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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Por:   •  30/1/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.980 Palavras (12 Páginas)  •  582 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

LAÍS FONSECA RAMOS




FICHAMENTO DE CITAÇÕES

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS


SÃO CRISTÓVÃO

2015

RI como um tema acadêmico (p. 59 – 100). 2º capítulo.

JACKSON, Robert; SORENSEN, Georg. Introdução às relações internacionais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.

“[...] As duas grandes guerras mundiais, a Guerra Fria entre o Ocidente e o Oriente, o surgimento da cooperação econômica próxima entre Estados ocidentais e a lacuna de desenvolvimento contínua entre o Norte e o Sul são exemplos de problemas e eventos do cenário global que estimularam o aprendizado de RI no século XX. [...]”  (p. 61)

“Houve três grandes debates desde que as RI se tornaram uma disciplina acadêmica, no final da Primeira Guerra Mundial, e agora estamos entrando no quarto. O primeiro grande debate foi entre o liberalismo utópico e o realismo; o segundo, entre as abordagens tradicionais e o behaviorismo; e o terceiro, entre o neorrealismo/neoliberalismo e o neomarxismo. O quarto debate, o atual, envolve tradições consagradas contra alternativas pós-positivistas. [...]” (p. 61)

“A primeira Guerra Mundial (1914-18), responsável por milhões de mortes, foi o impulso decisivo para o estabelecimento de uma disciplina acadêmica de RI, cujo objetivo seria nunca mais permitir o sofrimento humano em tal escala. [...] A justificativa para todas essas mortes e destruição se tornou cada vez menos clara à medida que a guerra prosseguia [...]. Por que a guerra começou? [...] a primeira teoria acadêmica de RI dominante foi moldada com base na busca dessas respostas, que foram bastante influenciadas pelas ideias liberais. [...]”. (p. 62)

“Sem a contenção das instituições democráticas e sob pressão de seus generais, os líderes autocráticos tomaram decisões fatais que levaram seus países à guerra. Já os governos democráticos da França e da Grã-Bretanha [...] foram arrastados para o conflito por meio de um sistema entrelaçado de alianças militares. Embora tais acordos tivessem a intenção de manter a paz, eles impulsionaram todos os poderes europeus a participar da guerra uma vez que qualquer grande poder ou aliança estava envolvido com o conflito. [...] Para os pensadores liberais da época, a teoria “obsoleta” da balança de poder e o sistema de alianças precisavam ser fundamentalmente reformados para evitar que tal calamidade ocorresse novamente.” (p. 63)

“[...] Em resumo, a forma liberal de pensamento gozava de um apoio público sólido do Estado mais poderoso do sistema internacional na época. Primeiramente, as RI acadêmicas se desenvolveram com mais força nos principais Estados democrático-liberais: os Estados Unidos e a Grã-Bretanha. Pensadores liberais apresentavam algumas ideias nítidas e fortes crenças sobre como evitar grandes desastres no futuro; por exemplo, por meio da reforma do sistema internacional e das estruturas nacionais de países autocráticos.” (p. 64)

“O presidente Wilson queria atrair as pessoas comuns tornando o mundo “seguro para a democracia”. Sua visão foi formulada em um programa de 14 pontos [...]. Suas ideias influenciaram a Conferência de Paz em Paris, [...] com a finalidade de instituir uma nova ordem internacional com base em ideias liberais. [...]” (p. 64-65)

“Dentre as ideias de Wilson [...], dois pontos principais merecem uma ênfase especial (Brown 1997:24). O primeiro está associado à promoção da democracia e da autodeterminação, que tem por base a convicção liberal de que os governos democráticos não fazem e não vão à guerra uns contra os outros. De acordo com Wilson, o crescimento da democracia liberal colocaria um fim aos líderes autocráticos e propensos à guerra, substituindo-os por governos pacíficos. [...] O segundo ponto [...] se referia à criação de uma organização internacional que estabeleceria as relações entre os Estados em uma fundação institucional [...]. Ou seja, as relações internacionais passariam a ser reguladas por meio de um conjunto de regras comuns do direito internacional – [...] esse era o conceito da Liga das Nações.” (p. 65)

“[...] Os idealistas liberais argumentam que a política de poder tradicional – chamada “realpoltik” – é uma “selva”, [...] enquanto que sob a Liga das Nações, os animais são colocados em gaiolas reforçadas pela contenção das organizações internacionais, coço um “zoológico”. (p. 66)

“Na mesma época, Norman Angell [...] publicou o livro The Great Illusion (A grande ilusão, [...]. O argumento geral [...] é precursor do pensamento liberal mais recente sobre modernização e a interdependência econômica. A modernização exige que os Estados tenham uma necessidade crescente do que é proveniente do “exterior” [...]. O aumento da interdependência provoca [...] uma mudança nas relações entre os Estados: a guerra e o uso da força perdem cada vez mais a importância e o direito internacional [...] se desenvolve em reação à necessidade de uma estrutura capaz de regulamentar níveis altos de interdependência.” (p. 66)

“O pensamento de Wilson e Angell está fundamentado em uma visão liberal dos seres humanos e da sociedade: os homens são racionais e, [...], podem estabelecer organizações capazes de gerar benefícios a todos.” (p. 66)

“[...] dos anos 1920 e 30, quando a democracia liberal sofreu duros golpes com o crescimento das ditaduras fascista e nazista [...], além do autoritarismo que aumentou em muitos dos novos Estados da Europa Central e da Oriental [...]. Sendo assim, ao contrário das esperanças de Wilson, a difusão da civilização democrática não ocorreu.” (p. 67)

“[...] A quebra de Wall Street, em outubro de 1929, marcou o início de uma severa crise econômica [...] e envolveu duras medidas de protecionismo econômico. [...] Em um contraste irônico à visão de Angell, era cada país por si [...] – uma “selva” em vez de um “zoológico”. O momento histórico estabeleceu a base para um entendimento menos esperançoso [...]” (p. 68)

“O idealismo liberal não foi uma boa orientação intelectual para as relações internacionais nos anos 1930. [...] O pensamento acadêmico de RI começou então a falar da linguagem clássica de Tucídides, Maquiavel e Hobbes, na qual o poder é o elemento central.” (p. 69)

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