivas para o desenvolvimento e modernização da cidade, trouxe entre outras conquistas a instalação da sede da Microsoft em 1998 e a hospedagem do presidente norte-americano Bill Clinton durante sua visita a Ìndia em 2000.

          Apesar das reformas do Ministro Chefe (Naídu) terem melhorado as agências públicas da cidade, seu grande desafio ainda é prover infraestrutura de alta qualidade para firmas e lares. Com encorajamento do Banco Mundial, Naídu se convenceu que a privatização de serviços públicos é a solução para a eminente crise de infraestrutura da cidade, porém o suprimento de água e infraestrutura tem um alto custo para atender lares de baixa renda com preços baixos, isto pode ocasionar a resistência de operadoras privadas em atender estes serviços em áreas de favela. O banco juntamente com ONG’s e organizações e direito do consumidor, insiste que a equipe do Ministro Naídu trace estratégicas para privatizar a empresa local prestadora do serviço e que ao mesmo tempo resolva a questão dos serviços para os pobres de Hyderabad.

           A cidade de Hyderabad tem vários problemas com a falta de água, entre elas: o baixo índice pluviométrico da região, o gradativo aumento populacional e consumo de água, quantidade insuficiente de reservatórios de água, custo elevado para fornecimento de água em caminhões pipa, com isso em torno de 1,7 milhões de habitantes das favelas sofrem com a falta de água e serviços de saneamento.

          Melhorar os serviços para lares pobres é um desafio pelo qual a administração não só de Hyderabad está mal equipada para realizar como também outras cidades pelo mundo enfrentam o mesmo problema. Não somente o controle agendado e organizado da expansão das cidades, bem como o atendimento às necessidades básicas de saneamento básico são deveres dos administradores públicos, cabendo aos mesmos aprovisionarem verbas públicas para o bem desenvolvimento destes serviços sem comprometer a administração da gestão como um todo.

Aluno: Edson Silveira dos Santos