Os danos ligados ao desmatamento
Por: Vivisma • 2/9/2021 • Trabalho acadêmico • 716 Palavras (3 Páginas) • 119 Visualizações
Os danos ligados ao desmatamento
O desmatamento afeta no ciclo hidrológico e acarreta efeitos como o esgotamento das fontes de água, uma vez que a retirada da vegetação entrava a sucção da água da chuva pelo subsolo e o decorrente abastecimento das reservas subterrâneas e das nascentes.
A retirada da cobertura vegetal de determinada área favorece o processo de erosão do solo, visto que, a água flui sobre o solo, suscitando deslizamentos e a erosão. Essa eliminação da vegetação próxima a região de cursos d’água também provoca deslizamentos de terra, que se deposita nos rios, causando assim o assoreamento.
Outra questão justamente conectada ao desmatamento está relacionada às mudanças climáticas. Além do crescimento das emissões de gases poluentes à atmosfera que tem acentuado o aquecimento global e o efeito estufa, o desflorestamento do mesmo modo é considerado um dos fatores responsáveis pelas alterações no clima.
A desarborização tem sido entendida como um dos maiores problemas da atualidade. Os anos estão cada vez mais quentes, e o aumento da temperatura da Terra tem fomentado incomensuráveis danos aos ecossistemas e também à saúde humana. Consideráveis recursos naturais estão padecendo, comprometendo as gerações futuras.
Um artigo publicado na Frontiers in Veterinary Science afirmou que há uma conexão entre o desflorestamento e a ocorrência de doenças zoonóticas e transmitidas por vetores. O estudo indica que o desflorestamento levou ao aumento de surtos de vírus semelhantes ao COVID-19 e também facilita a propagação de doenças transmitidas por vetores, como a malária.
O ser humano sofre as consequências das próprias ações, já que, 1,6 bilhão de pessoas dependem hoje, direta ou indiretamente, das atividades ligadas às florestas. Ele se priva não só de uma potencial produção contínua de madeira, como também de muitos outros produtos naturais valiosos, como frutos, amêndoas, fibras, óleos, resinas e substâncias medicinais, dos quais a humanidade depende para sua sobrevivência.
A desflorestação é uma questão de ordem mundial. De acordo com dados fornecidos pelo Observatório Mundial das Florestas, a devastação das florestas alcançou cerca de 29,7 milhões de hectares no mundo todo em 2016, um aumento de quase 51% comparado a 2015. Os principais colaboradores desse aumento foram os incêndios florestais, como os que ocorrem em Portugal e na Califórnia (EUA), bem como a expansão da agricultura, do extrativismo vegetal e da mineração.
Segundo os dados da Global Forest Watch, apenas em 2018, o mundo perdeu cerca de 12 milhões de hectares de florestas tropicais, o que equivale a quase 30 campos de futebol por minuto. A World Resources Institute (organização não governamental ambientalista dos Estados Unidos) divulgou dados que mostram também os países que mais desmataram florestas primárias (correspondentes à vegetação em seu estado original e não ao resultado de reflorestamento).
A lista dos países que mais desmataram é liderada pelo Brasil e seguida por países como a República Democrática do Congo, Indonésia, Colômbia, Bolívia e Malásia. Brasil e Indonésia, juntos, desmataram aproximadamente 46% das florestas tropicais no mundo em 2018. Acredita-se que essa ampliação da desflorestação tem afetado os empenhos para conter o aquecimento global.
Como dito, o Brasil lidera o ranking mundial de desmatamento de florestas primárias, especialmente nos biomas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Uma das maiores preocupações é com a Amazônia. Com seus 6,9 milhões de quilômetros quadrados, a floresta sofre com a desarborização, que, desde 1970, já atingiu 18% de seu território, área que equivale aos territórios do Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
...