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Planejamento E Gestão Em Serviço Social

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Por:   •  16/4/2014  •  2.024 Palavras (9 Páginas)  •  605 Visualizações

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RESUMO:

O Planejamento é uma ferramenta gerencial que proporciona a sensibilidade para identificar, ao longo do tempo, ações necessárias ao enfrentamento de estrangulamentos e desafios institucionais que devem ser vencidos. Estes desafios não se colocam apenas para organizações com fins lucrativos, mas também para as organizações não governamentais, sem fins lucrativos; ou seja, qualquer organização – seja ela pública ou privada, com ou sem fins lucrativos – necessita ter uma visão clara dos objetivos e estratégias a que se propõe. Diante disto, as organizações do terceiro setor precisam profissionalizar-se, tendo a consciência e a clareza do que pretende realizar, enquanto projeto coletivo percebido por todos, conferindo coerência ao exercício das escolhas, fundamentalmente para a integridade e sucesso do empreendimento. Este artigo visa contribuir para a reflexão da organização como um todo, em sua relação com o ambiente, numa perspectiva de futuro, adquirindo uma nova mentalidade social empreendedora, apoderando-se do planejamento estratégico no seu cotidiano.1. BREVE HISTÓRICO DO PLANEJAMENTO

O taylorismo e o fordismo mudaram completamente a forma de produção capitalista fragmentada para a produção em série, com um planejamento sistemático do processo de trabalho para adaptar o homem a esse processo. O controle das unidades de serviços era hierarquizado e o saber era prioridade do poder gerencial e não dos trabalhadores.

A segunda guerra exigiu a coordenação das ações por programas, centralizando decisões. Nesta época surge objetivamente a necessidade de utilização das técnicas estratégicas para fins de paz. A reconstrução dos países como Alemanha e Japão e dos países vencedores, exigiu o uso de técnicas poderosas de planejamento, diante dos enormes desafios a serem enfrentados e, nesse contexto, o modelo taylorista foi ampliado e o poder técnico reforçado.

O surgimento dos movimentos sociais da década de 60 exigiu a democratização das empresas e da sociedade, impondo modelos como auto-gestão e co-gestão, implementando-se o planejamento por objetivos e articulando-se o poder político ao técnico.

A crise dos anos 70 acirrou a competição internacional e desencadeou um novo processo de globalização da economia com fusões de empresas, implantação do toyotismo, privatização, expansão das multinacionais, desregulamentação do Estado, reengenharia e qualidade de produção com profundas conseqüências na diminuição de emprego e precarização do trabalho e dos direitos sociais. Neste contexto, ampliou-se a presença do planejamento denominado estratégico nas empresas e nos governos, que passaram a buscar mais eficiência.

Na década de 60 os governos brasileiros fortaleceram o caráter tecnocrático e burocrático do planejamento, excluindo a sociedade, centralizando e traçando as decisões de cima para baixo.

Na década de 90, o modelo fordista de regulação foi questionado, e as empresas passaram a valorizar mais o planejamento estratégico como administração do projeto de reestruturação e reengenharia de novas tecnologias da informação e da produção.

2. O PROCESSO DO PLANEJAMENTO

O planejamento estratégico é um conjunto de atividades que tem por objetivo elaborar um plano de curto (1 a 2 anos), médio (3 a 4 anos) ou longo prazo (5 anos ou mais ). Sua importância reside no fato de que ele contribui para realizar a adequada alocação de recursos e fortalecer a organização (Mara,2000,p.211-212). Drucker (1995,p.39) reforça esse pensamento ao afirmar que uma organização sem fins lucrativos requer quatro coisas para funcionar: um plano, marketing, pessoas e dinheiro.

Para Bryson o planejamento estratégico é um esforço disciplinado que origina decisões fundamentais que dão forma e guiam uma organização, contribuindo para pensar estrategicamente e para desenvolver estratégias; vislumbrar direcionamentos; estabelecer prioridades; dimensionar as conseqüências futuras de ações presentes; desenvolver uma base coerente e defensável para a tomada de decisão; controlar suas atividades; tomar decisões em diferentes níveis e funções; otimizar a performance e responder a situações mutantes. (Bryson 1988,p.5)

Para Fábio Anselmo Ribeiro, em seu livro Como Profissionalizar sua ONG, 1997, o planejamento estratégico trata o futuro das decisões atuais. A base dessas decisões leva em conta os caminhos alternativos de futuro. As escolhas ou decisões em relação aos caminhos futuros representarão a base das decisões atuais. Identificar sistematicamente oportunidades e ameaças do futuro, e combiná-las com outros dados relevantes, constituem os fundamentos para que sejam tomadas decisões atuais mais acertadas aproveitando-se as oportunidades e evitando as ameaças. Desta forma, evidencia-se que as organizações que utilizam o planejamento são mais hábeis em encontrar soluções para os seus desafios, em relação àquelas que não o utilizam (Beggy, 2002, p. 23).

Todavia, em razão de o planejamento estratégico se tratar de uma intervenção à medida que implica a definição e utilização de uma metodologia, encontra resistências, inclusive para o reconhecimento da necessidade de sua utilização (Bryson, 1988, p. 1). No entanto, os benefícios advindos do seu uso justificam eventuais dificuldades.

Segundo Ribeiro (1997,p.32), enquanto filosofia, o planejamento estratégico é uma concepção, um modo de vivenciar a organização, pois conseguir um planejamento mais eficaz depende de inúmeras variáveis e dentre elas “as atitudes de valorização do referido processo”.

A implementação do Planejamento Estratégico deve obedecer a três etapas:

A) Levantamento de dados;

B) A diagnose (avaliação do ambiente e das respostas da entidade aos impactos ambientais, a partir do levantamento de dados);

C) Identificação da missão, definição das finalidades e explicação dos objetivos.

A missão é foco central de uma instituição, é a razão dela existir e deve responder as seguintes questões: O que a organização deve fazer? Para quem ela deve fazer? Para que ela deve fazer? Como ela deve fazer? Onde ela deve fazer? E qual a responsabilidade social que deve ter para com a comunidade?

Quando nos remetemos à realidade na qual estão inseridas as instituições, percebemos o movimento permanente, sendo a

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