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CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Por:   •  8/4/2022  •  Resenha  •  4.025 Palavras (17 Páginas)  •  72 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Carla Patrícia de Freitas Reis

TÍTULO

DA

PESQUISA

Salvador

2021

Carla Patrícia de Freitas Reis

TÍTULO

DO

TRABALHO

Relatório investigativo apresentado à disciplina Estágio Supervisionado III, do Curso de Bacharelado em Administração Pública da Universidade do Estado da Bahia, como requisito parcial de aprovação na disciplina, sob a orientação da professora doutora Vanessa Borges.

 

Salvador

2021

SUMÁRIO

1.        Introdução        4

1.1.        Objetivo Geral        4

1.2.        Objetivos ESPECÍFICOS        4

2.        JUSTIFICATIVA        4

3.        METODOLOGIA        4

4.        DESENVOLVIMENTO        5

4.1.        CONTEXTUALIZAÇÃO        5

4.2.        BOAS PRÁTICAS EM GESTÃO PÚBLICA        5

4.3.        PAPEL DO ADMINISTRADOR PÚBLICO        5

CONCLUSÃO        5

REFERÊNCIAS        5

   

  1. Introdução

         Periperi é um dos bairros que compõem o Subúrbio Ferroviário de Salvador e tem suas origens ligada a uma antiga aldeia indígena, habitada pelos tupinambás e que se localizava na área correspondente ao atual bairro. Sendo esses povos, os responsáveis por nomear à área como Periperi, que vem da grafia indígena peripery, piripiri ou piri-piri, que significa capim-capim ou capinzal (BARRETO, 2011).

         Com a concentração de pessoas, principalmente de classes sociais mais vulneráveis, juntamente com a presença dos latifundiários, das indústrias e com a ascensão dos pequenos comerciantes, aumentaram as pressões junto ao Estado em busca de melhorias na infraestrutura e criação de serviços para atender ao bairro. Com um aumento populacional considerável e com os seus acessos facilitados através da finalização da estrada que ligaria o bairro à BR 324, Periperi passou a contar com sua primeira linha de ônibus, que possibilitou sua ligação com as demais áreas da cidade de Salvador.

         Tais mudanças contribuíram para que o bairro continuasse a atrair mais moradores, principalmente aqueles que não conseguiam mais arcar com o custo de viver nos arredores do então centro4 de Salvador(SILVA; FONSECA, 1992), com a inauguração da Avenida Afrânio Peixoto (Avenida Suburbuna), que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento não somente de Periperi, como de todo o Subúrbio, pois facilita os deslocamentos das pessoas e mercadorias e possibilita o surgimento de novos bens e serviços, o bairro continua a crescer rapidamente, aumentando as demandas por habitações, escola, transporte dentre os outros mais diversos serviços públicos (SILVA; FONSECA, 1992).

         O bairro alcançou visibilidade principalmente em decorrência das suas manifestações culturais. Em 1980, moradores de Periperi fundaram o bloco afro Ara Ketu, nome de origem iorubá e que significa Povo de Ketu7, o grupo desfilou pela primeira vez na segunda-feira de carnaval daquele ano, trazendo fantasias inspiradas em trajes tradicionais africanos  e homenageou o rei caçador, Oxóssi, o orixá protetor do Ara Ketu (BARRETO, 2011). O processo de ocupação do bairro se caracteriza principalmente pelas ocupações informais, ocasionadas pela necessidade de moradias de pessoas vindas do interior da Bahia para a capital em busca de trabalho. São exemplos: as ocupações em áreas livres dos loteamentos e dos conjuntos habitacionais, destacando a “invasão” de Nova Constituinte, em 1987 (SANTOS, 2014)

           Com a consolidação dessa e demais “invasões” que foram ocorrendo, ao longo do tempo, acabaram resultando na formação de novos bairros e localidades nesta área, como exemplo os bairros de Vista Alegre, Fazenda Coutos, Ilha Amarela, Rio Sena, Alto de Terezinha, Alto do Cabrito, Jardim Lobato, Alto de Coutos, todos caracterizados principalmente pela ocupação espontânea e pela falta de infraestrutura (SANTOS, 2014). 

            À medida em que as ocupações se expandiram, foram sendo instalados novos loteamentos regulares (ou não) na área de Periperi, que ampliaram os núcleos residenciais do bairro. Entretanto, essas novas áreas eram destituídas de saneamento e infraestrutura básica (REGIS, 2007). Dessa forma pode-se concluir que durante um longo período o poder público não acompanhou o processo de expansão urbana dessas novas áreas no bairro de Periperi (SANTOS, 2014). 

         A partir dos anos 2000, foram surgindo diversas manifestações culturais no bairro, como o Perifolia, Arrastão do Barão, além da Suburdança e da Parada LGBT de Periperi8 (SOUZA, 2009).  Quanto aos equipamentos de saúde, de acordo com as informações do Mapa da Saúde de Salvador, disponibilizado na aba de links deste site, o bairro conta com uma Unidade de Saúde da Família, localizada na Rua Direita da Constituinte, uma Unidade de Pronto Atendimento, na Rua Doutor Almeida, um Centro de Especialidades Odontológicas, também na Rua Doutor Almeida, além do Hospital do Subúrbio, localizado na Rua Manuel Lino.

            Atualmente, 2021, o bairro conta com uma vasta rede de comércio e serviços que atendem a população de Periperi, sendo considerado um dos bairros mais bem estruturados do Subúrbio Ferroviário. É possível encontrar ainda agências bancárias, supermercados, lojas de calçados e confecções e bares. O bairro conta também com uma unidade do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), localizado na rua Osvaldo Deway, além de uma feira livre que acontece na Rua Frederico Costa, onde comerciantes oferecem frutas, verduras, lanches dentre outros produtos (SOUZA, 2009). O desenvolvimento da economia da região através da oferta de serviços e produtos também impulsionou o comercio informal e junto com ele o aumento significativo da exploração do trabalho infantil, expondo crianças e adolescentes a uma série de situações que inviabiliza a frequência escolar e limita sua condição de aprender.    Esta constatação coaduna com dados divulgados pelo Sistema Educação em Números, da SMED, Secretaria Municipal de Educação, que demonstra que o número de meninos matriculados nos anos iniciais do E. Fundamental I é potencialmente maior que o número de meninas. Fato inverso ocorre nas matrículas dos anos finais do Ensino Fundamental II e na Educação de   Jovens e Adultos (EJA).       É diante deste cenário de modernização do bairro que podemos observar o aumento da evasão escolar, da criminalidade, da mortalidade de jovens negros prioritariamente do sexo masculino por envolvimento com o tráfico de drogas e do número de adolescentes internados por medidas socioeducativas. Sem levar em consideração o estufamento da população carcerária masculina.              

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