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Casa Das 11 Janelas

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Por:   •  30/9/2014  •  1.698 Palavras (7 Páginas)  •  652 Visualizações

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RESENHA: CASA DAS ONZE JANELAS

A Casa das Onze Janelas ou Palacete das Onze Janelas é um prédio histórico da cidade brasileira Belém do Pará.

Trata-se de um ponto turístico da cidade de Belém, construída no século XVIII, por um homem rico do engenho chamado Domingos da Costa Barcelar, a para ser sua mansão.

No ano de 1768, a Casa das Onze Janelas foi comprada pelo governador do Grão-Pará, e sofreu reformas pelo arquiteto italiano Antônio José Landi, onde a infraestrutura passou a sediar um hospital militar. A região sofria carência em alocar seus doentes, com a adaptação do projeto a Casa das Onze Janelas passou a se chamar Hospital Real. A residência de estilo neoclássico de dois pavimentos conta com onze aberturas simétricas em sua fachada principal, onde, durante a reforma realizada por Antônio Landi, foram acrescentados frontões ladeados de obeliscos. A porta de entrada se localiza no centro do edifício, seguindo seu caráter simétrico.

Proposta de Landi para o Hospital Real.

Até o ano de 1870, o edifício foi usado para o atendimento de doentes, sendo logo modificado para receber outras atividades militares, abrigou o Corpo da Guarda e a Subsistência do Exército até o final do século XX. Durante a revitalização do centro histórico de Belém desde 1997, com o projeto denominado Feliz Lusitânia, elaborado pelo arquiteto Paulo Chaves, a Casa das Onze Janelas foi transformada em um museu de arte moderna e contemporânea em 2002, onde abriga e procura realçar o teor cultural de artistas locais. A influência do projeto paisagístico fez com que a área externa à casa fosse denominada Feliz Lusitânia, que proporciona em seu entorno um belo jardim, complementando a bela arquitetura neocolonial do edifício. Um artigo publicado por Marisa Mokarseltraz maiores especificações sobre o projeto, onde o tema principal abordado pela autora é feito pelo artigo Três coleções do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas: Doação e Editais no Fortalecimento de um Acervo.

Casa das Onze Janelas sendo utilizada para atividades militares – Aspecto do edifício durante os anos de 1937 a 1947.

Após o período de revitalização do antigo centro de Belém, outros museus foram fundados juntamente com o Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, sendo esse voltado para a exposição de obras de arte. Internamente, o local conta com salas de exposição das obras, a câmara Ruy Meira, que se encontra no primeiro pavimento, dispõe de obras de artistas renomados do passado modernista brasileiro como Lasar Segall, Manoel Pastana e Clóvis Graciano. O espaço térreo também dispõe de uma mini-biblioteca, integrando diferentes tipos de arte em um ambiente de patrimônio. Já o segundo pavimento acomoda duas salas de exibição de fotografias inseridas no salão Xumucuis, que recebem acervos para exposições temporárias. Estima-se que o acervo do museu possua cerca de 300 peças, que são divididas em duas categorias principais: Traços e Transições – Arte Contemporânea Brasileira (Fundação doada pela Funarte) e Fotografia Contemporânea Paraense – Panorama 80/90 (acervo patrocinado pela Petrobrás). Por contar com obras pertencentes a este estilo, a Casa das Onze Janelas é o primeiro museu de arte contemporânea da região norte.

Espaço interno do Museu das Onze Janelas – Exposição de obras contemporâneas.

Ao lado do museu, dentro do mesmo edifício da Casa das Onze Janelas, existe um restaurante contemplando uma estética que remete ao período medieval. O estabelecimento ocupa cinco das onze janelas da construção, possui três ambientes diferenciados para a permanência de seus usuários, com capacidade de 350 lugares: Um salão principal – de taipa (interage com o ambiente de atmosfera medieval) e com tocheiro em suas paredes acompanhadas de gravuras do passado colonial paraense e vestígios arqueológicos encontrados durante a revitalização do edifício; o segundo espaço é um bar, feito com a madeira de demolição e trilhos da linha de bonde que circulava o entorno e a praça principal durante o período da belle époque – a iluminação é baixa de modo que proporcione um ambiente mais reservado aos frequentadores, o terceiro e último espaço ocupado pelo restaurante é a varanda coberta, que proporciona uma vista excepcional para o jardim da casa e para a Baía do Guajará. Além de todos esses ambientes repletos de história em cada elemento que os constitui, o lugar dispõe de um terraço, onde pode-se apreciar os painéis do artista plástico português Júlio Pomar retratando os poetas lisboetas Luís Vaz de Camões, Fernando Pessoa, Manuel Bocage e Almada Negreiros, doados por instituições portuguesas.

Parte interna do restaurante Boteco das Onze.

O arquiteto Antonio Landi projetou a restauração do edifício transformando-o no Hospital Real introduzindo novas formas e concepções técnicas e artísticas, não só na Casa das Onze Janelas, mas em todas as suas obras. Introduziu também a feliz convergência dos estilos em voga na Itália e em Portugal, sem esquecer a intima correlação entre a arquitetura e o meio que é uma de suas características peculiares e que pode ser notada na fachada da edificação, frente ao rio, com a presença de alpendres.

Mais tarde o edifico passou a ser de uso militar, sofrendo várias intervenções como o acréscimo de um frontão triangular na fachada. Essas modificações foram revertidas em restauro e reformas nos anos 2000, após o projeto de revitalização da cidade de Belém.

O Boteco das Onze faz jus a edificação e o Museu Contemporâneo. A equipe do arquiteto Paulo Chaves realizou o projeto que deu origem ao restaurante, mesclando o estilo arquitetônico da época com as necessidades de um restaurante contemporâneo.

A Casa da Onze Janelas é considerado o maior espaço dedicado a arte contemporânea brasileira para as regiões norte e nordeste, fazendo parte do projeto Feliz Lusitânia, obra que buscou a revitalização do núcleo histórico da cidade de Belém. É, também, um dos cartões postais mais visitados da capital paraense.

A área que envolve a Casa das Onze Janelas possui um conjunto de equipamentos culturais, como o jardim de esculturas, o Navio corveta e o palco, que se projeta sobre a baia. Da área da casa aprecia-se ainda uma bela vista da baia do Guajará e do mercado de

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