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A EDUCAÇÃO FINANCEIRA NAS ESCOLAS PARA ENSINO MÉDIO

Por:   •  12/4/2022  •  Artigo  •  5.269 Palavras (22 Páginas)  •  155 Visualizações

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EDUCAÇÃO FINANCEIRA NAS ESCOLAS PARA ENSINO MÉDIO

BELEGANTE, Taís Cristina Stefenon [1]

LIMA, José Airton Gonçalves de[2]

RESUMO

A aplicação da matemática financeira tradicionalmente se dá por aplicações de fórmulas, sendo o conteúdo conduzido através do livro didático, que possui grande importante no processo educacional, mas ainda são perceptíveis algumas inconsistências em sua didática, abordando-o sem que sua complexidade o justifique, com aplicações vagas e sem um ensino eficaz. Para que o ensino não se prendesse aos livros didáticos, o Ministério da Educação juntamente com o Comitê Nacional de Educação Financeira (CONEF), lançaram um Programa de Educação Financeira nas Escolas para o Ensino Médio que facilita a aplicação da Matemática Financeira aos alunos, sendo apresentada de forma dinâmica e eficaz aos educandos. Os aspectos estudados no presente trabalho têm por objetivo analisar o contexto da aplicação dos conteúdos da Matemática Financeira do Programa, com o intuito de transformar esses estudantes em cidadãos mais conscientes aos se tratar de suas vidas financeiras, evitando possíveis abusos, explorações ou até dividas. O estudo teve aplicação ao decorrer do ano letivo, durante as respectivas aulas sobre o conteúdo de Matemática Financeira, onde os educandos de forma online acompanharam a aplicação do conteúdo por meio de web-conferencias e publicação de atividades postadas no portal de ensino (Classroom), utilizando seus respectivos livros do Programa. Com participação ativa dos estudantes as aulas fluíram de maneira agradável e dinâmica, sendo um sucesso sua aplicação, mas sendo interrompida para aplicação dos demais conteúdos escolares.

Palavras-chave: Matemática Financeira. Ensino Médio. Ensino da Matemática. Educação Financeira.

  1. INTRODUÇÃO

Usualmente nos deparamos com situações que nos fazem refletir sobre a educação financeira, a importância de sua aplicação para turmas do ensino médio, demonstrando como sua aplicação pode aumentar o conhecimento na área de forma a evitar que os estudantes enfrentem situações comprometedoras. A oferta aos estudantes de um conhecimento de qualidade que aumente a tomada de decisões convenientes para uma vida financeira saudável, que seja repassada a família e a comunidade geral é uma forma de transformar o futuro de um estudante/cidadão.

A estratégia do ensino matemático financeiro é justamente preparar estudantes a enfrentar desafios do cotidiano com maior autonomia, estando menos suscetíveis a dividas, fraudes e situações indesejadas, as quais possam prejudicar sua qualidade de vida.

Com a proposta de desenvolver hábitos que permitam ao aluno investir, consumir e poupar de forma cautelosa e equilibrada, criando uma geração mais segura financeiramente, agregando ao desenvolvimento do país. E objetivo de trazer um novo olhar sobre o dinheiro, a educação financeira nas escolas, deve ofertar novas formas de aplicação e ferramentas que possam fazer com que os estudantes prendam ter atitudes financeiras autônomas, em um período curto, médio e de longo prazo. Essas mudanças serão apresentadas e aplicadas ao decorrer do estudo, como uma forma de aprimorar os conhecimentos dos educandos. Devendo levar em consideração que a realidade de cada estudante é única e será utilizada como exemplo para facilitar o aprendizado. Com essa fala chegamos ao ponto alvo do estudo, como a aplicação da matemática financeira de forma pratica pode auxiliar na mudança de visão para um futuro financeiro confortável?  

  1. A MATEMÁTICA FINANCEIRA

Ao longo da ultima década, o baixo nível de conhecimento financeiro de cidadãos, particularmente jovens, preocupou governos de vários países. Onde inicialmente a preocupação se dava pelo impacto do encolhimento o sistema público e privado que esta voltado para o bem-estar/cuidados, envelhecimento populacional e previdência (NOGUEIRA, 2016).

Ainda conforme Nogueira (2016) no ano de 1994 com o sucesso do Plano Real do Brasil ocorreu uma explosão da oferta/facilidade de crédito, o que significou melhora na qualidade de vida de boa parte da população, mas a combinação desse crescimento do crédito com a fraca educação financeira da grande maioria da sociedade resultou no endividamento de muitas famílias. Em 2008, outra crise financeira preocupou especialistas da área. Levando em consideração esses episódios aumenta ainda mais as preocupações de como os alunos estão recebendo as aulas de matemática financeira, se o que está nos livros realmente ajuda aos estudantes a lidarem com suas situações financeiras.

A Matemática é a disciplina ideal para iniciar o educando no mercado financeiro, desde os anos iniciais onde se aprende a noção básica de troco e identificação de cédulas e moedas, até uma das abordagens mais significativa de conceitos como: função exponencial, função afim, razão, proporção e regra de três, que são apresentadas no ensino médio. Por esse fato que os professores devem enfatizar a importância do aprendizado de tais conceitos e transformá-los em ferramentas de análise crítica e de tomada de decisão (JOVER, 2014).

O autor dinamarquês Skovsmose afirma que:

As questões econômicas por trás das formula matemáticas e os problemas matemáticos, devem ter significado para o aluno e estarem relacionados a processos impotentes da sociedade. Assim, o aluno tem um comprometimento social e politico, pois identifica o que de fato é relevante no seu meio cultural (SKOVSMOSE, 2008).

Quando se fala em educação financeira é necessário ter por objetivo incentivar ações que levem as crianças a crescerem com atitudes diferentes quanto a essa questão e consequentemente tendo mais visão sobre as ações que deverão tomar assim que assumirem certas responsabilidades a medidas que eles vão crescendo (BRASIL, 2017).

Em uma percepção mais ampla da matemática e seus conceitos, é de grande importância que a mesma possa contribuir nas decisões vida profissional, social e pessoal, diante dos desafios impostos. O Ministério da Educação, em seus documentos orientadores, especialmente nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 2000) deixa clara a importância da Matemática para o jovem no Ensino Médio. Podemos destacar a seguinte redação:

Em um mundo onde as necessidades sociais, culturais e profissionais ganham novos contornos, todas as áreas requerem alguma competência em Matemática e a possibilidade de compreender conceitos e procedimentos matemáticos é necessário tanto para tirar conclusões e fazer argumentações, quanto para o cidadão agir como consumidor prudente ou tomar decisões em sua vida pessoal e profissional. (BRASIL, 2000).

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