APOSTILA KARATE SHOTOKAN
Por: Renato Calazans • 5/9/2017 • Artigo • 525 Palavras (3 Páginas) • 363 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA[pic 1]
ADMINISTRAÇÃO 01/04/2013
FABIO CALAZANS DE SOUSA
RESUMO: A Busca Por Um Brasil Competitivo – EXAME – Edição 987 – 09/03/2011
Michael Poter, principal teórico mundial da competitividade, no seu novo livro é enfático sobre a disputa entre nações dizendo: “A prosperidade de um país é criada, não herdada. A competitividade de um país depende da capacidade de suas empresas de inovar. Ao fim, o sucesso resulta de um ambiente interno que seja dinâmico, desafiador e que mire o futuro”.
Os avanços das últimas décadas nos colocaram no radar das principais corporações de investidores do mundo, mas a verdade é que num ranking de competitividade, entre 139 países, o Brasil ocupa a 58ª posição e esta distante dos seus principais concorrentes, o que é muito pouco para uma nação com ambições de potência. É verdade que vivemos um bom momento econômico, mas muito disso conquistado nos últimos anos deve-se ao boom do mercado mundial de commodities. O Brasil tem custos que esmagam a iniciativa empreendedora e a capacidade competitiva das empresas. Em muitas indústrias, a opção de comprar da China, o que antes se fazia aqui, é uma realidade cada dia mais presente, essas indústrias podem vir a desaparecer devido aos custos incomparáveis com o padrão internacional.
A presidente Dilma tem mostrado sensibilidade para entender os problemas que atrapalham a competitividade do país. Especialistas apontam um cenário promissor caso o Brasil opte por se livrar de amarras em quatro terrenos – o sistema tributário sufocante, a legislação trabalhista esclerosada, a infra-estrutura precária e uma taxa de juro única no mundo, sem esquecer também que o investimento em educação eleva a qualidade do capital humano. Um ataque obstinado e consciente a esses problemas poderia levar o país a juntar-se ao grupo dos 40 melhores em termos de competitividade econômica. Talvez o maior desafio, agora, não seja econômico. A questão de fundo é a capacidade de nossas elites políticas de promover o choque proposto. Um dos fatores mais gritantes que pesam contra o Brasil na competição internacional é o elevado custo de capital.
Países bem-sucedidos na arte das reformas são os que souberam dosar medidas de impacto de longo prazo com outras mais imediatas. Como os políticos raramente arriscam seu mandato por resultado tão distante, é preciso conciliar essas medidas com outra, com efeitos rápidos e a modernização das leis trabalhistas é um aspecto que seria muito eficaz. Na competição internacional o importante é saber em quais áreas vale a pena se especializar e o lamentável é que o Brasil devido aos custos serem acima dos seus concorrentes, ainda não identificou tais áreas. Um cenário de competitividade abriria espaço para um fenômeno comum às nações que deram certo avançar em direção a uma economia sofisticada e capaz de gerar inovação. Os ganhos seriam tantos que é difícil acreditar que vamos perder a oportunidade.
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