Fichamento- Historia

▪ “O estudo da história é um estudo de causas”. O historiador faz continuamente a pergunta ‘por quê?’ e busca respostas sobre as causas ou coisas novas ou em novos contextos (p. 75).

▪ Hoje em dia, necessariamente, não falamos mais de 'leis' históricas. "Algumas pessoas, portanto, não falam de 'causas' na história, mas de 'explicação' ou de 'interpretação' ou de 'lógica da situação' ou ainda de 'lógica interna dos acontecimentos' (isto vem de Dicey), ou rejeitam a abordagem causal (por que isto aconteceu) em favor da abordagem funcional (como isto aconteceu), embora pareça envolver inevitavelmente a questão de como isto veio a acontecer e, assim, leva-nos de volta à pergunta: 'Por quê?'" (p. 76).

▪ "O historiador lida com uma multiplicidade de causas" alinhando uma após outra e ao mesmo tempo buscando estabelecer uma ordem, uma hierarquia e talvez queira decidir por uma causa 'em último recurso' ou 'na análise final', como causa fundamental ou causa de todas as causas; "ohistoriador é conhecido pelas causas que invoca” (p. 77).

▪ Henri Poincaré observou que a ciência estava cada vez mais avançando simultaneamente 'em direção da variedade e da complexidade' e 'em direção da unidade e da simplicidade'. A o historiador compete trabalhar através da simplificação tanto quanto através da multiplicação de causas. A história, como a ciência, avança por meio deste processo duplo e aparentemente contraditório condição necessária do conhecimento (p. 78).

▪ O determinismo é definido por E. H. Carr: "como a crença de que tudo o que acontece tem uma causa ou várias causas, não podendo ter acontecido de outro modo, a menos que algo, na causa ou nas causas, também tivesse sido diferente." O determinismo, não é problema de todo o comportamento humano: "O ser humano — cujas ações não têm causa e são, portanto, indeterminadas — é uma abstração tão grande quanto o indivíduo fora da sociedade" (p. 80).

▪ "O dilema lógico sobre o livre arbítrio e o determinismo não aparece na vida real. Não é que algumas ações humanas são ao mesmo tempo livres e determinadas, de acordo com o ponto de vista de quem as considere" (p. 81).

▪ "[...] a história é 'um processo seletivo' não apenas de orientações cognitivas, mas também causais, da realidade. Assim como o historiador seleciona do oceano infinito de fatos aqueles que são importantes para seu propósito, assim também ele extrai, da multiplicidade de seqüências de causa eefeito, aqueles, e somente aqueles, que são importantes historicamente; o padrão de importância histórica é a sua habilidade para encaixá-los em seu padrão de explicação e interpretação racionais" (p. 89).

▪ "o presente não tem mais do que uma existência ideal, como uma linha divisória imaginária entre o passado e o futuro" (p. 90).