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O CORPO ALHEIO DE CRISTO

Por:   •  17/5/2015  •  Resenha  •  987 Palavras (4 Páginas)  •  225 Visualizações

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Tempo no corpo

O CORPO ALHEIO DE CRISTO

Antínoo e Cristo

Nos primórdios da igreja um cristão fez uma crítica contra um projeto de uma cidade criado por Adriano em homenagem de Antínoo. Pouco se sabe a relações de Adriano com Antínoo acreditava que conheceram numa visita a Grécia no início de 120. Anos depois Antínoo e encontrado morto no Nilo. Nesse local foi edificado uma cidade-Antinópolis em homenagem além de espalhar estátuas do jovem em todo seu retiro, em Tivoli. Presumia que fossem amantes, o que explicava a homenagem.

Uma escritora francesa Marguerite Yourcenar escreveu um romance onde faz referência ao mistério do afogamento do moço. Uma das hipótese era que teria se suicidado.  Naquela época acreditava que com rituais poderia salva a vida de outra pessoa transferindo a força vital. Adriano teve gravemente enfermo pouco antes de morte de Antínoo. Na década de 130 Antínoo e considerando com Osíris deus da cura. Alguns romanos compara-lo com outros deus que se sacrificaram pelos homens.

Celso em texto datado em 177-180 afirma que o tributo prestado pelos cristões a Jesus não e diferente daquele feito por Adriano. Ele comparava o martírio de Cristo com o suicídio de Antínoo.

Alguns anos depois Orígenes um dos primeiros cristões que procurou amesquinhar o compromisso amoroso entre homens atribuídos fraquezas e instabilidade a esses sentimentos. Desafiando o cotejo entre Antínoo e Cristo Orígenes escreveu     "Jesus, era diferente, Ele sofreu na cruz por compaixão aos seus semelhantes. O fato de não ter sensações corporais pode parecer estranho aos pagão. Ele é Deus; Seu corpo é um corpo alheio, situado além da compreensão humana."  Orígenes demoliu os poderes mágicos de Antínoo que considerou meras "maldições" e ridicularizou a construção de Antinópolis.

A Casa Cristã

   Desde a morte de Jesus a casa cristã serviu a comunidade cristã. O cristianismo manteve-se confinado ao espaço doméstico; entre quatro paredes os crentes sentiam-se protegidos contra agressões da sociedade que proibia a pratica em locais públicos.

  Sua jornada de fé começa na sala de jantar. Na pequena célula cristã dividia-se a refeição, e durante elas os crentes conversavam, rezavam e liam cartas de correligionários residentes em locais diferentes do Império.

      O encontro nas refeições era chamado de ágape, palavra que pode ser traduzida por "celebração de companheiros" koionia, segundo a Bíblia. Para os pagãos, o vocábulo encerrava uma conotação de amor apaixonado, razão pela qual ao ouvirem falar a respeito imaginavam tratar-se de orgias.

 A celebração compartilhada demonstrava que "não há judeu nem grego, não há servo [escravo] nem homem livre, não existe masculino ou feminino, qualquer estranho que trouxesse notícias era recebido à mesa cristã, sem maiores formalidades. A primeira epístola aos romanos que estabelecia os principais estruturas da igreja foi lida durante um ágape.

    Na Eucaristia, onde bebia-se o vinho e comia-se o pão que simbolizavam o sangue e a carne de Cristo. A forma atual dessa celebração foi estabelecida na Primeira Epístola aos Coríntios. O canibalismo implícito na eucaristia encontrava paralelo em muitos outros cultos que simbolizavam a ingestão do corpo dos deuses a que correspondiam. O cristão que "compartilhava" do sangue e da carne de Jesus não se imbuía do poder de Deus bebendo o sangue das vítimas imoladas, como supunham, por exemplo, os sacerdotes astecas.

      O Rito Do Batismo era outro modo pelo qual os cristãos procuravam atender a esse provérbio.

O batismo nada mais era que uma banho coletivo, uma das mais importantes experiências cívicas pagãs. Roma na época era repleta de termas públicas e privadas, grande estrutura com domos, piscinas cobertas e salas de exercícios. Ao termas em geral acolhiam homens, mulheres, velhos e moços. Até a era de Adriano, pessoas de ambos os sexos costumavam banhar- se ao mesmo tempo.

O banho pagão obedecia a uma sequência regular: após pagar taxa Irrisória e tirar a roupa, em uma sala comum chamada apodyterium, o banhista dirigia-se ao caldarium, uma grande piscina de' água quente, onde esfregava a pele suada com escovas de osso; depois, passava à piscina de água morna, tepidarium; o último mergulho era no frigidarium, de água fria. Descansava-se como num moderno parque aquático, conversando, flertando ou apenas se expondo. Saindo d'água, o neófito vestia roupas inteiramente novas, indicativas de que se tornara uma outra pessoa. "O banho [tornou-se] um marco permanente entre o grupo 'limpo' e o mundo 'sujo'."

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