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Movimento Estudantil

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Por:   •  1/9/2013  •  1.414 Palavras (6 Páginas)  •  637 Visualizações

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Movimento Estudantil

Introdução

O Movimento Estudantil brasileiro é um movimento social, gerado pelos estudantes em sua maioria do ensino superior, em território brasileiro.

Os movimentos estudantis existem no Brasil desde a época da escravidão, mas foi só a partir da criação da União Nacional dos Estudantes (UNE), em 13 de agosto de 1937, que esses jovens realmente começaram a lutar pela democracia e pela justiça social no Brasil.

Desde então, a UNE participou de diversos movimentos importantes como a manifestação contra o regime nazi-fascista que se instaurou no país com o Estado Novo. Também exigiu uma posição do Brasil contra Hitler durante a Segunda Guerra Mundial e lutou pelo fim da ditadura Vargas.

Alguns fatos importantes:

1947 – A UNE lança a campanha “O Petróleo é Nosso”, contra a exploração estrangeira das riquezas nacionais. O X Congresso da UNE elege Roberto Gusmão presidente: inicia-se o período de hegemonia socialista na entidade

1963 – José Serra chega à presidência da UNE

1964 – O presidente José Serra participa, como orador do famoso comício da Central do Brasil. Com a instalação da ditadura militar, a sede da UNE no Rio de Janeiro é metralhada e incendiada. Ocorrem invasões do regime em universidades do país e, por meio da lei Suplicy de Lacerda, a UNE e demais entidades estudantis é posta na ilegalidade.

Golpe de 1964

O golpe militar repercutiu significativamente no movimento estudantil. A influência das correntes políticas de esquerda levou as autoridades militares a reprimirem as lideranças estudantis e desarticularem as principais organizações representativas. Mesmo com a Ditadura Militar instaurada em 1964, os estudantes continuam, na ilegalidade, reivindicando por uma sociedade mais justa e igualitária. Foram criadas novas organizações e novos procedimentos foram adotados para seleção de seus representantes

As constantes tentativas das lideranças estudantis de retomarem o controle das organizações foi o principal fator a desencadear novas ondas de repressão política. Desse modo, reivindicações educacionais e manifestações de protesto político contra o governo militar foram as principais bandeiras de luta do movimento na segunda metade da década de 60. O ápice da radicalização dos grupos estudantis ocorreu em 1968, ano marcado por grandes manifestações de rua contra a ditadura militar.

O auge da repressão

O que parecia ser uma breve intervenção militar na política acabou se

transformando numa ditadura que reprimiu violentamente grupos e movimentos de oposição.

De 1969 a 1973, a coerção política atingiu o seu ápice. Neste período, o movimento estudantil foi completamente desarticulado. A maior parte dos militantes e líderes estudantis ingressou em organizações de luta armada para tentar derrubar o governo.

Em 1973, os militares derrotaram todas as organizações que pegaram em armas. Somente em 1974 começaram a surgir os primeiros sinais da recuperação do movimento estudantil. A nova geração de estudantes, que militaram e lideraram as frentes universitárias da década de 70, teve pela frente o árduo trabalho de reconstruir as organizações estudantis.

Passeatas:

A Passeata dos Cem Mil, realizada em 26 de junho de 1968, é considerada a manifestação popular mais importante da resistência contra a ditadura militar. Ela marca o ponto alto do movimento estudantil e o início de sua derrocada.

As manifestações contra os militares ganharam outra dimensão a partir morte do estudante Edson Luís Lima Souto.

Edson foi baleado pela polícia no dia 28 de março de 1968, aos 18 anos, enquanto jantava num restaurante, que atendia estudantes de baixa renda vindos de outros estados. A partir de então, os estudantes se mobilizaram de vez.

Velório de Edson Luís Rio de Janeiro parou para enterrar o corpo de Edson Luís

Em junho de 1968, o movimento estudantil começou a organizar um número cada vez maior de manifestações públicas. No dia 18, uma passeata, que terminou no Palácio da Cultura, também no Rio, foi reprimida pela polícia. O resultado foi a prisão do líder estudantil Jean Marc van der Weid.

No dia seguinte, o movimento se reuniu na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) para organizar novos protestos e pedir a libertação de Jean e de outros alunos presos. "Levamos coquetel molotov, pedra, bastões", lembra Vladimir Palmeira, um dos principais líderes daquele movimento. Mas o resultado foi a detenção de 300 estudantes ao final da assembléia.

Três dias depois, e alguns universitários foram recebidos com violência pela polícia em uma passeata que terminou em frente à embaixada norte-americana. A reação dos estudantes gerou um conflito que terminou com 28 mortos, centenas de feridos, mil presos e 15 viaturas da polícia incendiadas. Aquele dia ficou conhecido como "Sexta-Feira Sangrenta".

Diante da repercussão negativa do episódio, o comando militar acabou permitindo uma manifestação marcada para o dia 26 de junho. Segundo o general Luís França, 10 mil policiais estariam prontos para entrar em ação caso fosse necessário. Estas foram as primeiras notícias sobre aquela que ficaria conhecida como Passeata dos Cem Mil.

Estudantes, artistas, religiosos e intelectuais já tomavam as ruas do

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