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Bosch

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Por:   •  30/8/2014  •  Tese  •  2.911 Palavras (12 Páginas)  •  193 Visualizações

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Bosch investe R$ 300 milhões em "linha verde"

por Wagner Belmonte

Até o fim deste ano, a Bosch gastará R$ 50 milhões para adaptar a sua fábrica em Curitiba (PR) a uma nova linha de bombas injetoras para motores a diesel. Na prática, a empresa está usando tecnologia de ponta para fazer produtos melhores, “mais limpos” e menos poluentes. Essa é a primeira parte de um vultoso investimento já anunciado de R$ 300 milhões a ser feito até 2005.

O faturamento não deve crescer em 2002 e a perspectiva é de repetir os R$ 1,2 bilhão apurados no ano passado. Mesmo se houver uma pequena queda, possível em função do posicionamento estratégico, o quadro de funcionários permanecerá estável com 3,2 mil empregos no Paraná (é a maior empregadora na região) e 10 mil em todo o País.

A origem alemã permanece viva na cultura organizacional da Bosch. Dona de um market share que garante a ela a liderança folgada no mercado de bombas a diesel com 80% de participação nacional e 40% no segmento de ferramentas elétricas, que também domina, a empresa tem uma política de recursos humanos ao mesmo tempo ousada e comedida.

A ambigüidade pode ser explicada pelo investimento contínuo feito no profissional, mas é exigido comprometimento porque “o funcionário precisa estar plenamente integrado às estratégias da companhia”, segundo o gerente de RH, José Antônio Fares, formado em Psicologia pela PUC-Campinas, com mestrado em Finanças. Em 2001, a Bosch consumiu R$ 1 milhão no treinamento em Curitiba e foram aplicados outros R$ 20 milhões no grupo para a melhoria do ambiente interno.

História – A Bosch surgiu em 1886 na Alemanha com o engenheiro Robert Bosch, um empreendedor que montou uma oficina de mecânica fina e eletrotécnica para recuperar aparelhos eletrônicos. Com o surgimento do magneto de baixa voltagem, responsável pela ignição do combustível, o desenvolvimento do mercado tornou-se iminente e o crescimento passou a ser conseqüência.

No Brasil, as autopeças começaram a ser fabricadas a partir de 1954. A Bosch tem hoje cinco fábricas encarregadas da produção de sistemas e componentes automotivos, ferramentas elétricas e máquinas industriais.

Em entrevista à Manager Online, Fares explica por que a formação profissional, a educação continuada e o desenvolvimento in company são condições sine qua non para o sucesso de qualquer profissional, relata os ensaios que estão sendo feitos para aprimorar o uso do e-learning e detalha um pouco da política vencedora de uma empresa que há mais de 15 anos já oferecia participação nos resultados.

Manager Online – Qual a avaliação que o senhor faz da participação de mercado da Bosch?

Fares - É muito boa. Há uma divisão nas unidades de negócios e a maioria atingiu a meta esperada. Na divisão diesel, chegamos a um ponto de equilíbrio, resultante do investimento feito na divisão de Curitiba. O volume de produção foi melhor do que imaginávamos no ano passado. Investimos em novas tecnologias e estamos mudando o perfil de nossa produção.

Manager Online – Qual é o foco da Bosch?

Fares – O mercado de injetores para motores a diesel – como o de ônibus, caminhões, pickups, entre outros –, mas essa linha está mudando, pois uma bomba mecânica se tornará um rail, sendo colocada como um sistema de injeção eletrônica. É uma nova fábrica que requer investimentos altíssimos. Firmamos um acordo com o governo do Estado do Paraná de mais de R$ 300 milhões nos próximos cinco anos. Esses recursos serão aplicados na adequação da linha de montagem dessa bomba injetora.

Manager Online - Qual foi o faturamento da Bosch no ano passado?

Fares – R$ 1,2 bilhão, próximo do que registramos no ano anterior.

Manager Online – Qual é a previsão para este ano?

Fares – É de um faturamento um pouco menor. Como a empresa está em desenvolvimento tecnológico, fazemos alguns investimentos que reduzirão moderadamente o volume de produção nessa transição.

Manager Online – Reduzir o volume de produção significa dar um passo para trás para avançar de forma mais sólida?

Fares – Perfeitamente.

Manager Online – É um reposicionamento estratégico?

Fares – É um reposicionamento que vai nos assegurar continuidade do negócio, nos próximos cinco anos.

Manager Online - Qual é o market share da Bosch?

Fares – No mercado interno, temos mais de 80%. Na área de bombas a diesel e demais produtos, como ferramentas elétricas, corresponde a 40%.

Manager Online - A liderança é folgada nos dois pólos?

Fares – Sim, tanto no segmento de ferramentas quanto no de peças para disco, de forma mais genérica.

Manager Online – Os consultores de RH pregam que é fundamental aproximar o setor do business. O senhor compartilha dessa idéia?

Fares – Não só compartilho, como entendo que é a única solução viável para que tenhamos um sistema de RH atuando com efetividade dentro do negócio. O setor e o profissional integram-se às estratégias e ao plano de negócio da organização ou essa área estará fadada a ser um acessório de terceira categoria. Precisamos participar e temos evoluído muito nisso. O RH procura por um espaço importante, passa a ser consultado, participa do planejamento estratégico da empresa em relação aos investimentos e suas conseqüências. Dessa forma, esses consultores têm toda a razão, isto é, unir o RH ao business é essencial, fundamental e condição básica hoje.

Manager Online – Até recentemente os setores de RH das organizações trabalhavam de forma isolada, o que traz reflexos estratégicos. Mas, as empresas iniciaram um movimento contratando profissionais mais generalistas para comandar o RH. Qual é a visão da Bosch a respeito?

Fares – Criamos um sistema interno de consultoria de RH e esse profissional deve deter todos os conhecimentos - alguns em nível mais especializado e outros genéricos - sobre os subsistemas de RH. Esses consultores atuam como se fossem interfaces e devem possuir um perfil mais generalista.

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