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O Uso de Metodologias Ativas no Ensino Superior brasileiro

Por:   •  4/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  4.265 Palavras (18 Páginas)  •  272 Visualizações

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O USO DE METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO

The use of active methodologies in brazilian higher education

FREITAS, Karina Kazuko

Centro universitário de Jaguariúna

LEITE, Bruno Felipe

Centro universitário de Jaguariúna

Resumo: Este trabalho teve um caráter, eminentemente, bibliográfico. A gradativa ampliação de vagas no Ensino Superior, associado as metodologias ativas, tem o intuito de ampliar a permanência e a conclusão da graduação de muitos brasileiros. O foco foi a formação continuada do professor de ensino superior e também a eficácia das metodologias ativas em um universo onde nem todos os alunos apresentam comprometimento, autonomia e independência, para a construção e consolidação do seu próprio conhecimento.

Palavras-chave: Metodologias Ativas, Ensino Superior, Prática Baseada em Problema.

Abstract: This paper has an eminently bibliographic character. The gradual magnification of vagues in Superior Education, associated with ative methodologies, has the intention of expanding the permanency and the conclusion of many brazilian's graduations. The focus has been the continuous Superior Edcuation teacher's formation and also the effectiveness of the active methodologies in an universe where not all students present compromise, autonomy and independency, for the construction and consolidation of he's own knowledge.

Keywords: Active Methodologies, Higher Education, problem-based practice.

INTRODUÇÃO

A organização do processo pedagógico no Ensino Superior está em transformação, uma vez que migra do ensino presencial para o ensino à distância a passos largos. É possível que essa mudança esteja acontecendo devido à necessidade de ampliação de oferta no Ensino Superior do país, para até 2022, atingir a meta 12 do Plano Nacional de Educação (PNE), que exige elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% e a taxa líquida em 33% da população de 18 e 24 anos.

Uma das alternativas para isso é a Educação à Distância (EaD), a qual está prevista no artigo 80 da lei 9394/96 e foi regulamentada pelo decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Recentemente, o Decreto Nº 9.057/2017, atualiza a legislação e regulamenta a EaD no país. O Ministério da Educação define a Educação à Distância como: “Modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorra com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com pessoal qualificado, com políticas de acesso, com acompanhamento e avaliação compatíveis, entre outros, e desenvolva atividades educativas por estudantes e profissionais da educação que estejam em lugares e tempos diversos. ” Estas últimas alterações visam ampliar a oferta e o acesso aos cursos superiores e garantir a qualidade do ensino.

Outro ponto relevante para a expansão do Ensino Superior na modalidade EaD é devido aos meios e tecnologias de informação presentes na atualidade. A organização pedagógica atual acentua o uso das metodologias ativas de aprendizagem, tanto nos processos pedagógicos presencias, quanto naqueles somente à distância. A metodologia ativa de ensino aprendizagem inclui o participante da construção de seu saber, é uma concepção educacional que estimula a aprendizagem em processos de desafios cotidianos e construtivos, de forma que o aprender torna-se uma prática, pois quanto mais próximo da vida se está, melhor se torna e isto acaba sendo o ponto de partida para o avanço em processos, desenvolvimento, inovação e tecnologia, assim criando uma reelaboração de novas práticas (SEIXAS, 2017). Segundo Rocha e Lemos (2014) a inserção contextualizada das metodologias ativas, com equilíbrio, auxilia na aprendizagem efetiva, uma vez que a evolução tecnológica e as mudanças sociais fazem a metodologia de ensino e a aprendizagem tradicional serem desinteressantes. Dessa forma, o incremento da EaD tem sido importante entre as Instituições de Ensino Superior (IES), uma vez que permitem redução de custos com professores e infraestrutura. Além disso, essa modalidade de ensino promove uma aproximação com as tecnologias de informação e comunicação já sedimentadas no meio social.

O ponto principal desta revisão bibliográfica está no levantamento de dados sobre o uso das metodologias ativas, doravante chamadas de MA, nas IES, apresentando aspectos passageiros e outros que devem ser validados para repensar e fundamentar as práticas pedagógicas. Assim, percebe-se que a organização do processo pedagógico, nessas instituições, está em transformação para ampliar a oferta e o acesso à graduação e garantir a qualidade do ensino. O interesse dos jovens está diferente de forma que a introdução de novas maneiras de aprender é inerente ao processo de lecionar e, assim sendo, as MA tornam-se essenciais, tanto nos processos pedagógicos presenciais, quanto nos híbridos e, principalmente, naqueles somente à distância.

Este trabalho, de revisão bibliográfica, objetivou levantar as principais fontes, obras e referências que tratam das MA nas IES do Brasil, com foco na Prática Baseada em Problemas - PBL. A sistematização da informação sobre PBL visa auxiliar sua inserção, com eficiência, em diversos cursos que ainda não a utilizam, e também naqueles que já a utilizam. Dessa forma, foi usado, como base de dados o Google acadêmico, com o cruzamento das seguintes palavras chaves: Educação Superior, Brasil, Ensino à Distância, Metodologias Ativas e Prática Baseada em Problemas-PBL. A pesquisa bibliográfica foi realizada no período compreendido entre junho e julho de 2019, para artigos publicados nos últimos três anos. Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados os artigos que contemplem os seguintes critérios:

  •  Apresentem dados ou hipóteses sobre o uso de MA na Educação Superior;
  •  Sancionem o uso de MA no decorrer do seu processo pedagógico na Instituição de Ensino Superior;
  •  Acolham o uso da Prática Baseada em Problemas – PBL - na formação de seu aluno.

Artigos localizados na pesquisa, mas que não contemplaram os critérios acima foram descartados. Deste modo, foram localizados 35 artigos, dos quais em uma primeira seleção ficaram 21, e em uma segunda seleção ficaram somente 15.

A INSITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

A possibilidade de se matricular em uma Instituição de Ensino Superior (IES) no Brasil aumentou nos últimos dez anos. Segundo o censo da Educação Superior realizado em 2017, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em 2007, a modalidade à distância representava 7,0% das matrículas de graduação. Nos últimos 10 anos, a EaD vem aumentando sua participação na Educação Superior. Em 2017, ela ampliou 17,6% e já atende mais de 1,7 milhão de alunos, o que representa uma participação de 21,2% dos alunos de graduação no país. A modalidade presencial apresenta o segundo ano de queda no número de matrículas. Em 2017, a matrícula na modalidade à distância manteve sua tendência de crescimento, enquanto a modalidade presencial tem praticamente o mesmo número de alunos de 10 anos atrás. Há diferenças também entre as redes privadas e públicas, já que na rede privada, prevalecem os cursos à distância, com quase 65% dos alunos e mais de 80% dos estudantes de licenciatura, de instituições públicas, frequentam cursos presenciais. Ainda de acordo com o Censo de 2017, ingressaram 1.073.043 alunos em cursos de graduação na modalidade de EaD. O avanço nos meios e tecnologias de informação presentes na atualidade corrobora com essa informação, porém é importante salientar que, infelizmente, o número de IES na modalidade EaD é ainda muito inferior que as modalidades presenciais.

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