A ANÁLISE DE UM DOS METÓDOS DE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA
Por: douglasluizw4 • 17/12/2021 • Monografia • 3.453 Palavras (14 Páginas) • 291 Visualizações
ANÁLISE DE UM DOS METÓDOS DE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA
Daniela Heinrich Kopsch¹
Douglas Luiz¹
Paulo Lorenzetti¹
Rafael Francisco Ramos²
RESUMO
A avaliação em crianças e adolescentes realizada pelo Professor de Educação Física é de grande relevância para possíveis previsões no desenvolvimento e crescimento e também para verificar situações divergentes as consideradas normais para idade e sexo de cada aluno. Entretanto a análise dos dados necessita uma averiguação correta, além disso a avaliação aplicada precisa seguir padrões para não resultar em dados incoerentes. Com isso em pauta, a experimentação de uma avaliação do IMC em uma turma de alunos da Educação Infantil serviu como base para ponderações em relação aos Tópico Especiais na Educação Física.
Palavras-chave: Avaliação. Tópicos Especiais. Educação Física.
- INTRODUÇÃO
Um mal, dos vários já existentes, que se faz presente em nossa sociedade desde à guinada das Revoluções Industriais e causando impacto gradativo em cada nova geração. Pois, esse mal está cada vez mais presente nas crianças e adolescentes. Esse mal, que na verdade é apenas o resultado de fatores que contribuem para a efetivação do mesmo, é a obesidade, e os fatores que levam a ela, estarão elencados em sub tópicos neste artigo. Sobre esses fatores, Couto, destaca:
“Segundo a Organização Mundial de Saúde, 70% da população mundial está sedentária e pode desenvolver obesidade, doenças cardíacas e diabetes. Atribuem-se como fatores causadores a globalização, a urbanização e o acesso facilitado da tecnologia. Vários estudos da OMS e da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) destacam a prevalência crescente do sedentarismo entre crianças e adolescentes, com números alarmantes. ” (COUTO, 2011).
Uma vez tendo o conhecimento dos fatores atenuantes para esse alarme, pode-se entender o motivo pelo aumento da obesidade e sedentarismo nos mais jovens. Porém antes de continuar, é preciso separar, por mais que a relação seja muito forte, sedentarismo de obesidade, afinal um é a causa do outro, e esse um¹ é causado por vários outros².
Claro que somente o sedentarismo em si, não é o único motivo para a obesidade, entretanto, a prática sedentária tem forte impacto para o aumento da obesidade, além do mais, uma pessoa sedentária, tem mais propensão de adquirir doenças ao longo da vida, como a diabetes, doenças cardiovasculares, e doenças crônicas, tanto psicológicas quanto motoro-físicas. Todavia, há variáveis circunstanciais para a obesidade, que são genéticas, algo que não é diretamente influenciado pela sociedade. Mas mesmo assim, o estilo de vida padrão da sociedade, altera a forma de comportamento das pessoas.
A National Center for Chronical Disease and Health Promotion (2002), realizou uma pesquisa nos Estados Unidos, resultando no valor de 50% de adolescentes considerados sedentários. Para países europeus, encontramos semelhanças e divergências, Suécia, Irlanda e Finlândia, apresentam valores baixos, de 32% a 35%, em comparação com Alemanha, Inglaterra e, França que possuem percentil de 48% a 63%, próximo a média de países da América, chegando a Bélgica e Portugal, que apresentam a porcentagem de 67% e 83% respectivamente. (MARTINÉZ, GIBNEY, KEARNEY, MARTINEÉZ,1999).
Os adolescentes e as crianças estão mais propensas ao sedentarismo e a obesidade, pois dependem da tutela dos pais para a prática de exercícios físicos, quando estão fora do ambiente escolar. Enquanto na escola, eles recebem e praticam exercícios físicos, por meio de jogos, brincadeiras e modalidades esportivas, sempre sobre a responsabilidade e orientação do Professor de Educação Física. Pensando nos pós aula, o Ministério da Saúde em parceria com o Ministério do Esporte, lançou em 2009 o Plano Nacional de Atividade Física.
O objetivo do Plano é os pós aula, indiretamente, com a ampliação de 450 para 1000 o número de municípios que desenvolvem projetos de prática de exercícios físicos e, a reestruturação e construção de parques, ciclovias e praças, o Governo tinha como pauta a diminuição de pessoas sedentárias no país, parte delas adolescentes, que de acordo com a Pesquisa Nacional da Saúde Escolar (BRASIL, 2009) eram mais de 30% de escolares com idade de 13 a 15 anos.
A prática de exercícios na infância, precisa ser estimulada pelos pais. O ideal é incentivar a prática de atividades com grande gasto energético, além das já inclusas atividades diárias produzidas em casa, na escola e com o meio de transporte, andar, correr, pedalar. Essas práticas modelarão o comportamento ativo da criança a longo prazo.
Manter um comportamento sedentário implica em várias doenças, como já mencionado. Todavia, com o avanço tecnológico, ser ativo fisicamente está cada vez mais difícil, principalmente as crianças e adolescentes, que se tornam reféns da comodidade que a tecnologia traz. Assistir televisão, consumir longas horas nos celulares ou jogando videogames eletrônicos são atividades que comparadas com práticas de exercícios ou modalidades esportivas, são mais prazerosas e mais fáceis de realizar. Em contrapartida, essas atividades quando efetuadas em longos períodos de tempo, não possuem alta taxa metabólica, contribuindo para a obesidade em crianças e adolescentes. (AINSWORTH, HAKSELL e LEON, 1993. GORTMAKER MUST e SOBOL, 1996; ANDERSEN et al, 1998; ROBINSON, 1999).
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