Uma Verdade Inconveniente

1. Branqueamento de corais: corais são animais cnidários que vivem em associação simbiótica com as microalgas zooxantelas. Entre os organismos marinhos, os recifes de corais são um dos mais afetados pelos efeitos das mudanças climáticas. O fenômeno do branqueamento é causado pelo aquecimento do oceano. Elevações de temperatura ocasionam a morte das zooxantelas, branqueando os corais e matando-os. Estas microalgas que habitam os tecidos dos corais é que dão sua coloração. Apesar de representar apenas 0,1% do fundo dos oceanos, os corais ajudam a manter 25% das espécies marinhas. 2/3 da Grande Barreira de Corais na Austrália já foi afetada pelo branqueamento.

2. Mudanças nas distribuições geográficas de espécies: estudos que analisam a relação entre o aquecimento global e a biodiversidade mostram que uma em cada seis espécies de animais e plantas será extinta. O aumento de temperatura reduz o habitat natural do urso polar, que estão morrendo afogados, e também está afetando a distribuição de espécies de anfíbios nas selvas tropicais. Nas zonas temperadas, a antecipação da primavera está deslocando espécies que tem destino migratório planejado de acordo com a floração de frutificação das árvores.

3. Liberação de vírus e bactérias antigas que estavam dormentes: as mudanças climáticas estão derretendo o solo da região do ártico que existiram por milhares de anos e, conforme isso acontece, ele vai liberando vírus e bactérias que, depois de ficarem “dormentes” por tanto tempo, voltam a vida. Em 2016, uma região remota da tundra da Sibéria uma pessoa morreu e pelo menos 20 foram hospitalizadas por conta de uma doença chamada antraz, que havia desaparecido da região há 75 anos. A cada ano 50 cm do solo do permafrost são derretidos. O permafrost congelado é o lugar perfeito para as bactérias se manterem vivas por um longo período de tempo. Isso significa que o derretimento das geleiras pode abrir possibilidade para o ressurgimento de doenças que pensávamos terem desaparecido.