Relatório Tipagem Sanguínea

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Prática: Tipagem Sanguínea

Barreiras,

Agosto 2014

Elidiane Tavares Coimbra

Luana Regina Pereira Alves

Rafael Fernandes Almeida

Tatielly de Jesus Costa

Prática: Tipagem Sanguínea

Relatório de aula prática apresentado à professora Kaline Benevides Santana como forma de avaliação da disciplina Biologia Geral do curso de Engenharia de alimentos.

        

Barreiras,

Agosto de 2014

1. INTRODUÇÃO

Interessado no estudo sobre transfusão sanguínea, no século XX, um pesquisador chamado Karl Landsteiner misturou o sangue de diferentes pessoas e obteve um resultado Surpreendente; pois descobriu através de sua pesquisa, que a espécie humana possui quatro tipos sanguíneos básicos: o tipo A, B, AB e O, que atualmente constituem o chamado sistema ABO.

Sua descoberta foi um grande avanço para a medicina da época, que lhe dava com casos de incompatibilidade de sangue entre doador e receptor, constituindo uma ameaça muitas vezes mortal.

Analisando os aspectos envolvidos no sistema ABO, notou-se que no sangue humano, mais precisamente nas hemácias, podiam ser encontradas duas proteínas, denominadas: aglutinogênio A e aglutinogênio B, responsáveis pela determinação do fenótipo sanguíneo.

Pôde-se notar também a presença de mais duas proteínas no plasma sanguíneo, proteínas essas chamadas de aglutininas anti-A e aglutininas anti-B, que em ocorrência com aglutinogênios de mesmo nome acarreta no desenvolvimento de reações do tipo antígeno x anticorpo, desse modo, acarretando na variedade de grupos sanguíneos.

Ainda no século XX, Karl Landsteiner em parceria com Alexander Wiener descobriram outro sistema de grupos sanguíneos a partir do sangue do macaco Rhesus (Macaca mulata), o fator Rh, resultado da presença de apenas um antígeno cuja produção é condicionada por um único par de genes alelos R e r e que determina se o tipo sanguíneo do sistema ABO será positivo (Rh+) ou negativo (Rh-).                    

Com base nos conhecimentos adquiridos sobre o sistema ABO e Rh, foi realizada uma aula laboratorial, com a finalidade de por em prática os estudos citados acima.

1. OBJETIVOS

• Realizar a tipagem sanguínea de alguns colegas de classe, de modo a verificar qual o tipo sanguíneo de cada um e sua frequência.

 

1. MATERIAIS E METÓDOS

      3.1 Materiais utilizados:

•  Lâminas de vidro para cada tipo sanguíneo.
•  Lancetas.
•  Algodão
•  Álcool.
•  Caneta.
• Papel.

1. Reagentes utilizados:

• Soro anti-A;
• Soro anti-B;
• Soro anti-Rh;

1. Procedimento experimental:

Pingou-se uma gota de soro anti-A e uma gota de soro anti-B em uma lâmina e uma gota de anti-Rh em outra lâmina; em seguida, foi desinfetado o dedo do aluno com álcool e algodão, o dedo foi furado com uma lanceta, gotejou-se uma gota de sangue em cada tipo de soro e misturou o sangue (com o auxílio de um palito de madeira) no soro até formar uma mistura homogênea e, por fim, esperou a aglutinação para a análise do tipo sanguíneo.

 Após a aglutinação, foi feito as devidas análises e realizados os cálculos para se chegar ao tipo sanguíneo mais frequente na classe, lembrando que esse procedimento foi realizado por 17 (dezessete) alunos da turma, depois de analisado o tipo sanguíneo as lâminas necessitaram ser depositadas em um recipiente com álcool.

1. RESULTADOS E DISCUSSÃO

     O sistema ABO é composto pelos tipos sanguíneos: A, B, AB e O, que se caracterizam pela presença ou ausência de aglutinogênios e aglutininas (proteínas responsáveis pela determinação do tipo sanguíneo ), localizados nas hemácias e no plasma respectivamente.

O tipo sanguíneo A contém o aglutinogênio A em suas hemácias e aglutinina anti-B em seu plasma, enquanto que o tipo sanguíneo B possui o aglutinogênio B e aglutinina anti-A; já o tipo AB possui o aglutinogênio A e B, contudo, não possui aglutinina; e por fim, o tipo O, que não detém nenhum tipo de aglutinogênio, mas, se caracteriza pela presença de aglutininas do tipo anti-A e anti-B.

Em relação ao sistema Rh, se houver aglutinação do sangue, significa que o individuo possui o fator Rh em seu plasma, logo, o mesmo apresenta  (positivo). No entanto, se não houver aglutinação do sangue significa que o individuo possui  (negativo).[pic 2][pic 3]

Sabe-se que os soros provêm do plasma e que são preparados a partir de hibridomas de camundongo, que são linhagens celulares desenvolvidas para produzir um anticorpo desejado em grande quantidade. Os anticorpos são preparados a partir de anticorpos monoclonais, ou seja, que surgem a partir de um único linfócito B que é clonado e imortalizado, produzindo sempre outros iguais, que são secretados pelas linhas celulares dos hibridomas do camundongo.

Os soros anti-A e anti-B contém esses anticorpos e também é utilizado 0,1% de azida sódica como conservante.

Já a “leitura” do tipo de sanguíneo é feita a partir da análise da reação ocorrida após o gotejamento do sangue sobre os soros; anti-A ,anti-B e anti-Rh; onde se houver aglutinação com o soro anti-A, você irá apresentar o tipo de sangue A, o mesmo se aplica ao soro anti-B, caso ocorra aglutinação nos dos soros anti-A e anti-B seu tipo sanguíneo será AB, no entanto, se não ocorrer nenhum tipo de aglutinação em nenhum dos soros isso significa que o sangue é O; o mesmo se aplica ao fator Rh, se houver aglutinação, o fator está presente no seu sangue e você irá apresentar o fator (positivo), e se não houver aglutinação o mesmo estará ausente, e o fator ( negativo).    [pic 4][pic 5]

De acordo pesquisas, o tipo sanguíneo mais comum é o tipo  e , que abrangem 87% da população. O B responde a 10% e o AB, por apenas 3%.  O tipo sanguíneo também é identificado pelo fator Rh positivo ou negativo. Sendo que cerca de 85% das pessoas têm Rh positivo, desse modo esse é o mais comum dentre a população em geral. [pic 6][pic 7]

Essa perspectiva se comprovou em relação a nossa turma, onde a maioria dos alunos apresentam o tipo sanguíneo O (sistema ABO) e positivo (fator RH) como demonstrado nas tabelas abaixo: