CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO
Por: Jonaskiko • 20/10/2021 • Trabalho acadêmico • 2.032 Palavras (9 Páginas) • 210 Visualizações
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CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO
JONAS FERREIRA BEZERRA
RA 1178833
PORTFÓLIO – CICLO 2
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VITÓRIA/ES
2021
Descrição da atividade
Considerando o estudo sobre as células, leia o artigo A construção do fato científico: representações sobre as células-tronco de Naara Luna, disponível em: <http://www.revistas.usp.br/ra/article/view/64501> e elabore um texto com as seguintes solicitações:
1) Escolha 5 tópicos que você considerou mais interessantes e explique cada um deles. Lembre-se: os tópicos devem ser numerados separadamente, com as respectivas explicações em seguida.
Tópico 1. Novas formas de vida “engenheiradas”
Destacamos aqui a aliança da bioengenharia, biologia em reabilitação de tecidos e órgãos, porém segundo Hogle (2003), ao trabalhar com células-tronco elas podem se adaptar com o seu corpo e repor o que ele precisa. A redefinição do humano como uma quantidade de células com qualidades diferentes é mais elaborada em termos da habilidade de quebrar capacidades celulares em funções específicas e redesigná-las. Nesse estágio inicial da pesquisa com células-tronco, uma linguagem dominante de capacidade celular associa-se à extração de funções e efeitos específicos. A linguagem da engenharia e do design, aplicada a unidades fundamentais do corpo, as células, oferece perspectivas de formas de vida que podem ser utilizadas para incrementar vários tipos de vida. Há também o sensacionalismo da mídia sobre as pesquisas de células-troncos, as promessas de potencial terapêutico extraordinário, inserem as representações das terapias no plano mágico-religioso, como agentes de cura milagrosa, porém elas são muito complexas ainda para se ter um parâmetro conclusivo de que terá efetividade em algumas células do corpo.
Tópico 2. Gênese do fato científico: proto-ideias, fatos e artefatos
Segundo alguns autores como Fleck (1986) e Latour Woolgar (1997), os fatos só eram assertivos e concretos através de testes laboratoriais, tirando a forma de simplesmente descobrir apenas uma característica do objeto estudado tornando-o como uma verdade insubstituível, como por exemplo a descoberta que as células-troncos eram apenas indiferentes, o fato foi evidenciado e comprovado que não só era indiferente como possui a capacidade de regenerar qualquer parte do corpo. Cada época possui concepções dominantes, restos de concepções passadas e protoideias de concepções futuras. Fatos e artefatos correspondem a enunciados situados em um continuum, que pode fazer referência ou não às condições de sua construção, isto é, as condições de construção do artefato são lembradas e as do fato são ocultadas. No processo de construção dos fatos, certos dispositivos dificultam detectar traços de sua produção. A exterioridade do fato não é a causa do trabalho científico, mas sua consequência: a realidade é decorrente da estabilização do enunciado (o que não significa para os autores que os fatos ou a realidade não existam). A suspensão da controvérsia sobre certo fato ou a aceitação da validade do fato científico fora do laboratório é um dos pontos na direção de se aceitar sua correspondência com a realidade. Na etnografia da atividade de laboratório, constata-se que o caráter “objetivo” de um fato é consequência do trabalho do laboratório. Os fatos são construídos de modo que, uma vez resolvida a controvérsia, sejam tomados por fatos adquiridos.
Tópico 3. A identidade da célula
Com respeito à construção do fenômeno célula-tronco, é fundamental, na pesquisa básica, a busca da identidade da célula, principalmente sua caracterização fenotípica, os marcadores que a singularizam, objetivo de alguns projetos. Ao buscar a identidade da célula-tronco de adipócitos, é verificado se existe uma mesma célula progenitora mesenquimal da qual se derivam os adipócitos e as células do estroma da medula óssea. São separadas em laboratório, dentre as células de medula óssea, a célula-tronco hematopoiética e a mesenquimal. São caracterizadas fenotipicamente, as proteínas das superfícies das células são identificadas por marcadores e essas proteínas não são evidentes e para identificá-las é necessário fazer reação em laboratório com anticorpos chamados CDs, que marcam as proteínas.
Tópico 4. Possível uso das células-tronco adultas para tratamentos
Pesquisadores tentaram comprovar que células-tronco da medula óssea e do sistema nervoso poderiam gerar tipos de células de outros órgão e tecidos e não apenas do seu próprio tecido de origem, bastava que elas fossem cultivadas adequadamente. Com isso poderiam ser retiradas células da própria pessoa, cultivar em laboratório e transplantar de volta para ele, eliminando problemas de rejeição, além de evitar a destruição de embriões. Mas segundo Pereira (2002), existem dois fatores que limitam o uso dessas células em transplantes, a dificuldade de encontrar células-tronco adultas com alta capacidade de diferenciação como nas embrionárias e a rápida perda da capacidade de divisão e diferenciação das células adultas em relação às dos embriões.
Tópico 5. Início dos estudos com células-tronco embrionárias
Houve inicialmente a identificação de células-tronco em embriões de camundongo, e o cultivo e isolamento dessa linhagens, no início da década de 1980. No final dos anos 1990, foram isoladas as primeiras células-tronco embrionárias humanas. Quando eles extraíram as células-tronco embrionárias de camundongo, que eles conseguiram manter essas células em cultura durante um bom tempo. Até se conseguir extrair as primeiras células embrionárias humanas,
passaram-se quase dezoito anos. Foi em 98. Vieram de embriões de clínicas de fertilidade, que estavam congelados há muito tempo, que não iam mais servir para implante. Conseguiram extrair essas células e cultivar basicamente do mesmo jeito que fizeram com células de camundongo. E a partir daí, foram derivando cada vez mais células, descobrindo novas metodologias mais eficientes para cultivo e manutenção sem que ela se diferenciasse ou tivesse uma mudança de cariótipo muito expressiva.
2) Comente a conclusão da autora do artigo.
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