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Resumo e Análise "Eu, Daniel Blake"

Por:   •  23/3/2024  •  Resenha  •  696 Palavras (3 Páginas)  •  32 Visualizações

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"Eu, Daniel Blake", dirigido por Ken Loach e estrelado por Dave Johns, é um filme que retrata a dificuldade de Daniel Blake ao tentar receber auxílio social, tendo em vista que ele é recomendado a parar de trabalhar pelo seu médico após sofrer um ataque cardíaco. Ao buscar ajuda nos serviços sociais do país, localizados na Inglaterra, ele se depara com uma burocracia massiva para obter seu benefício, o qual inicialmente lhe é negado.

Uma das dificuldades enfrentadas por Daniel Blake é a necessidade de utilizar uma plataforma digital para solicitar apoio. Por não possuir conhecimento prévio sobre o assunto e não ser familiarizado com a tecnologia, ele se vê completamente desamparado nesse aspecto. A burocracia presente na realidade inglesa acaba se tornando um obstáculo significativo para que o protagonista possa usufruir de seus direitos e receber a assistência adequada.

O desfecho do filme é marcado pela morte de Daniel Blake durante uma audiência em que seria decidido se ele teria o direito de se aposentar e ter seus custos de vida mantidos pelo governo. Essa trágica conclusão ressalta a complexidade e insensibilidade do sistema burocrático, que falha em atender às necessidades e garantir a dignidade das pessoas mais vulneráveis.

"Eu, Daniel Blake" é um retrato comovente e crítico das consequências desumanas da burocracia excessiva e da falta de apoio adequado aos cidadãos. O filme levanta questões sobre as falhas dos sistemas de assistência social e a necessidade de reformas para garantir que aqueles que precisam de apoio não sejam prejudicados pelas barreiras burocráticas que encontram em seu caminho.

A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade administrativa, buscando alcançar a eficiência máxima por meio da adequação dos meios aos fins pretendidos (Maia e Pinto, 2007). Essa definição ressalta a importância de seguir normas e etapas previamente estabelecidas para atingir os objetivos desejados.

No entanto, é importante destacar que a extrema burocratização das relações humanas pode ter consequências negativas. O filme dirigido por Ken Loach exemplifica esse aspecto, retratando como a rigidez excessiva das normas burocráticas pode levar os cidadãos a enfrentar dificuldades em usufruir de seus direitos e, como resultado, sofrer uma diminuição na qualidade de vida. Esse é um tema explorado por Max Weber em sua obra "O que é a burocracia", em que ele argumenta que a burocracia é um fenômeno natural que surge em paralelo ao desenvolvimento das tarefas administrativas.

No contexto do filme, o Estado é representado como o detentor dos recursos e o responsável por tomar decisões sobre sua concessão. Essa centralização do poder nas mãos do Estado reflete a noção de Weber sobre a concentração de recursos nas mãos dos chefes burocráticos. Portanto, a forma como o protagonista do filme é afetado pela decisão do Estado em relação aos seus recursos ilustra a dinâmica descrita por Weber.

Essas reflexões mostram que a burocracia, quando levada ao extremo, pode resultar em barreiras que impedem o pleno exercício dos direitos dos cidadãos e impactar negativamente sua qualidade de vida. É importante buscar um equilíbrio entre a eficiência e a flexibilidade para evitar que a burocracia se torne um entrave para o bem-estar e a justiça social.

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