Instrumentação - PHmetro
Por: Tatiana Harumi • 11/4/2016 • Relatório de pesquisa • 591 Palavras (3 Páginas) • 431 Visualizações
Introdução
Na segunda metade do século XIX, muitos conceitos físico-químicos se estabeleciam. Foi possível então, traçar em geral e resumidamente, a evolução da inserção da determinação da acidez na rotina do trabalho em química e outras ciências que utilizam do mesmo:
- Estabelecimento de fatos experimentais e dosagens colorimétricas em base empírica;
- Propostas de teorias para os fenômenos que ocorriam e de criações que, posteriormente, levariam ao estabelecimento do conceito de pH;
- Adoção de diversos modos de expressar a concentração do íon hidrogênio;
- A sugestão da definição de pH, e o desenvolvimento de métodos eletro métricos, culminando com a invenção do pHmetro, que superava as limitações dos métodos colorimétricos (GAMA; AFONSO, 2007).
Surgiu a necessidade de medir e exprimir a acidez em solução, pois se tratava de uma variável importante nos procedimentos biológicos e bioquímicos em geral. Se fosse necessário calcular a basicidade de um meio (pOH), utilizava-se a expressão pH + pOH = 14. Por isso, em soluções aquosas, a importância do produto iônico da água (Kw) no estabelecimento do pH, já que em determinadas ocasiões ela age como ácido, doando prótons H+ e em outras se comporta como base, recebendo prótons (GAMA; AFONSO, 2007).
Portanto, O pH pode ser definido como a concentração, ou atividade, dos íons de hidrogênio ou de hidroxila (pOH) em um determinado material. Atribui-se aos materiais, a partir do valor de pH, um caráter ácido (valores de pH 0,00 a 7,00), alcalino (valores de pH 7,00 a 14,00) ou caráter neutro (pH igual a 7,00). A medida de pH pode ser realizada por via potenciométrica (phmetro) ou também por meio de metodologia colorimétrica através de indicadores (moléculas orgânicas que variam em coloração de acordo com o pH do meio em que se encontra, sem necessidade de ser em meio aquoso, ou seja, o ácido apresenta uma coloração e a base outra) (MUNIZ, 2006).
O emprego do conceito de pH espalhou-se rapidamente entre bioquímicos e enzimologistas, que passaram a utilizar em estudos de ação tamponante dos tecidos vivos (GAMA; AFONSO, 2007).
O conceito original de ação tamponante veio através de estudos bioquímicos e da necessidade do controle do pH em diversos aspectos da pesquisa biológica, como nos estudos com enzimas, já que elas possuem atividade catalítica muito sensível a variações de pH, por isso o interesse de enzimologistas, como dito anteriormente (FIORUCCI; SOARES; CAVALHEIRO, 2001).
Logo, o tampão é definido de modo abrangente, recentemente apresentado por Harris (1999) como: uma solução tamponada resiste a mudanças de pH quando ácidos ou bases são adicionados ou quando uma diluição ocorre. Ou seja, um tampão evita variações bruscas de pH. Mesmo existindo outros tipos de solução tampão, estas são constituídas geralmente de uma mistura de um ácido fraco e sua base conjugada (FIORUCCI; SOARES; CAVALHEIRO, 2001).
Nota-se, uma relação direta entre pH, onde praticamente todos os processos biológicos são dependentes dele e solução tampão, já que uma simples variação na acidez produz uma grande variação na velocidade da maioria destes processos, e o tampão irá atuar equilibrando estas variações (FIORUCCI; SOARES; CAVALHEIRO, 2001).
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