A leitura e os meios de comunicação de massa

Os meios de comunicação de massa legitimam o modo capitalista e

influenciam nas relações sociais. Além disso, carregam ideologias adulteradas,

caracterizando assim, uma forma de ludibriação social.

A sociedade, mesmo que indiretamente, maximiza os interesses

capitalistas, uma vez que, muitos produtos culturais são alterados pela

competição mercantilista. Entretanto, percebe-se que desmistificar os meios de

comunicação não é uma tarefa simples.

Falsos valores se alastram pela mídia e imprensa, deturpando o modo de

pensar, agir e falar dos cidadãos. Através disso, a humanidade tornou-se passiva.

Para a conversão dessas ideias, a população deve estar atenta a leitura - não só

escrita - já que é capaz de instigar a criticidade no leitor, pois, como afirma

Helena Martins a leitura não depende da decodificação dos sinais e sim da

compreensão dos mesmos. Por esse ângulo a leitura dá oportunidade aos

indivíduos de retorquir sua condição e permite a interpretação crítica que subsidia

a reversão da passividade do leitor.

A disputa entre o livro e a televisão é desigual. Este oferece ao indivíduo

imagens e sons prontos, sem a possibilidade de imaginação do leitor, e aquele

instiga leitor a criar as imagens e demais sensações que se fixam na memória e

são levadas para o resto da vida.

O leitor-espectador deve discriminar os melhores dos piores programas,

isso possibilita uma criticidade sem imposição de padrões preestabelecidos. O

rádio, assim como o livro, possibilita ao ouvinte a elaboração de imagens não

projetadas. Reforçando que a leitura do texto o esforço é dobrado, pois o

leitor tem que codificar e decodificar muitas informações. Assim como a televisão

a música, o jornal e as histórias em quadrinhos são exemplos de “mídias” que

sofrem influencia cultural.

Desse modo, a questão dos meios de comunicação não são

excessivamente esmagadores da leitura. Sua convivência com os meios

massivos é possível, de forma a não haver vencidos ou vencedores. Beneficia-se

aquele que aumenta a capacidade de conhecer e questionar sua realidade.