História Taxonômica e Classificação
Por: Mariana Oliveira • 3/6/2018 • Projeto de pesquisa • 1.073 Palavras (5 Páginas) • 297 Visualizações
As esponjas se tornaram reconhecidas como bastante peculiares, um grupo isolado, possivelmente não relacionado com os outros animais, e elas foram colocadas em um sub-reino separado, os Parazoa, distintas de todos os outros filos exceto dos extintos Archaeocyatha. O filo Porífera (do latim porus "poro"; ferre, "possuir") contém aqueles animais comumente chamados de esponjas.
Poríferos são animais sésseis, filtradores e multicelulares que se utilizam de células flageladas chamadas coanócitos para circular água por um sistema de canais exclusivo do corpo. Porifera é o único filo com um nível de construção corporal parazoário(isto é, Metazoa sem camadas germinativas verdadeiras no desenvolvimento embrionário). Não só os tecidos verdadeiros estão ausentes, mas a maioria das células do corpo são totipotentes, ou seja, capazes de mudanças na sua forma e função. Apesar de que esponjas são animais multicelulares de grande tamanho, funcionam basicamente de forma semelhante a organismos com um grau de complexidade unicelular.
Cerca de 5.500 espécies vivas de esponjas foram descritas, quase todas as quais estão restritos a ambientes marinhos bentônicos. Eles ocorrem em todas as profundidades, mas litorais não poluídos e recifes tropicais abrigam as faunas especialmente de esponjas ricas.
A maioria das esponjas litorais crescem como camadas grossas ou finas no substrato duro.
As esponjas que vivem em substratos mole são muitas vezes altas e eretas, evitando o enterro
pelos sedimentos móveis do seu ambiente. Algumas esponjas atingem tamanhos consideráveis
(até 2 m de altura nos recifes do Caribe e ainda maior na Antártida) e
Podem constituir uma parcela significativa da biomassa bentônica. Na Antártica,
As esponjas compõem quase 75% da biomassa bentônica total a uma profundidade de
100-200 m. Espécies subtidais e de águas mais profundas, que não enfrentam correntes fortes ou movimento de ondas, geralmente são grandes e exibem formas externas características, mesmo sendo simétricas.
As esponjas de hexactinelidas, de águas mais profundas, frequentemente assumem comuns, muitas como estruturas delicadas semelhantes a vidro, outras redondas e maciças ou ainda longas e compridas. Algumas poucas espécies da classe Demospongiae habitam águas doces.
História Taxonômica e Classificação
A natureza séssil das esponjas e suas formas de crescimento geralmente amorfas(assimétricas) convenceram os primeiros naturalistas de que elas eram plantas. Os grandes naturalistas do final do século 18 e inicio do século 19 (Lamark, Linnaeus e Cuvier) classificaram as esponjas entre os zoófitos ou pólipos, considerando-as como relacionadas a cnidários antozoários. Colocadas no século 19 junto aos cnidários, sob o nome de Coelenterata ou Radiata.
A morfologia e a fisiologia das esponjas foram entendidas adequadamente pela primeira vez por R. E. Grant. Grant criou para o grupo o nome Porífera, embora outros nomes tenham sido frequentemente usados (por exemplo Spongida, Spongiae, Spongiaria). Huxley (1875) e Sollas (1874) foram os primeiros que propuseram a separação das esponjas dos outros Metazoa “superiores”.
Até recentemente, quatro classes eram reconhecidas: Calcarea, Hexactinelida, Demospongiae e Sclerospongiae.
A classe Sclerospongiae consiste em um número muito pequeno de espécies marinhas, encontradas em grutas e túneis associados com recifes de coral em diversas partes do mundo, incluiu aquelas espécies que produzem uma matriz calcária sólida, semelhante a uma rocha, sobre a qual o organismo cresce. Todas são leuconóides. Esta classe no entanto foi abandonada há mais de uma década, e seus membros redistribuídos entre Calcarea e Demospongiae (Vacelet, 1985).
Demospongiae é a maior classe das esponjas compreendendo cerca de 95% das espécies atuais. O esqueleto consiste de espículas silicosas, de espongina ou de uma combinação das duas; uma família, Spongiidae, contém as esponjas-de-banho comuns, com esqueleto formado apenas por espongina. Todas são leuconóides e algumas conseguem alcançar um tamanho considerável. A classe possui as esponjas perfuradoras, capazes de perfurar estruturas calcárias de corais e moluscos de algumas espécies de água profunda. Também ocorrem representantes de água doce, particularmente da família Spongilidae. Por causa do seu tamanho e variabilidade, as Demospongiae apresentam os maiores problemas para os taxonomistas.
Na Classe Calcarea seus membros distinguem-se por possuírem espículas de carbonato de cálcio, na forma de calcita ou aragonita. Ocorrem todos os três graus de estrutura – asconóide, siconóide e leuconóide. A maioria mede menos que 10 cm de altura. Todas são marinhas.
Classe Hexactinellida, os membros desta classe são comumentes conhecidos como esponjas-de-vidro. Tem um esqueleto de espículas silicosas, principalmente com 6 raios. Frequentemente de fundem em estruturas em formas de vaso, com 10-30cm de altura. A forma siconóide é dominante. Não há pinacócitos ( presentes em todas as outras classes); em vez disso, a epiderme consiste de um sincício reticulado formando por pseudópodos interconectados e amebócitos. As espécies são inteiramente marinhas e acontecem principalmente em habitats de águas profundas.
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