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O BANCO DE GERMOPLASMA DE CITROS E MELHORAMENTO GENÉTICO

Por:   •  28/7/2022  •  Trabalho acadêmico  •  3.481 Palavras (14 Páginas)  •  133 Visualizações

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Alan Yago Barbosa de Lima – PPGCTA-UFABC

Disciplina: Tecnologia, Meio Ambiente e Sustentabilidade

BANCO DE GERMOPLASMA DE CITROS E MELHORAMENTO GENÉTICO

Citricultura no mundo

Anualmente a produção de todas as espécies de citros no mundo gira em torno de 100 milhões de toneladas, sendo responsável por uma área de aproximadamente 7,5 milhões de hectares. De toda a produção de citros, aproximadamente 60% são laranjas e 25% tangerinas, clementinas e ponkans. Cerca de 13,7 milhões de toneladas de limões e limas e 4,4 milhões de toneladas de toranjas e pomelos também são produzidos (YARA, 2016).

Em média a produtividade gira em torno de 2,7 t ha-1, no entanto países com produção mais intensiva possuem médias nacionais de produtividade de citros de 6 t ha-1 e os melhores produtores, nas regiões mais favoráveis, alcançam 10 t ha-1. O Brasil produz um quarto da produção mundial de citros, sendo que 75% destes são destinados ao processamento para produção de suco. A China e os EUA são também grandes produtores (YARA, 2016).

Brasil e EUA juntos, respondem por mais de 90% da produção mundial de suco de laranja. O Brasil detém mais de 50% da produção mundial de suco de laranja e é responsável por 85% das exportações mundiais do produto. Enquanto os EUA concentram-se no mercado interno, o Brasil exporta 98% da sua produção. São Paulo e Flórida detêm 81% da produção mundial de suco de laranja.

Mais de 90% da produção mundial de frutos frescos de citros é consumida no país produtor. A região mediterrânea é a maior exportadora de frutos para o consumo in natura. Os maiores importadores são Alemanha, França, Holanda e Reino Unido (YARA, 2016).

Citricultura no Sudeste e Sul do Brasil

Ainda na década de 1980, o Brasil superou os Estados Unidos e se tornou o maior produtor de laranja do mundo. O posto é mantido até hoje: a safra brasileira em 2016/2017 foi de 245 milhões de caixas, contra 67 milhões de caixas dos Estados Unidos, que detém o posto de segundo maior produtor mundial.

O Brasil é responsável por produzir cerca 61% de todo o suco de laranja consumido no planeta. E as estimativas brasileiras não são descomunais apenas em se tratando de produção. O setor citrícola é responsável por movimentar bilhões de dólares todos os anos e gera milhares de empregos diretos e indiretos.

Os citros encontram-se entre as frutas mais produzidas e consumidas no Brasil, fazendo parte da dieta de brasileiros de todas as classes sociais (OLIVEIRA; SCIVITTARO, 2014). O Brasil é o maior produtor mundial, com 250 milhões de plantas. Entre os produtos cítricos, o cultivo de laranjeira representa cerca de 55%, o que consolida essa cultura como a principal na citricultura, distribuída em uma área de 768 mil hectares (NEVES et al., 2010).

A cadeia citrícola vem ganhando espaço no agronegócio brasileiro com a ampliação do mercado e o aprimoramento da atividade. O Brasil possui mudas e viveiros certificados, cultivo de frutas cítricas, produção do suco e canais de distribuição internacional que levam os produtos ao consumidor europeu, norte-americano e asiático (NEVES et al., 2010).

Além de ser o maior produtor mundial de laranja, o Brasil também é o maior exportador de suco de laranja atendendo diversos países. No Brasil, os principais estados produtores de frutas cítricas são: São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Paraná, Sergipe e Rio Grande do Sul (NEVES et al., 2010).

O estado de São Paulo se destaca na produção cítrica e em geração de empregos. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ligado ao Ministério do Trabalho, nenhum outro segmento do agronegócio empregou mais do que a laranja no estado de São Paulo em 2016. A citricultura gera um emprego a cada nove hectares. Em comparação com a cana-de-açúcar que precisa de 80 hectares para gerar um emprego, é possível visualizar a dimensão desses dados.

São muitos os desafios externos e internos do setor. Além de recuperar o consumo, outros grandes desafios da citricultura brasileira são combater uma doença denominada Greening e melhorar as relações na cadeia.

Os citros no estado do Rio Grande do Sul detêm uma área de cultivo de aproximadamente 40 mil hectares, desses, 26 mil de cultivo de laranjas, 13 mil de tangerinas e 1,4 mil de limeiras ácidas e de limoeiros verdadeiros (IBGE, 2017).

A citricultura é uma das principais atividades agrícolas do Rio Grande do Sul, envolvendo cerca de 20 mil produtores rurais, que cultivam citros em aproximadamente 40 mil hectares, existindo uma cadeia produtiva completa composta por produtores de insumos, viveiristas, citricultores, atacadistas, varejistas, indústrias de suco, geleias e doces e milhões de consumidores (OLIVEIRA et at., 2016).

Destaca-se a produção de laranjas, tangerinas, limas ácidas e limões verdadeiros, produzindo cerca de 370, 146 e 19 mil toneladas respectivamente, numa área totalizada em aproximadamente 42 mil hectares (OLIVEIRA; SCIVITTARO, 2014).

A grande maioria dos produtores de citros são oriundos da agricultura familiar, com uma área média plantada de citros inferior a 2 hectares por propriedade. A citricultura empresarial é conduzida por menos de uma centena de produtores (OLIVEIRA; SCIVITTARO, 2014).

Os principais polos de produção encontram-se na região da Campanha Gaúcha, Vale do Caí, Alto Uruguai e região noroeste do Estado.

A citricultura no Vale do Caí destaca-se, atualmente, na produção de tangerina. Na região da Campanha gaúcha, encontra-se o polo de produção de citros sem sementes, iniciado em 1998 com apoio da Embrapa Clima Temperado, onde se cultivam cerca de 2,5 mil hectares, cuja produção alimenta as redes de supermercados do estado e outras partes do país. Nas regiões do Alto Uruguai e região noroeste do Estado, a citricultura é bem mais recente, onde se cultiva prioritariamente a laranja Valência, sendo uma parte dos frutos destinados à indústria (OLIVEIRA; SCIVITTARO, 2014).

Tecnologia de melhoramento de plantas

Os alimentos transgênicos ou geneticamente modificados são aqueles que expressam genes originados de outro organismo. No caso dos citros, esta técnica representa alto potencial, uma vez que possibilita a inserção de material genético em momento em que as espécies são incompatíveis do ponto de vista sexual, pois aceleram o processo de obtenção de cultivares melhoradas geneticamente e restringindo a adição de genes indesejáveis, devido os efeitos da denominada heterozigosidade, fruto dos cruzamentos sexuais (MACHADO et al., 2005).

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