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Transição Do Feudalismo Para O Capitalismo

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Por:   •  8/9/2014  •  Artigo  •  8.247 Palavras (33 Páginas)  •  279 Visualizações

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Transição do Feudalismo ao Capitalismo

Os primeiros indícios do pré-capitalismo começaram a despontar já no século XII. O capitalismo é um sistema baseado nas relações de trabalho assalariadas, no espírito de lucro, na função reprodutiva do capital, na busca de uma organização racional para os negócios, na produção voltada ara o mercado e na economia monetária.

Os primórdios do pré-capitalismo estão ligados à crise o sistema feudal, provocada pelo crescimento demográfico a Europa e pela conseqüente inadequação da produção ao consumo. A nova situação econômica e social que se criou deu origem ao Renascimento Comercial e Urbano. E é claro que este acelerou a decadência do feudalismo, na medida em que se tornou um importante elemento do capitalismo nascente.

Concomitantemente, a marginalização social resultante ia crise feudal (pessoas que se viram obrigadas a sair dos feudos, por necessidade ou porque foram expulsas) proporcionou os contingentes necessários à expansão da Europa cristã: Guerra de Reconquista contra os mouros, na Península Ibérica; Cruzadas, no Oriente Próximo; e avanço alemão no litoral sul do Mar Báltico, tendo como ponta-de-lança a ordem religiosa e militar dos Cavaleiros Teutônicos.

A convivência de dois sistemas acarretou problemas, principalmente se considerarmos o dinamismo de um e a estagnação do outro. Tal contradição produziu as crises de retração (século XIV) e de desenvolvimento (século XV) do comércio europeu, cujas raízes se encontram no choque entre feudalismo e capitalismo e em fatores conjunturais, como as secas e a Peste Negra.

A crise do século XIV provocou uma retração econômica, devido ao encolhimento dos mercados europeus. Já a crise do século XV teve fatores diametralmente opostos e levaria à expansão do comércio, graças aos Grandes Descobrimentos.

Com o fim da Idade Média e a Expansão Marítima dos Tempos Modernos, o comércio adquiriu dimensão mundial e o capitalismo entrou em sua primeira etapa real: o capitalismo comercial ou mercantil, voltado para a acumulação de capitais no setor da circulação de mercadorias. Ora, como existe um consenso teórico de que o sistema capitalista deve apresentar maior lucratividade no setor da produção, o capitalismo comercial é considerado apenas uma fase de acumulação primitiva de capitais. Dentro desse enfoque, o verdadeiro capitalismo somente se consolidaria a partir do século XVIII, com o advento da Revolução Industrial.

Feudalismo

O feudalismo foi o sistema sócio-econômico dominante na Idade Média. É derivado de feudo: área de direito do senhor sobre as pessoas, coisas e terras.

Periodização:

Séc. III - VIII - formação do Feudalismo, tem início com as primeiras invasões bárbaras;

Séc. VIII - XI - apogeu do Feudalismo;

Séc. XI - XV - decadência.

O feudalismo ocorreu entre o século V e XV, após a queda do Império Romano e que se divide em pequenos reinos, porém esses reinos não foram capazes de solucionar os problemas de segurança das pessoas, e no século V a população começa a fazer um êxodo urbano, pois a população estava indefesa contra os ataques dos Germanos procurando assim se esconder dos ‘‘bárbaros’’.

A sociedade feudal era formada pela aristocracia proprietária de terras (composta pelo alto clero e pela nobreza) e pela massa de camponeses (servos e vilões não proprietários).

O clero ocupa papel relevante na sociedade feudal. Os sacerdotes destacavam-se como servidores de Deus, detentores da cultura e administradores das grandes propriedades da Igreja, além de sua marcante ação assistencial aos desvalidos. A Igreja procurava legitimar o modo de agir da aristocracia, afirmando que Deus tinha distribuído tarefas específicas a cada homem e que, portanto, uns deviam rezar pela salvação de todos (o clero), outros deviam lutar para proteger o povo de Deus (a nobreza) e os outros deviam alimentar com seu trabalho, aqueles que oravam e guerreavam (os camponeses).

O sistema feudal tem origem em instituições tanto do mundo romano quanto do germânico. A principal unidade econômica de produção era o feudo, que se dividia em três partes distintas: a propriedade privada do senhor, chamada manso senhoril, no interior da qual se erigia um castelo fortificado, o manso servil, que correspondia à porção de terra arrendada aos camponeses em lotes denominados tenências, e ainda o manso comunal,constituído por terras coletivas, pastos e bosques, usados tanto pelo senhor quanto pelos trabalhadores camponeses presos à terra – os servos. Diante da crise econômica e das invasões germânicas, muitos dos grandes senhores romanos abandonaram as cidades e foram morar nas suas propriedades no campo. Esses centros rurais, conhecidos por vilas romanas, deram origem aos feudos medievais. Muitos romanos menos ricos passaram a buscar proteção e trabalho nas terras desses grandes senhores. Para poderem utilizar as terras, no entanto, eles eram obrigados a entregar ao proprietário parte do que produziam, estava instituído assim, o colonato. Aos poucos, o sistema escravista de produção no Império Romano ia sendo substituído pelo sistema servil de produção, que iria predominar na Europa feudal. Nascia, então, o regime de servidão, onde o trabalhador rural é o servo do grande proprietário.

No sistema feudal, o rei concedia terras a grandes senhores. Estes, por sua vez, davam terras a outros senhores menos poderosos, chamados cavaleiros, que, em troca lutavam a seu favor. Quem concedia a terra era um suserano, e quem a recebia era um vassalo. As relações entre o suserano e o vassalo eram de obrigações mútuas, estabelecidas através de um juramento de fidelidade. Quando um vassalo era investido na posse do feudo pelo suserano, jurava prestar-lhe auxílio militar. O suserano, por sua vez, se obrigava a dar proteção jurídica e militar ao vassalo. O feudo (terra) era o domínio de um senhor feudal. Não se sabe o tamanho médio desses feudos.

Características Econômicas e Sociais:

Durante a alta idade média, que transcorreu entre o século V ao século XI, devido, principalmente a instabilidade política, fruto das invasões bárbaras, a economia feudal caracterizou-se pela auto-suficiência. Isto significa dizer que o feudo buscava produziu tudo que era necessário para a manutenção da comunidade. A quase inexistência de comércio impedia que houvesse

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