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Transposição Do Rio São Francisco

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Por:   •  7/4/2013  •  1.165 Palavras (5 Páginas)  •  2.727 Visualizações

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TRANSPOSIÇÃO DAS ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO

MARÇO/2013

INTRODUÇÃO

A transposição do Rio São Francisco sempre causou muita polêmica, não são recentes os planos para transposição do Rio, no ano de 1847 o engenheiro Marcos Macedo apresentou ao Imperador Pedro II o plano de transposição para resolver os problemas gerados pela seca no nordeste. Em 1983 o então Ministro Mário Andreazza volta a colocar os assuntos na pauta do governo, mais sem sucesso. Após muitas discussões em julho de 2007 o Exército Brasileiro deu inicio as obras que foram nomeadas pelo governo como “Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional".

A transposição do Rio São Francisco tem por finalidade resolver o problema da escassez de água na zona semiáriada nordestina, a obra prevê a construção de mais de 600 quilômetros de canais de concreto em dois grandes eixos ao longo do território de quatro estados (Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte), o investimento para esta obra é de aproximadamente 8,2 bilhões de reais.

A questão ambiental foi muito discutida, durante o primeiro mandato do presidente Lula o governo contratou empresas de meio ambiente para formularem e continuarem os estudos ambientais para fins de licenciamento. Nestes relatórios foram apontados diversos fatores a favor e diversos fatores desfavoráveis à transposição. Dentre eles estão a modificação nos ecossistemas dos rios da região receptora, risco de redução da biodiversidade, tensões e riscos sociais, desmatamento entre outros.

Este trabalho visa apresentar as questões ambientais e os impactos causados por ela, prós e contras, custos e andamento da obra. Englobando os conhecimentos adquiridos na disciplina de Gestão Ambiental.

Imagem 1 

Questão ambiental e seus impactos

As agências responsáveis pelos estudos ambientais de viabilização dos projetos da transposição do Rio São Francisco, apontaram diversos riscos ambientais como aumento da recarga fluvial dos aquíferos, modificação do regime do Rio São Francisco, alteração do ecossistema das regiões por onde a transposição passará, diminuição da diversidade de fauna terrestre, erosão e carreamento de sedimentos durante a construção, alteração do comportamento hidrossedimentológico dos corpos d´água, aumento das doenças relacionadas à água como dengue e esquistossomose, proliferação de vetores de doenças e eutrofização dos novos reservatórios.

Nos açudes do nordeste a eutrofização não é o único problema que deteriora a qualidade das águas, o auto teor na concentração de sais dissolvidos é um problema que vem afetando grandemente os seres humanos. O clima e a intensa radiação solar favorecem o processo de evaporação e concentra os sais minerais dissolvidos, tornando as águas excessivamente salinas (CRISPIM, M. C. & WATANABE, T., 2000).

Existem especialistas que dizem que o fim do Rio São Francisco esta próximo, as justificativas utilizadas por eles são que além dos desvios das águas, há um intenso uso para o abastecimento humano, agricultura, criação de animas, recreação e indústrias. Desaguam no Velho Chico milhares de litros de esgoto sem tratamento, barramentos como os de Três Marias, Sobradinho, Itaparica, Paulo Afonso e Xingó criam reservatórios para usinas hidrelétricas, que têm grande impacto ambiental, alterando o fluxo de peixes no rio e a qualidade das águas. Com o fim da piracema, uma vez que os peixes não conseguiam mais subir o rio para se reproduzir, houve um enorme declínio na variedade de espécies.

Apenas 4% da vegetação das margens do Rio ainda estão presentes. Desprovidas de cobertura verde, elas sofrem com a erosão, que assoreia o rio em ritmo acelerado. Os solos apresentam alta salinização e os açudes ficam com a água salobra.

Imagem 2

Processo de Salinização

Na foz do Rio São Francisco a erosão provocada pelo déficit de sedimentos retidos nas barragens rio acima, e a salinização costeira são problemas graves, com consequências para pesca e a agricultura, associados a diminuição da vazão.

Em uma região 7 km abaixo da foz do Rio existem uma região mais rasa, este baixio barra a penetração barra a penetração da água mais densa e salgada que se dirige para o montante do rio na forma de cunha salina. Caso a cunha salina tenha força suficiente para ultrapassar esta barreira a salinização junto ao fundo poderá se estender para diversas cidades.

Gráfico 1.

O mecanismo para reter a salinização é a força das correntes da vazão do rio, empurram a massa de água salina para fora do estuário. Uma redução na vazão dos efluentes do rio implica diretamente numa maior penetração de água salina.

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