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Controle social na saúde: Desafios e perspectivas

Por:   •  15/5/2018  •  Artigo  •  15.557 Palavras (63 Páginas)  •  268 Visualizações

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RESUMO

O presente trabalho objetiva apontar a enorme importância do desenvolvimento do trabalho executado pelo assistente social nas esferas da saúde, ressaltando ainda o perfil das açõs que tal profissional desenvolve, bem como a diferença que o mesmo significa ou faz, no que concerne a sua visão de humanização e ao que se refere à visão holística de cada paciente assistido por ele. O processo que engloba o trabalho executado pelo profissional da assistência social, encontrou grande ampliação desde as inúmeras transformações ocorridas na própria sociedade. O profissional da assistência social exerce suas funções na expectativa de ser um mediador das inúmeras relações sociais, isso em consonância com as diversas particularidades se apresentam, que enfrenta e que os leva a criar estratégias de ações relativas a cada situação. De modo que tenha seu projeto embasado na político-ética da assistência social que se dirige e/ou relaciona às ações que desenvolverá no que concerne a sua atuação na saúde.

Palavras chave: Assistência Social, Paciente, Saúde, Serviço.

1 INTRODUÇÂO

Em meados de 1870, ocorre a Revolução Industrial em toda Europa, a partir de então, os modelos de produção até então adotados, a produção que era ditada pelo sistema capitalista que fora instituído na sociedade, e que faz com que ocorram relações interpessoais entre cidadãos, também sofre mudanças, isso porque tal sistema persiste ainda em nossos dias (GAYOTTO e GIL, 2005).

No espectro de diversas expressões que envolvem as questões sociais e que, por sua vez, se fazem presentes nas mais variadas nuances da sociedade, o profissional de Serviço Social atua em campos variados, desempenha/exerce suas funções em âmbitos, também diversos, como públicos, privados, e até organizações não governamentais (ONG’s). De modo que, a atuação desse profissional, no que tange à saúde, legitima-se, justifica-se e também é ampliada por meio de novas expressões que aludem às questões sociais e que, a cada dia, se tornam mais abrangentes (GAYOTTO e GIL, 2005, op.cit.).

De acordo com Silva e Arizono (2008), a Reforma Sanitária teve seu início em 1970 e, na 8ª Conferência Nacional de Saúde ocorrida em 1986, aquilo que consta em seu relatório final foi assegurado, por fim, tendo a saúde reconhecida e promulgada como sendo um direito comum de todos e dever do Estado e foi incorporada na própria Constituição Brasileira de 1988.

O profissional do serviço social fundamenta seu trabalho nos princípios de reforma sanitária, isso porque seus princípios éticos-políticos bem como suas ânsias são de construção de uma sociedade que se expresse através de seu direito democrático. A partir desse momento, se legitima a extrema necessidade da participação do profissional na área da saúde, isso afirma-se em consonância com Souza 2009.

No que tange ao âmbito hospitalar, esse profissional (de assistência social) promove atendimento, de forma direta àqueles que se mostram necessitados. Ele tem como público alvo de sua atuação todos aqueles que são caracterizados por uma situação de fragilidade, que carecem de um atendimento específico, holístico, humanizado de forma que sua atuação assuma caráter de auxílio, uma vez que transmite palavras norteiem seu agir na expectativa de soluciona a imensa demanda de problemas.

Também mantém seu olhar atento para a realidade do referido usuário, daquele necessitado, efetiva uma reação redobrada em relação ao que ouve, isso no afã de restabelecer aos mesmos no sentido emocional e socialmente, orientando-os (MARTINELLI, 2011).

Ainda segundo o mesmo autor, a relação existente entre o serviço social com a área da saúde, além de expressiva é muito intensa e se constitui em parte integrante da própria história. Ao decidir-se efetivar uma reflexão sobreo surgimento da profissão de assistente social por volta do FM do século XIX, nos Estados Unidos, há de se ter que sua criadora Mary Richmond (1861 – 1928), tentou encontrar maneiras e também estratégias na expectativa de estabelecer, firmar e realizar essa atividade em Nova Iorque, que ela mesma havia concebido.

Na cidade de Nova Iorque, observa-se que desde o início do século XX, os profissionais da assistência social desenvolveram seus trabalhos em conjunto com as equipes da área da saúde quando do tratamento da tuberculose. Entretanto, em 1905 o Dr. Richard Cabot fundou/criou o primeiro Serviço Social Médico, ao menos que se sabe (MARTINELLI, 2002).

Desde sua origem, o serviço social em sido caracterizado pelo trinômio educação, higiene e saúde, tal fato tem deixado marcas profundas e significativas na identidade desses profissionais. Já no Brasil essa mesma expressão experimentou uma forte vinculação, intimamente, ligada à área da saúde. Martinelli (2002, op cit.) afirma que, não obstante a primeira escola de serviço social tenha surgido em 1936, em São Paulo, no entanto, já havia a atuação de assistentes sociais que exerciam seu trabalho nessa área e que recebiam amparo da Constituição de 1934.

A saúde, no entanto, passa a ser inserida no patamar da cidadania a partir da Constituição de 1988 e passa a tomar parte da prevenção de determinados aspectos alusivos à questões socioeconômicas vivenciados pela população no que tange ao trabalho, à moradia e ao saneamento básico. Desse modo, estabelece-se o fim do processo que selecionava o tipo de usuário, sendo que o profissional do serviço social se encontra comprometido com a ética, que norteia a profissão e objetiva desenvolver suas ações de modo que responda aos anseios do usuário de hospitais,

As atividades que o profissional da assistência social desenvolve são vistas e/ou consideradas como fundamentais no âmbito de programas e processos que objetivam o desenvolvimento social. De uma forma global, tal atividade relaciona-se com aspectos condizentes com questões de cunho social. Isso, em face de essas não existirem senão conectadas com o concreto, sobretudo, objetivada por problemas individuais e/ou coletivos.

Digno de nota é que o trabalho do assistente social não subsiste isoladamente, ou seja, sempre é dependente da estrutura do Estado para sua execução, isso para que este venha possibilitar aos usuários o acesso pleno aos referidos serviços. Desse modo, entende-se que o trabalho do assistente social vincula-se às entidades empregadoras, que tornam viáveis àqueles recursos indispensáveis a sua realização.

Salienta-se que setor da saúde é o que ais absorve esses ditos profissionais. Isso porque esse profissional (o da assistência social) atua no gerenciamento

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