ANÁLISE DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DOS POLICIAIS MILITARES
Por: thiagoss • 29/4/2015 • Artigo • 2.170 Palavras (9 Páginas) • 507 Visualizações
ANÁLISE DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DOS POLICIAIS MILITARES DO 9º BATALHÃO DA CIDADE DE CRICIÚMA QUE PERTENCE À 6ª REGIÃO DE POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA
Resumo
O presente trabalho teve como objetivo identificar o índice de massa corporal de 50 (cinquenta) Policiais Militares do sexo masculino, praticantes e não praticantes de atividades físicas do 9º Batalhão de Polícia Militar de Criciúma, com idade entre 23 a 41 anos. Trata-se de uma pesquisa de natureza quantitativa e de caráter descritivo. Os dados coletados foram obtidos por meio de variáveis antropométricas, incluindo medidas de estatura e peso corporal baseado no protocolo da I.S.A.K, (International Society of the Advancement of Kinanthropometry) proposto por Ross e Marfell-jones (1991), Ao passo que foi realizado uma análise do IMC em função do tempo de serviço. Através da análise dos resultados obtidos concluiu-se que os 50 policiais militares avaliados, 16 deles encontram-se com eutrofia, 28 apresentam sobrepeso, 5 estão com obesidade grau I e 1 já está com obesidade grau II.
Palavras Chave: Índice de Massa Corporal (IMC), Atividade Física, Exercício Físico.
Introdução
A Policial Militar é um órgão público prestador de serviços, identificada pelo atendimento ininterrupto de vinte e quatro horas a serviço da comunidade. Seu grande desafio tem sido acompanhar a dinâmica social cada vez mais exigente e em constante mutação, criando instrumentos que garantam a sua sobrevivência, pela eficiência e eficácia de suas ações na interação com seu ambiente organizacional.
Para o exercício de suas funções, o policial militar precisa estar preparado para atender todo e qualquer tipo de ocorrência, deve-se ter um nível adequado de higidez e condicionamento físico capaz de conferir ao policial resistência à fadiga e capacidade de atuação em situações adversas.
Segundo Silveira (1998, p. 2), “A segurança da população exige que cada policial militar possua um alto grau de aptidão física”. O Policial bem condicionado tende a produzir mais, com menos desgaste, relação esta que conduz a maiores níveis de satisfação pessoal e profissional.
Destarte, o profissional está cada dia buscando por atividades físicas em que seu perfil e especificidade é levado em consideração, respeitando suas limitações, objetivos, patologias e individualidades. (BOLDORI, 2002).
Pesquisadores dos principais exércitos do mundo são consensuais em perceberem que a melhoria da aptidão física contribui para o aumento do desempenho dos militares para o combate (JACOBINA et al., 2007). Para Weineck (1990) policiais mais aptos têm menor índice de acometimentos por doenças, lesões, possuem maior disposição para o esforço e maior capacidade de recuperação orgânica pós-esforço.
Freitas, Prado e Santos Silva (2007), destacam que é exigido do policial militar durante o exercício de sua função, permanecer na posição em pé ou caminhando por horas e correr transportando materiais pesados tais como: colete balístico, cinto de guarnição, rádio comunicador (ht), pistola, carregadores, algema, tonfa, lanterna e outros materiais sobrecarregando sua coluna como também exigindo de sua musculatura perfazendo um sobrepeso de quase 10 quilos de equipamentos ou, às vezes, conforme a missão, até mais, o que leva, muitas vezes, a uma condição de exaustão. Assim, o policial deve apresentar graus elevados de aptidão física, e isso inclui um perfil antropométrico em parâmetros, no mínimo normais, quanto ao índice de massa corporal, e percentual de gordura corporal.
Entre os diversos mecanismos adotados como ferramenta de controle de peso corporal, destaca-se o Índice de Massa Corporal (IMC), em função de sua facilidade de aplicação e objetividade. Desta forma, a composição corporal é considerada como um dos componentes da saúde, pois, através dela pode-se determinar a quantidade de gordura no corpo de um indivíduo.
O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma fórmula que indica se um adulto está acima do peso, se está obeso ou abaixo do peso ideal considerado saudável. A fórmula para calcular o Índice de Massa Corporal é: IMC = peso / (altura)², sendo recomendado para o diagnóstico e classificação da obesidade, porém não expressa a composição corporal relativa ou quantitativa. Por isso, este método não é indicado para avaliação de atletas, pois não diferencia hipertrofia muscular de obesidade. O IMC juntamente com outras variáveis, como, por exemplo, a circunferência da cintura, permite a identificação de risco de doenças cardiovasculares e analisam os padrões de distribuição da gordura corporal (HENRY, 1990).
Para Nahas (2003), o Índice de Massa Corporal é uma maneira simples e prática de se determinar se a massa corporal (peso) de uma pessoa está dentro do recomendável para a saúde. Portanto, o índice de massa corporal pode ser considerado uma importante ferramenta que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), define-se ainda como “o padrão para medir os riscos associados com sobrepeso em adultos”.
Destarte, o presente estudo teve como objetivo verificar o índice de massa corporal (IMC), dos policiais militares em questão.
Material e Métodos
A pesquisa desenvolvida teve natureza quantitativa, que segundo Thomas e Nelson e Silverman, (2007, p.298) ela “tende a enfatizar a quantidade. Assim a visão que teremos, será objetiva”. Sendo de caráter descritivo, que de acordo com Mattos e Blecher (2004, p.15), tem como “características observar, registrar, analisar, descrever e correlacionar fatos os fenômenos sem manipulá-los procurando descobri com precisão a frequência em que um fenômeno ocorre e sua relação com outros fatores”.
População utilizada foram Policiais Militares da ativa que pertenciam ao 9º Batalhão de Polícia Militar de Criciúma.
Foi utilizando o método antropométrico, baseado no protocolo da ISAK (International Society of the Advancement of Kinanthropometry), proposto por Ross e Marfell-jones (1991).
Como amostra foram utilizados 50 Policiais, de 23 a 41 anos do gênero masculino, praticantes e não praticantes de atividades físicas e que demonstraram disponibilidade de participação voluntária no respectivo estudo.
Para classificação do IMC, utilizou-se o critério proposto pela Organização Mundial da Saúde, que estabelece os seguintes limites de corte e seus respectivos diagnósticos nutricionais: Eutrofia de 18,5 a 24,9kg/m2; Sobrepeso de 25,0 a 29,9 kg/m2; Obesidade grau I de 30,0 a 34,9kg/m2; Obesidade grau II de 35 a 39,9kg/m2; Obesidade grau III >40,0kg/m2.
A massa corporal total e a estatura foram aferidas utilizando-se uma balança. A cada avaliado, vestindo a farda operacional, era solicitado subir no centro da plataforma da balança, ereto. A seguir, verificado a altura. Após a mensuração da estatura e massa corporal, calculou-se o IMC dividindo-se o peso corporal total (kg) pela estatura (m) elevada ao quadrado.
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