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Seminario Sobre Televisão

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Por:   •  11/9/2014  •  Tese  •  3.045 Palavras (13 Páginas)  •  231 Visualizações

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a) Público-alvo do programa: de que forma a linguagem do programa, a temática, a publicidade exibida nos intervalos e dentro do programa explicitam este público.

Toda comunicação deve ser direcionada para um público que deseja ou necessita do produto ou serviço em questão.

Esse público potencialmente consumidor é chamado público-alvo. Definir qual é esse público para o qual a comunicação deve ser dirigida é fundamental. É a partir dessa definição que são feitas as escolhas dos meios e veículos de comunicação mais adequados para transmitir a mensagem para esse público.

É o público-alvo que precisa ser impactado pela mensagem comercial. Hoje, a maioria dos mercados dispõe de pesquisas de audiência que oferecem informações detalhadas sobre quem está assistindo a cada programa. A escolha da programação de mídia deve ser feita visando otimizar o alcance do público-alvo do anunciante.

Para otimizar o resultado de seu esforço de comunicação, o anunciante precisa alcançar o maior número possível de consumidores em potencial, isto é, possíveis compradores. É preciso definir e buscar o público-alvo. Assim, o anunciante terá condições de programar sua veiculação de forma a aproveitar melhor seu investimento.

No caso das novelas de horário nobre da Globo , o público alvo vem variando , pois de um programa destinado à donas-de-casa , ele virou um programa familiar. São vistas por adultos e por crianças , apesar de não ser indicado. É um público-alvo misto na atualidade.

b) Horário exibido em relação à grade de programação da emissora: por exemplo, quais programas vêm antes e depois dele e o que isso significa.

A novela principal é exibida às 21h00min, pois é o horário em que todos já chegaram do trabalho, alguns já estão deitados, alguns estão sentados na sala, além de ser um horário em que as donas de casa não estão fazendo nada em casa, pois já passou do “horário do jantar”. É após o Jornal Nacional, programa de destaque também, pois transmite as informações mais importantes do país o que atrai grande audiência.

Programas após a novela das 21h00min:

Segunda-feira: Tela Quente

Terça-feira: Tapas e Beijos

Quarta-feira: Futebol

Quinta-feira: A Grande Familia

Sexta-feira: Globo Repórter

Os programas após a novela são aleatórios , pois cada dia é destinado a um público-alvo de idade diferente .

c) Qual é a mensagem ou o argumento transmitido pelo programa? De que forma ela é transmitida? Linguagem, estética, iluminação, personagens/apresentadores (postura), áudio, outros recursos midiáticos.

As novelas em geral, pretendem mostrar a realidade da sociedade brasileira, as diferenças existentes entre as classes sociais, e os conflitos existentes nos diferentes núcleos da novela. Os conflitos, as diferenças e as brigas que acontecem entre os personagens sempre são passados de forma polêmica, de modo a chamar o máximo possível a atenção do telespectador. O público da novela, está sempre antenado em tudo que acontece dentro e fora dos sets de filmagens, porque os autores, produtores e diretores sempre dão um jeito de instigá-los de modo que eles sempre vão querer saber o que está acontecendo.

d) Relação entre os aspectos anteriores com o contexto histórico, político, econômico e cultural em que o programa foi/é apresentado.

A produção de telenovelas que hoje possuam como elemento constitutivo aspectos

realistas – narrativas costuradas com as linhas e tecidos do cotidiano, onde elementos da

realidade aparecem como representação do que é vivido, levando ao máximo o efeito de verossimilhança – é o resultado de um processo de crescimento ao longo das décadas, pois se há um nível realista, a narrativa da telenovela também possui um nível melodramático, romântico e sentimental não menos importante. Melodrama e realidade se misturam para coser a colcha de retalhos da sua narrativa.

Mudanças nos parâmetros narrativos ficcionais são observadas a partir dos anos 70. É neste momento que é descoberto o real, o cotidiano como fonte para as tramas das novelas. Mostrar o real, aquilo possível de ser vivido por qualquer um indica justamente que qualquer um estava consumindo a novela. A ideia é atingir fatias maiores do público, que não seriam sensibilizados pelo melodrama clássico.

Percebe-se então uma aclimatação das histórias e formas de contar os elementos que permitem ao telespectador identificar-se com as tramas, personagens e lugares apresentados. A ideia é aproximar a novela, pelo ao menos com os cenários e personagens, à realidade nacional. Essas modificações na estrutura narrativa foram preocupações de autores e patrocinadores que tinham interesse na mudança. Quanto mais realista e verossímil, mais os telespectadores vão acompanhar a trama. E quanto maior o público telespectador, maior o público consumidor dos produtos anunciados. Ao mesmo tempo que os personagens começaram a caminhar pelas ruas das cidades – elas agora existem na novela – as histórias abandonam um pouco os temas clássicos e podem versar sobre tramas policiais e intrigas geracionais, por exemplo, promovendo o início de uma mistura de gêneros.

Além da modernização da sociedade brasileira que exigiu das narrativas televisuais

uma adequação a tramas que estivessem mais próximos do cotidiano, as modificações na estrutura narrativa também são o resultado da incorporação de autores que estavam mais alinhados com uma postura político-partidária e foram seduzidos por um projeto nacionalista. A produção desses autores estava bastante conectada pelo realismo. Além disso, há o Estado que interfere indiretamente nas programações . Ainda a o que Ortiz, Borelli e Ramos (1991, p. 106) chamam de “folhetim modernizado”, onde “temas folhetinescos são adaptados à realidade brasileira”: é o modelo “moderno” de Martín-Barbero e Rey (2001, p. 120) que “sem romper de todo o esquema melodramático, irá incorporar um realismo que possibilita a ‘cotidianização da narrativa’ e o encontro do gênero com a história e com algumas matrizes culturais do Brasil”. É a novela “Beto Rockefeller”, que vai ao ar pela TV Tupi em 1968, que aparece como um marco desse “folhetim modernizado”, mas, na verdade, é o resultado

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