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Meio século Da Imigração Japonesa

Seminário: Meio século Da Imigração Japonesa. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/6/2014  •  Seminário  •  875 Palavras (4 Páginas)  •  185 Visualizações

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Quinze anos depois da Segunda Guerra Mundial, no dia 16 de maio de 1960, um grupo de japoneses desembarcou na estação da cidade de Guaiúba - Ceará. Eram os primeiros nipônicos que chegavam ao Estado

Mesmo 50 anos após o início da migração japonesa ao país, isso chamou muita atenção dos moradores da cidade. O grupo chegou a tal estação após longa viagem: partiu do Japão, Porto de Kobe, no dia 30 de março do mesmo ano, no navio que se chamava “Santos-maru” e aí passou 43 dias até chegar ao porto de Recife, Pernambuco. Após uma noite de descanso em Recife, o grupo embarcou em um trem com destino a Guaiúba, onde chegou após 24 horas de viagem.

Tratava-se de um grupo de imigrantes japoneses que foram direcionados diretamente do Japão para uma fazenda chamada “São Jerônimo”, localizada no município de Guaiúba; que logo após passa a ser chamada de Colônia Pio XII, onde Instituto Nacional Imigração e Colonização -Inic, órgão do governo brasileiro responsável pelo translado e assentamento dos japoneses em terras brasileiras, comprou terreno para o projeto de imigração agrícola.

O grupo era composto de nove famílias oriundas da província de Nagano e uma família da província de Kagoshima, no total, 43 pessoas em nove famílias. Através do pedido do Inic feito à Associação Geral de Cooperação Internacional (nome anterior da Japan internacional Cooporation Agency - Jica) do Rio de Janeiro, a associação solicitou um projeto para que pudessem ser enviados agricultores japoneses ao Ceará, e as sedes desta associação situadas nas províncias no Japão divulgaram este projeto aos japoneses. Então, os membros deste grupo foram selecionados através desta convocação.

Os resultados esperados pelas instituições relacionadas à agricultura, tanto do governo brasileiro como do estado do Ceará, eram os seguintes: primeiramente, cultivar verduras e frutas e fornecê-los ao mercado de Fortaleza e, em seguida, difundir as técnicas agrícolas para moradores de tal localidade, resultados estes alcançados através de muito esforço e responsabilidade.

Prova disso é que um tipo de melão, popularmente conhecido como “melão japonês” foi estabelecido no mercado de Fortaleza, assim como a melancia também que, mesmo não carregando o título de “japonesa” como o melão, pode ser encontrada com grande facilidade e apresentando boa qualidade. Além disso, ainda existem agricultores em Guaiúba que continuam cultivando essas frutas de qualidade.

Quem deu o maior apoio para este projeto foi um senhor japonês cujo nome é Shinzo Ohama, atual representante da sede central de Fortaleza da religião japonesa, igreja Tenri-kyô. Ele já estava estabelecido no Brasil naquele momento e foi selecionado como coordenador de tal colônia pela atual Jica (Japan International Cooperation Agency). Ele passou dois anos e meio convivendo com imigrantes na colônia e se dedicando ao melhoramento de qualidade dos produtos. Procurou em São Paulo, no Japão e até nos Estados Unidos e conseguiu as sementes de melão, melancia, pimentão, pepino e mais outras frutas e verduras de boa qualidade, que eram difíceis de encontrar em Fortaleza. Após o experimento cultivando a terra desta colônia, encorajou a produção de frutas e verduras que teriam maior possibilidade de comercialização no mercado.

O resultado do esforço de toda a colônia é que eles conseguiram enraizar o melão do tipo cantaloupe, importado dos Estados Unidos. E até a melancia americana que circulava no mercado naquela época,

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