O Reino Monera na Biologia
Por: JessieG • 17/3/2017 • Artigo • 1.878 Palavras (8 Páginas) • 756 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Lineu dividiu os seres vivos em cinco reinos de acordo com suas especificidades, e entre eles existe o Monera. Reino que, neste trabalho, pretendemos apresentar juntamente com as suas características, seus principais representantes, as doenças que eles causam e por fim, sua importância tanto econômica como ecológica.
Através de pesquisas e aprendizados em salas de aula, elaboramos esse trabalho com a pretensão de transmitir a importância da existência desses organismos no mundo e para ele, bem como para a sustentação do planeta.
2 REINO MONERA
Compreende todos os organismos procariontes e unicelulares representados por bactérias e algas cianofíceas (cianobactérias).
As bactérias constituem-se nos organismos mais disseminados no nosso planeta, tanto no ar, como no solo, na água doce e no mar. Em um centímetro cúbico de água do mar podem ser encontrados até um milhão desses seres.
2.1 As principais características
• Não possuem carioteca, o material genético encontra-se disperso no citoplasma;
• Possuem cápsulas de proteção chamada de parede celular ou membrana esquelética;
• Não possuem organelas citoplasmáticas.
2.2 Principais representantes
Ausente nas bactérias, a clorofila esta presente nas cianobactérias em finas lamelas fotossintetizantes encontradas na periferia do citoplasma. Em algumas bactérias existem outros pigmentos capazes de realizar fotossíntese, ainda que bastante semelhantes à clorofila.
As bactérias constituem-se nos organismos mais disseminados no nosso planeta, tanto no ar, como no solo, na água doce e no mar. Em um centímetro cúbico de água do mar podem ser encontrados até um milhão desses seres. No ambiente marinho, elas são amplamente distribuídas, sendo encontradas desde as profundezas até nos mangues e estuários, suportando grandes variações na concentração salina. Mesmo várias bactérias típicas do solo podem viver pelo menos por algum tempo, nas águas costeiras e nos estuários.
Embora numerosas espécies de bactérias contenham pigmentos capazes de produzir o seu próprio alimento a partir de substâncias inorgânicas, a maioria, contudo, é saprófita, vivendo da matéria orgânica em decomposição, simbionte ou mesmo parasita, provocando doenças em animais e vegetais.
As bactérias fotossintetizantes possuem a bacterioclorofila, um pigmento quimicamente semelhante à clorofila vegetal, porém mais eficiente com comprimentos de onda maiores que os aproveitados pela clorofila vegetal. Trata-se de uma estratégia pela qual se reduz a competição com as algas e por isso essas bactérias são mais encontradas abaixo dos 30 metros de profundidade, vivendo em meio ao sedimento do fundo marinho. A fotossíntese das bactérias distingue-se também por não produzir oxigênio, mas enxofre mineral.
Outras bactérias – as quimiossintetizantes – não dependem da luz como fonte de energia para a produção de compostos orgânicos. Elas obtêm energia a partir da oxidação de nitratos (bactérias nitrificantes) e sulfatos (sulfobactérias), presentes nas fontes hidrotermais, com o consumo de oxigênio.
Nos sedimentos marinhos vivem as bactérias metanogênicas, possuidoras de um incrível tipo de metabolismo pelo qual conseguem usar o gás hidrogênio como fonte de energia para a produção de alimentos e de gás metano, um dos responsáveis pelo efeito estufa. No ambiente terrestre são comuns no intestino dos animais ruminantes.
Bactérias metanogênicas, como a Methanococcus jannischii, podem ser encontradas a 2.600 metros de profundidade nas fontes hidrotermais submarinas, suportando temperaturas de 50 a 86oC.
Como saprófitas, as bactérias assumem um papel importantíssimo no ambiente marinho, promovendo a reciclagem de nutrientes, transferindo dos organismos mortos para o meio marinho substâncias químicas essenciais para a construção da matéria viva de todos os seres vivos.
Cinco espécies de vibriões marinhos exibem a propriedade da bioluminescência, a habilidade de emitir luz verde-azulada. Elas podem ser decompositoras ou viver como simbiontes em alguns peixes e invertebrados marinhos, tornando-os também bioluminescentes.
Recentemente alguns pesquisadores têm destacado um grupo de bactérias, propondo que sejam classificados em um reino a parte, uma vez que geneticamente e bioquimicamente são tão diferentes das demais bactérias como nós delas. São as arqueobactérias, ancestrais das bactérias, capazes de viverem em ambientes extremos – como os da Terra primitiva – com temperaturas próximas aos 100oC e elevada acidez, como as encontras nas fontes hidrotermais submarinas, como ainda em águas alcalinas ou mesmo excessivamente salinas. Mas também podem ser encontradas abundantemente entre o plâncton em mar aberto.
Acredita-se que os primeiros seres vivos a surgir na Terra tenham sido as arqueobactérias, como a Sulfolobus acidocaldarius, capazes de crescer em fontes hidrotermais, suportando altas temperaturas, falta de oxigênio, intensa acidez e alta concentração de enxofre.
Semelhantes às bactérias, as cianobactérias (cianofíceas ou algas azuis) são encontradas na água doce, na água salgada e em solos úmidos, bem como recobrindo superfícies rochosas e troncos de árvores.
As cianobactérias apresentam pigmentos fotossintetizantes, como a clorofila e ficocianinas, dissolvidos no hialoplasma, podendo assim realizar fotossíntese.
Sua reprodução acontece de forma assexuada. O método mais comum é a divisão simples ou a cissiparidade.
A capacidade de fixar gás nitrogênio na atmosfera, juntamente com a capacidade de realizar fotossíntese, permite a proliferação das cianobactérias em ambientes naturais extremamente áridos, onde outros grupos biológicos normalmente não se desenvolvem.
2.3 Doenças
2.3.1 Cólera
É uma doença causada pela bactéria Vibrio cholerae é transmitida aos seres humanos por água e alimentos contaminados.
A bactéria instala-se no intestino, irritando-se suas paredes e provocando infecção aguda. Os principais sintomas da cólera são: diarréias muito fortes, fezes as vezes esbranquiçadas, cólicas intestinais, cãibras musculares e alterações na produção de urina.
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