PROTEÍNAS FIBROSAS E PROTEÍNAS GLOBULARES
Por: rodrigorosa33 • 17/6/2019 • Trabalho acadêmico • 2.793 Palavras (12 Páginas) • 211 Visualizações
ASPECTOS BIOQUÍMICOS E BIOLÓGICOS DA ATIVIDADE FÍSICA
Rodrigo da Rosa - 1° ano – Educação Física – Bacharel
PROTEÍNAS FIBROSAS E PROTEÍNAS GLOBULARES
PROTEÍNAS FIBROSAS
No geral, são insolúveis nos solventes aquosos, P.M elevados. São formadas geralmente por moléculas altamente alongadas mais ou menos retilíneas e paralelas ao eixo da fibra, são compostas quase que exclusivamente pela sua estrutura secundária. Muitas proteínas fibrosas, como as presentes na pele, tendões e ossos, funcionam como matérias estruturais que têm um papel protetivo, conectivo e de suporte nos organismos vivos. Outras, como as proteínas musculares e ciliares, têm funções relacionadas com o movimento.
TIPOS DE PROTEÍNAS FIBROSAS
1 - QUERATINA - Mecanicamente dura e quimicamente não reativa, que está presente em todos vertebrados superiores, é o principal componente da camada externa de estruturas como o cabelo, unhas, chifres e penas. Pode ser classificada com queratina-a ( Presente nos mamíferos) ou queratina-b (Presente em pássaros e répteis). envolve as células da epiderme a camada da pele que fica mais exposta, com a função de evitar a perda de água não necessária e a proteção da pele contra qualquer agressão à ela.
2 – COLÁGENO - O colágeno é essencial para o ser humano, é o principal componente não só da pele mais também outras partes importantes como tendões, cartilagens entre outras. Sintetizada pelas células do tecido da pele o colágeno mantem a elasticidade desses tecidos
3- ELASTINA - é a principal proteína estrutural das fibras elásticas, tendões e ligamentos. É hidrofóbica, ou seja, é insolúvel em água graças a extensivas ligações cruzadas entre resíduos de lisina. Impede a passagem do sangue e elementos do sangue através da parede da aorta. É sintetizado a partir de um precursor, a tropoelastina, que é um polipeptídeo linear composto por cerca de 700 aminoácidos, secretada pela célula no espaço extracelular. A estrutura da elastina é composta por resíduos de aminoácidos como glicina, alanina, valina e prolina (grande quantidade), que são aminoácidos pequenos e apolares, lisina e pouca quantidade de hidroxiprolina e nenhuma hidroxilisina.
A elastina tem a função de ser muito resistente, mais ainda que o colágeno. É capaz de suportar grandes trações. Esta resistência é obtida pelo arranjo desordenado dos polipeptídeos, isso é fundamental para a elastina exercer a sua função. Essa cadeia polipeptídica frouxa e não estruturada possui ligação covalente cruzada, o que dá aparência de borracha. É encontrada em pequena quantidade na pele, nas paredes das artérias, pulmões e intestinos.
4- MIOSINA - A proteína miosina é uma ATPase que se movimenta ao longo da actina e em presença de ATP, são responsáveis pela contração muscular. Estas proteínas são as principais componentes dos miofilamentos, os organelos que constituem o "esqueleto" das células musculares. Sua forma microscópica lembra um taco de golf. Ela é uma enzima mecanoquímica, isto é, converte a energia química em mecânica e por isso é também chamada de proteína motora. Então, nos movimentos gerados por esses elementos, a miosina é o motor, os filamentos de actina são os trilhos e o ATP, o combustível
5- FIBRINOGÊNIO - O fibrinogênio é uma proteína abundante no plasma que desempenha papel fundamental na hemostasia*. Nas reações inflamatórias, tem provável papel no reparo tecidual e na cicatrização. A dosagem sanguínea do fibrinogênio permite ao médico saber se a pessoa está em fase aguda de uma doença ou se a recuperação está se fazendo de forma adequada.A molécula de fibrinogênio é composta por duas subunidades ligadas por uma ponte dissulfato (dois átomos de enxofre). A clivagem desta molécula pela trombina resulta em dois fibrinopeptídeos, e a molécula resultante polimeriza-se e mantém-se estável devido ao fator XIII e a pontes interplaquetárias (ligação do fibrinogênio a glicoproteínas IIb/IIIa) formando a fibrina. Por meio de receptores semelhantes aos das glicoproteínas IIb/IIIa, o fibrinogênio interage com o endotélio e interfere na adesão das moléculas, motilidade e organização do citoesqueleto**. Uma vez formada a fibrina, estimula a adesão, a dispersão e a proliferação de células endoteliais.
6- ACTINA - A actina é uma proteína com capacidade de se auto-polimerizar em longos filamentos contribuindo para a constituição de um citosqueleto na célula dos eucariotas. O citosqueleto de actina contribui para a mobilidade celular, manutenção da forma da célula e participa na transcrição dos genes no núcleo. Em células musculares (ver tecido muscular), os filamentos de actina participam na contracção muscular e em certas células não musculares, os filamentos de actina são mais dinâmicos e a polimerização da actina gera a força necessária para a formação de projecções da membrana plasmática, designados por pseudópodes, essenciais para a locomoção celular. Em outras projecções da membrana plasmática como as microvilosidades encontradas em algumas células epiteliais também são feixes de filamentos de actina que fornecem o apoio necessário para tais estruturas.
A actina existe na forma de um monómero globular que se chama G-actina e na forma de um polímero filamentoso/fibroso que se chama F-actina e que é composta por uma cadeia linear de subunidades de G-actina. A transição dos monómeros de G-actina para o polímero de F-actina ocorre sob presença de iões, hidrólise de nucleótidos e proteínas de ligação à actina. A adição de catiões como Mg2+, K+ ou Na+ a uma solução de G-actina induz a polimerização da G-actina em F-actina. A polimerização da actina é acompanhada pela hidrólise de ATP em ADP. Embora a hidrólise de ATP afete a cinética da polimerização, não é necessária para que a polimerização ocorra.
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